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22 de jul. de 2010

Requintes de Delicadeza





É com requintes de delicadeza que me conquistam. Mesmo que eu tenha crises de mau-humor ou de independências, espera com tranquilidade minha entrega, deixa eu querer ficar até que eu pense por dentro: “isto é a felicidade!”.Mas não desarrume minha rotina tão bruscamente, nem exija de mim o contrário do que havia quando me conheceu.Assim, eu serei outra pessoa, e nada mais restará do encanto.É com requintes de delicadeza que te guardarei no corpo.E não vou querer nada além do que nos parecer justo: tua mão na minha , meu olhar no teu, e um Universo inteiro por explorar...tão nosso. Ao contrário, eu me despeço. Com todo o requinte de delicadeza que certas crueldades têm.
 

*


*
Marla de Queiroz

Do blog lindo e inspirador transFLORmar-la: http://doidademarluquices.blogspot.com/

Sozinha nada posso fazer

"Nunca me deixes esquecer que tudo o que tenho, tudo o que sou 
e o que vier a ser vem de Ti, Senhor"
Ana Paula Valadão

Gratidão repetida

Como é bom ter a ideia da eternidade, a chama de que tudo, tudo mesmo, 
está cooperando para que a vida seja plena, embora problemas todos os viventes tenham. 
O período de choro não anula( digo isso sempre) a certeza de que após o inverno rigoroso, as árvores voltarão a sorrir e frutificar. 
 É tão lindo e tão bom encontrar esperança no amanhecer! 
Melhor ainda é saber que trazer à memória as coisas e poesias 
que a vida não cansa de escrever nos deixa alimentados. 
A melancolia produz sim belos poemas; as dores de amor, as melhores canções, 
mas ser feliz ainda é o texto mais lindo de ser ler.

20 de jul. de 2010

Gratidão

Dos muitos desejos que possuo, das vontades que não me deixam,
obrigada, meu Deus, por não permitir faltar o que de fato preciso.

Feliz dia do Amigo




Para ser bem verdadeira, não tenho muitos amigos. Nunca fui boa em conquistá-los. A razão? Não sei... Considero-me uma pessoa fiel, dedicada, mas não sou popular, engraçada. Talvez seja isso: as pessoas gostam de ter por perto quem as divirta. Não é o meu caso. Tenho esse jeito de quem leva tudo à sério. Deve ser isso. Sei lá... 

Apesar disso, tenho uma amiga de infância, dessas que mesmo depois de muito tempo sem nos vermos, nos abraçamos e contamos os segredos íntimos. Tenho também amigos dos tempos de agora, pessoas de quem gosto e me sinto à vontade para partilhar, ouvir os lamentos e rir das coisas cotidianas. 

É aos de ontem e aos de hoje que dedico minha gratidão por me ensinarem a ser gente, a aprender e reconhecer as minhas limitações e as de quem me rodeia.
Cada um de nós é uma colcha de retalhos: somos feitos de partes dos outros e a verdade é que as vezes nem dimensionamos o quanto de nós há nos demais e que quantidade dos outros é que delineia quem somos. 

Para mim é assim: sou uma constituição, dentre outras coisas, daquilo que meus amigos deixaram comigo. Gratidão, então, por ajudarem a montar todo dia o castelo de quem sou. 
"Amigo se faz em tempos de paz, mas na angústia é que se prova o seu amor." 
Ludmila Ferber

5 de jul. de 2010

Palavras, Samuel José

Palavras















Grandes cadeias de ilusões
Mas também libertadoras de emoções
São como espadas de dois gumes
Cortam o meu e o teu coração.


São como um corredor:
Em cada frase uma surpresa
Sejam pequenas como um Não
Ou maiores que a leveza.


Para quem ouve, veludo
Ou mesmo cacto
Com seus espinhos,
Podem ser ditas com leveza
E serem mortais para o ouvinte.


Palavras são espaço vazio
Que com emoções preenchidos
Levam a emoção de quem fala
São recebidas e misturadas
às emoções de quem está ouvindo.



Samuel José é aluno do 1º Ano A,
Do Colégio Delta,
em Montes Claros- Minas Gerais

É só alegria mesmo
















Resposta recebida
Amor compartilhado
Dança liberdade
Sol de brilho quente
Frio que não congela
Herança bendita:família

                                  Trabalho que não cansa
                                  Dinheiro que não corrompe
                                  Amor próprio
                                  Letras, poesia, música
                                 Cheiro de chuva
                                 De perfume também
                                De bebê melhor ainda
                                                                           
                                                                           Nas manhãs, força
                                                                           Nas noites, sentido
                                                                          Esperança imortal
                                                                          Pintura do Deus
                                                                          Poderoso,no coração
                                                                         Altar e gratidão...


                                                                       Beijo da vida
                                                                      

                                                                     É só alegria mesmo!!!

Dê-me corda


Nem tão extrovertida que o acanhamento não alcance.
Nem tão sorridente que não conheça o gosto salgado da lágrima furtiva.
Permanente é só essa alma de águia e o desejo de ir além, de abençoar a muitos
e caminhar neste mundo desafiando a escuridão.

28 de mai. de 2010

INDISCIPLINA BIOGRÁFICA

Eu busco um jeito bem parecido com o que preciso para escapar da indisciplina do que sou.

Essa indisciplina gostosa de ser, de amar como amo, sem muitos medos, só rascunhos de inseguranças.

Trago os olhos cheios de nostalgia e vontade de encher o universo de uma vida muita minha.

Ando enfeitando meus dias de saberes ainda muito vãos para o que quero:
ser presa de mim, porém serva de quem tem todo poder.

Apaixonada pelo mar que ainda não vi, amante de olhos cor de piscina ou escuridão, dançarina das horas no recôndito do meu quarto...

Só mesmo o querer me alimentando. Querer querendo, desejar desejando conhecer.
Baixa estatura, corpo mignon: disfarce, eles não sabem e nem percebem que debaixo dessa pele há uma cria de leão com alma de gigante.

Coração de menina, sonho de construir casa, de bater na cara do passado escasso, de voar mais alto porque condição e herança de águia tenho.

No fundo, não me dou se não me jurarem que não mais me deixarão. E ainda se me jurarem, não crerei. 

Até que a vida me prove o contrário, só conheço a  primeira chance, a segunda pertence ao tempo de algum dia... talvez o dia de sempre. 

Quero esquecer como se  forma a nuvem escura...!
Viver agora é pra ver o sol brilhar!

18 de mai. de 2010

Anseio de Poemar




















Seria só mais um pouco dos outros em mim, ou 
uma quantidade do meu ser  versado por outras bocas, 
outras mãos, outros poemas? 

Ando me entregando aqui: essa criatura frágil que sou, 
amante de alguém que ainda não sei, 
dona de um masoquismo ansioso de poemar. 

Não é questão pra rima. É encanto pelas palavras alheias,
devoção aos grandes autores, condição de minha pequenês. 
Identidade não, tradução sequer.

É o tirar a máscara, aí resta apenas delirantes gritos 
de deslumbre ao ver as palavras tão bem arrumadas e elegantes, 
exalando amor, doçura, dor, encanto.

Dany Ribeiro

5 de mai. de 2010

Dor em anjo, Daniele Ribeiro




















Sei lá o que dizer nessa hora em que a escrita parece ser meu grito mudo.
Não é literatura isso aqui, é descanso de mim, das palavras não ditas,
do orgulho ferido, do gosto amargo na sáliva.

Meu olhar decora as cenas do passado. 
Por favor, não as amplie!
O peito não suportaria.

Coração campo inimigo.

Lembro-me da devoção, do calmo querer.
Depois de mim, vento de morte em você.
Onde foram parar os anjos, os príncipes?

Encontro-me doente de um mal que já foi bem.
Solicito ao céu, lugar de amparo, socorro: 
há dilúvio em minhas janelas!

Estúpido tempo, pensei que eras mais eficaz,
achava que os remédios receitados
não seriam paliativos.
Acreditei na cura. Estou morrendo em permanência.

Daniele Ribeiro

29 de abr. de 2010

Ainda quero voar



















Quis deixar no papel a cortina de azul costurada com palavras cardíacas
e desenho de balões inventados. 
Esse ar se irmana ao meu anseio de ir além, de subir alto, sem esquecer-me da condição de humana limitada,  do cinza que me rodeia e da cor vibrante que mora dentro. 

Dentro. É lá que tenho guardado meu coração, esse mar de vontades, caprichos e exigências. Aproveito o instante para queixar-me dele: queria um coração duro, forte, não-iludível, matemático talvez. 

Pra quê preciso de tantos sonhos, tantas luas, tantas histórias que conto todos os dias antes da chegada do sono?

Parar de querer, deixar de saber é perder a essência de correr atrás de mim? 
E depois de encontrado o delírio do real, será momento de fazer o quê? Ai, não sei! 

Continuo olhando os balões... Ainda quero voar! 
Minha condição de mulher, de dona do vestido encorpado,
da meia-arrastão, rompendo a pura delicadeza, é mais que o tentar fugir. 

O meu mundo permanece e está aí, impresso em mim, no balé dos meus planos e no sorriso feito para esquecer o medo. 

4 de abr. de 2010

Tradução pictórica, Daniele Ribeiro




















Ainda não sei exatamente como,
mas me reconheço nas sapatilhas, 
sinto a presença dos meus cachos do outro lado, 
dos olhos pequenos sonhando preguiças, 
do sorriso largo e tradutor de minh'alma. 
Coisa estranha! Nem retratos nem aromas, 
somente lembranças de mim...

"-É melhor ter calma. Não é nada disso!"

Coisa pros céticos.
Inofensivo lirismo perseguindo-me pelas manhãs, 
tirando meu sono nas noites, arrastado-me pela sala, 
cochichando ao ouvido palavras de meu ser, 
desejos remendados, laços do querer.

Platonismo, Daniele Ribeiro

 














Eu o vi. Longe de mim estava.
À distância aprendi a medir
traços, calcular acertos,
sonhar futuros.

Quem o ensinou mirar sem ver,
não desejar e levar a querer?
Mas, por mil sortes, seu olhar 
me encontrou: ai, dia de festa em mim!

Aproximei sorrindo sóis.
Julgava saber conquistar.
Sabia. O tempo desgastou a prática.
Transformou em amador o amante.
 
Fim de linha:  imaginação e romance.
Par com asas, borboleta de existência curta:
no espaço dos dias perdi o amor
que jurei, enfim, ser infinito e doçura.

2 de abr. de 2010

Porque se chamavam homens...



















Porque se chamavam homens também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem. Milton Nascimento

Fingimentos Meus, Daniele Ribeiro






















Eu daqui com tanta coisa pra dizer
outras muitas a esquecer de lembrar.
Inadiável é esta vida e meus pedaços
que fingem ser um só corpo e resistir.

Lá fora há uma festa gigante esperando

que eu dance a dança gasosa do ar
para divertir o trapézio dos mortais
e alegrar o coração dos deuses.

Mas aqui, no silêncio amigo do meu quarto,
desejo não ir, não me entregar.

Feitura de resistência.
Resistir é senha de achamento, segredo compartilhável.
Adianto: nunca fui boa nisso, não me ensinaram dizer não.

"-É tudo mentira! É tudo mentira!"
Grito sem voz despertando os surdos.
"-Surdez é estado de espírito", digo ao pé do ouvido
dos que não me ouvem, apesar de enxergarem.
 
Fingir: minha maneira de dizer-viver.
Finjo como Pessoa
Fingindo percebo maldades minhas
e do mundo que gira esperanças e (poucas) verdades.

23 de mar. de 2010

Desejo de doçura, (Daniele Ribeiro)




















Frio, gelo, ausências, mãos largadas sobre o peito fraco...
"- De que mesmo sinto falta?" - Perguntava a si.
 Talvez fosse de algo que a surpreendesse.
Seria amor o nome disso?
Não tinha ela vocação para o vazio.

Sofrer por falta dentro do peito não era comum.
Mas necessitava de alguma coisa diferente 
das motivações que transformam e  elevam o ser.

Era mesmo o caso das sentimentalidades.
A falta de um bem, um bem capaz de dar alento,
De fazer voar o coração e tirar os pés deste mundo real.

Desejo de doçura, necessidade de imensidão.  

Ai, ilusão! Sonhava, sonhava...

De tanto sonhar sabia que a vacilante realidade
Estava prestes a sofrer mutação
Borboleta de eternidade, poder de transformação.

Desejo de docura, necessidade de imensidão!

Daniele Ribeiro
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