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4 de nov. de 2017

Tema: Desafios na doação de órgão no Brasil


Descanso ao “operário das ruínas
Por Daniele Ribeiro
O momento da morte é marcado pela dor. Em face do fim, os homens, comumente, refletem quanto ao sentido do ser e sobre como fazer da continuidade da existência um tempo valoroso. É por esse motivo que a doação de órgãos poderia ser o instante de oferecer vida àqueles que estão nas longas filas de espera por transplantes. A irreversibilidade da morte encefálica, tão comum, dado os elevados índices de óbitos no cotidiano do Brasil, não se converte em doações devido, especialmente, à negativa familiar e à, ainda, ineficiente gestão de saúde para que o processo seja rápido e de sucesso.
Verme – “operário das ruínas”. É com essa definição que o poeta incluso no rol dos pré-modernistas, Augusto dos Anjos, define o que estará em ação após a morte. No entanto, essa realidade pode ser amenizada já que alguns órgãos podem continuar a viver em outras pessoas. Contudo, o luto associado à falta de informação e mitos – quanto ao tráfico de órgãos e também a fé religiosa – impedem que as famílias façam a opção por doar. A ausência de altruísmo e a postura individualista da sociedade atual, características preditas por Bauman, definem, muitas vezes, a negativa, uma vez que a dor do momento, potencializada pela parca informação sobre a realidade das tristes filas de espera por uma esperança de vida, não dão espaço para que os corpos daqueles que faleceram cerebralmente  tenham um destino diferente da ação do “operário” descrito pelo “poeta do mau gosto”.
Além disso, mesmo sendo o Brasil reconhecido pelo sucesso nos transplantes que realiza, o país desperdiça parte dos órgãos que poderiam ser transplantados. Uma vez diagnosticada a morte encefálica, o que deve ser feito por um médico neurologista – profissional nem sempre presente, pelo menos de modo constante, nos hospitais públicos brasileiros -, o processo deve ser rápido e atendendo à vasta extensão territorial do país. Assim, as unidades hospitalares precisam ser ágeis na comunicação à Central de Captação de Órgãos, o que nem sempre acontece. Além disso, o corpo morto deve ser mantido em leitos, sob condições adequadas para que o transplante ocorra, atenção que, em um sistema público superlotado, nem sempre é prioridade, uma vez que esses leitos acabam sendo destinados a quem clinicamente tem condições de viver. Todos esses fatores frustram a esperança de que o corpo morto seja mais que “carne dada aos vermes” e formam um embaraço à vida de quem almeja um órgão.
“Não é da morte que temos medo, mas de pensar nela.” A constatação de Sêneca, filósofo romano, ajuda a ilustrar o quanto a falta de diálogo – social e familiar – colabora para a perpetuação do não aproveitamento dos órgãos no Brasil. Essa realidade pode ser atenuada por meio de propagandas constantes nos grandes canais de mídia sobre o assunto. Ademais, quanto ao aspecto técnico e estrutural, cabe ao Ministério da Saúde destinar verbas para a contratação de mais profissionais neurologistas para realizar, sem adiamentos ou demoras, a constatação precisa da “causa-mortis”. À tal Ministério, associado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, compete desenvolver um sistema integrado e ágil de modo a possibilitar comunicação e procedimentos mais velozes. As informações quanto a isso devem ser de conhecimento público, acessíveis em portais eletrônicos, a fim de que a população acompanhe o comprometimento das equipes de saúde, denuncie negligências e possa conhecer o destino dos órgãos doados, já que a aproximação entre as famílias também é um fator relevante para suscitar maior solidariedade entre os brasileiros.

19 de out. de 2017

NOVOS FORMATOS DE FAMÍLIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

Texto modelo Enem
(Conclusão ainda no modelo antigo)

A história das civilizações trouxe consigo mudanças comportamentais que têm redefinido a sociedade. Os novos formatos de família, por exemplo, demonstram como os conceitos de outrora se tornaram redutores para acompanhar a multiplicidade dos arranjos familiares do momento atual. O desafio, no entanto, é antigo: amenizar preconceitos e promover a equidade de direitos aos padrões que fogem ao meramente tradicional.
A revolução comportamental das últimas décadas revelou a discrepância de postura dos indivíduos. De um lado, o desejo de liberdade e de rompimento de normas – características típicas de movimentos da década de 60, como o hippie e as manifestações feministas – abriram espaço para novos comportamentos e arquétipos, diferentes dos tradicionais. Por outro lado, os grupos alicerçados na tradição se sentiram impelidos a manifestar aversão e não aceitar os laços familiares modernos: recasamentos, uniões homoafetivas, paternidade socioafetivas e monoparental, por exemplo. Conforme Voltaire, “O preconceito é uma opinião não submetida à razão”. Nessa perspectiva, o recrudescimento da ignorância só pode ser atenuado por meio de ações de conscientização e debates constantes nos canais de comunicação social, como as redes sociais e as emissoras de tv aberta.
Outro fator que impede a aceitação desses modelos diversificados de famílias é a questão constitucional. Ainda que existam resoluções que assegurem, por exemplo, no caso dos homossexuais, direito ao casamento, o Código Civil ainda não reconhece oficialmente outro formato de casal diferente do padronizado homem-mulher. Além deles, famílias monoparentais sofrem também com o preconceito no âmbito social e o estigma por não estarem em relações regidas pelo matrimônio. Assim, ações legais que reconheçam a modernidade do conceito de família e suas multiplicidades garantiriam equidade no tratamento social.
                Por conseguinte, percebe-se que reconhecer as mudanças oriundas do momento histórico e cultural da atual sociedade é fator propulsor para dirimir preconceitos e alcançar a imparcialidade legal. Para isso, cabe ao Governo Federal, em associação com as entidades educacionais e com a mídia, investir em educação para o respeito à alteridade, por meio de discussões constantes nos espaços escolares e lugares públicos. Além disso, a revisão de leis, como o Estatuto da Família – o qual apregoa que família é a união entre pai, mãe e filhos, exclusivamente – é primordial para promover o amparo jurídico necessário a quem sofrer discriminação por pertencer a um laço não-tradicional. À gestão dos municípios importa fornecer apoio psicológico para que os indivíduos possam lidar com a diversidade. Medidas como essas contribuirão para uma sociedade em que a pluralidade seja aceita no recôndito dos lares e na liberdade pública.  







Crimes virtuais

Texto modelo Enem

O advento da globalização e das novas tecnologias legou ao mundo real preocupações quanto aos iminentes riscos da vida virtual. O fornecimento de dados e a liberdade de manifestação de opinião podem se revelar verdadeiras armas a serviço de indivíduos mal intencionados. Sabendo que a conexão e suas vantagens reais são um caminho irreversível, reconhecer e combater os crimes virtuais se revelam ações necessárias e urgentes.
À semelhança da obra de George Orwell, o romance “1984”, a vida em rede torna os cidadãos conectados sujeitos a um monitoramento incessante. O fornecimento de dados em transações bancárias, o compartilhamento de conteúdo de caráter particular e as amizades virtuais podem esconder perigos que envolvem a atuação de programas maliciosos, o roubo de informações, a exposição pública de fotos íntimas e a aproximação, ainda que inocente, de pedófilos. Desse modo, os crimes contra a propriedade e a pessoa – comuns são as denúncias de racismo e homofobia na rede, por exemplo – apresentam-se como uma cruel faceta da perversa conexão global.
Nesse contexto, invasões cibernéticas e escândalos envolvendo espionagem internacional demonstram o quanto a web necessita de regulamentação para garantir uma navegação segura e produtiva. Nesse sentido, foi criado o Marco Civil da internet. A lei, sancionada em 2014, propõe uma legislação que garanta privacidade, liberdade de expressão e neutralidade na rede. Porém, o texto da lei ainda não é claro o suficiente e há lacunas quanto ao real funcionamento e fiscalização desse dispositivo legal. Como resultado, algumas ações criminosas continuam sendo enquadradas no Código Penal, de 1940, numa total anacronia.

Como a internet globalizou os benefícios da vida virtual, mas também expandiu as possibilidades das práticas criminosas na rede, os desafios para vencer os impasses são muitos. Para isso, o governo deve ampliar o alcance jurídico da “Lei Carolina Dieckman”, definindo punições severas para a criminalidade cibernética. Ademais, uma educação mais consciente e crítica é fundamental para o manuseio da rede, a qual pode ser desenvolvida pela comunidade escolar. A denúncia feita pelos cidadãos e instituições é indispensável para banir as ameaças dos cibercriminosos. Medidas assim minimizarão as vulnerabilidades do viver em rede, impondo retidão aos caminhos tortuosos do espaço virtual.

INCLUSÃO DIGITAL: MAIS UM DESAFIO PARA O BRASIL CONTEMPORÂNEO

Texto modelo Enem

           
            O cenário das novas tecnologias, herança da globalização, trouxe perspectivas de integração entre pessoas e serviços das quais a modernidade não consegue mais se distanciar. No entanto, a ideia de que todos usufruem dessa modernização é utópica. Ainda há uma multidão de indivíduos que estão desconectados dessas transformações. Diante dessa realidade, é necessário entender quais são as consequências da exclusão digital e que desafios precisam ser vencidos para erradicar essa modalidade moderna de exclusão.
            O advento da vida on line tem ampliado o conceito de desigualdade. Do entretenimento ao universo dos negócios, as redes de trocas digitais trouxeram novas possibilidades de interação na contemporaneidade. Porém, ainda são muitos os brasileiros que têm a rede virtual como um âmbito estranho. Zygmunt Bauman afirma que o uso da internet se tornou um item social, um parâmetro de aceitação no processo de inserção na sociedade. Percebe-se então que os indivíduos que estão à margem do processo, especialmente por questões relacionadas à pobreza, reduzem sua – já mínima – possibilidade de participação ativa na comunidade do wi-fi.
            Os muito pobres, de excluídos da cidadania real, agora também amargam o distanciamento virtual. Além da escassez de recursos básicos para saúde e alimentação, surgem outras demandas: o plugue na rede virtual, consciente e participativo, exige políticas públicas que permitam o acesso ao conhecimento, aos novos formatos de emprego, à capacitação para o uso eficiente e transformador das formas de viver e sobreviver na era presente. Assim, não basta o acesso ao entretenimento furtivo das redes sociais. É preciso educação para o uso, para a interação, para o nivelamento das possibilidades.
            Portanto, para vencer os desafios impostos pela conectividade plena no Brasil são necessárias medidas governamentais de largo alcance social. Nesse contexto, fomentar o letramento digital é imprescindível. Para isso, o governo pode promover leis de incentivo à inclusão, garantindo o acesso dos brasileiros (inclusive das zonas rurais) aos computadores, por meio de incentivos fiscais que propiciem a queda dos preços desses equipamentos e barateamento dos serviços de internet. Além disso, a inserção da ementa Informática nos currículos escolares e a gratuidade de cursos na área de tecnologia para jovens e adultos carentes diminuiria o distanciamento digital. Ações como essas tornariam essa modalidade de exclusão moderna mínima em uma aldeia de acessíveis e reais benesses da globalização.

Combate à homofobia

Texto-modelo

Da cultura à lei: o inadiável vilipêndio à homofobia

 A homofobia é um problema que ameaça a convivência entre as orientações sexuais diversas. Vista como uma anomia social, conforme os ditames de Durkheim, a homossexualidade enfrenta barreiras que, em parte preocupante dos casos, desencadeia situações de violência extrema e morte. Diante disso, compreender as raízes dos preconceitos e o comportamento legal diante da não aceitação de orientações sexuais não padronizadas se torna um imperativo contemporâneo.
“O bom crioulo”, obra do naturalista Adolfo Caminha, primeiro romance a abordar a temática homossexual na literatura brasileira, retrata o amor ao igual como uma aberração, um comportamento contra o natural. Muito anterior ao contexto literário, essa percepção se baseia no enraizamento do que vem a ser entendido como normal, teorizado pela cultura do patriarcado, herança religiosa judaico-cristã que define a figura masculina como central e elemento de autoridade. Nesse modelo, historicamente o conceito de família e união afetiva se resume a pai, mãe e filhos. Diante disso, qualquer protótipo diferente é entendido como abominável, sendo legado ao desprezo e negação. Muitos indivíduos respaldados por esse pressuposto, lamentavelmete, praticam ações violentas que vitimam aqueles que resolvem assumir sua homossexualidade.
        A resposta violenta ao público LGBT – lésbicas, gays, bissexuais e travestis – é uma atitude inconstitucional grave. A liberdade de expressão é uma premissa da Constituição Federal de 1988. No entanto, a ausência de ações punitivas rígidas e de denúncias constantes propicia um cenário no qual intolerância e discursos de ódio ficam ilesos. Consequentemente, não são incomuns notícias sobre a morte por assassinato ou a desistência da vida daqueles que são constrangidos – seja no mundo real ou nas plataformas virtuais – devido à orientação sexual.  As bancadas político-religiosas e a resistência tradicional baseada na exclusão e no cerceamento dos direitos, além da ausência de uma legislação específica para o crime de homofobia, deixam uma brecha larga para que uma sociedade igualitária seja inibida. Clement Attlee, político inglês, teoriza que “A democracia não é apenas a lei da maioria, é a lei da maioria respeitando o direito das minorias”, ou seja, o estado democrático de direito só se faz real quando grupos com orientações diferentes – sexuais, religiosas ou políticas – convivem de modo respeitoso e amparado legalmente.
              Ações sociais e governamentais são, portanto, importantes para combater a homofobia, essa chaga social que urge cura. Para isso, é indispensável que os movimentos de empoderamento LGBTs sejam ampliados e difundidos, dando, especialmente, visibilidade à luta gay por direitos, mitigando a percepção do homossexual como ser demonizado e delituoso. Ademais, cabe ao governo, por meio dos poderes legislativo e judiciário, revisar o Código Penal e estabelecer punições específicas e rígidas, fiscalizando o cumprimento delas, àqueles que agirem de modo agressivo ao alimentar o ódio e a ojeriza social a comportamentos sexuais em desacordo com a heterossexualidade. Com a especificação legal, alcançar-se-á a inibição ao crime e sanção aos que resistem ao respeito que a liberdade de existir proclama na Carta Magna. Sob tal perspectiva, a coexistência fraternal pacífica em meio à diversidade comportamental abrirá caminhos para uma sociedade livre, justa e fraterna.

4 de mai. de 2012

Romantismo: prosa!

Oi, galera do segundo ano!

Começamos aqui a conhecer a teoria sobre o prosa romântica, isso porque a aplicação vocês conhecem pelas telenovelas, as quais se inspiraram (e cansaram!) as fórmulas dos romances do século XVIII.

Os vídeos a seguir ajudam a relembrar nossas conversas de sala de aula. Eu adoroooo o professor dessas aulas virtuais: acho uma figuraça!

Bjos!
Até mais!









5 de ago. de 2011

Obras Literárias PAES: 2ºs e 3ºs anos

2º Ano
I-Juca Pirama, Gonçalves Dias

O Guarani, José de Alencar

A Moreninha, Joaquim Manoel de Macedo

Helena, Machado de Assis

3º Ano
Eu e outras poesias, Augusto dos Anjos

REVISÃO: Modernismo e Pós-modernismo

ATENÇÃO!!!!

Clique aqui para ler o texto Literatura pós-moderna

No fnal dessa postagem, constam também os slides referentes à matéria trabalhada em sala.
Bom estudo!!!!

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Olá, Moçada!

Bem, quando pensamos e falamos em Modernismo e tendências contemporâneas é preciso primeiro lembrar que a proposta de 1922 é criar uma literatura desprendida de passadismos, uma linguagem que traduza o homem brasileiro como ele de fato é, como fala no dia a dia e ainda o que pensa e sente os vários tipos humanos presentes nas diversas regiões do país.

A primeira geração, por exemplo, enfoca seu olhar, por meio de diversos autores, em temas como: a crítica e a construção de uma linguagem genuinamente nacional (Oswald de Andrade); a busca pelo redescobrimento do Brasil, especialmente São Paulo, e pela liberdade formal (Mário de Andrade); a valorização do cotidiano e das coisas simples da vivência (Manuel Bandeira). 

Já na segunda geração, a consciência social e o misticismo dominam as temáticas: o desejo é refletir sobre o "estar no mundo". A inovação é que os poetas se sentem à vontade para retomarem princípios formais na poesia: a ideia de destruição de tudo o que fosse herança clássica é deixada de lado. Os poetas se sentem livres para criar, mas se for preciso utilizar estruturas poéticas e também sintáticas tradicionais, tudo bem! É o momento do grande Carlos Drummond de Andrade: poeta de uma obra vasta, mas que pode ser sintetizada na busca pelo valor da memórias da infância em Itabira, a reflexão sobre as vivências humanas, num forte cunho filosófico, a transformação social que a arte pode possibilitar e o lindo e belo amorrrrrrrrrrrr. Temos também a  primeira mulher a alcançar lugar na poesia nacional: Cecília Meireles. Numa atitude nitidamente simbolista (se você não se lembra do que é o Simbolismo, dê uma olhadinha na postagem anterior, feita para o segundo ano!), enfoca a sensibilidade e a intuição como formas de interpretar o mundo. Temos ainda o poeta do Eros, maravilhoso e apaixonante Vinícius de Morais. Aquele que canta o amor como ninguém. Murilo Mendes também desponta no cenário nacional como quem traz o olhar surrealista para suas produções: o sentimento de humanidade e a consciência social são sempre associados à dimensão espiritual, do sonho, do absurdo aparente.





Podemos ainda falar sobre o Romance de 30: a retomada do olhar realista e o aprofundamento do projeto pré-modernista: descrever e mostrar o Brasil aos brasileiros, demonstrando como a realidade socioeconômica interfere na vida dos seres humanos. Grandes nomes são Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Érico Veríssimo.

Pós-Modernismo
A arte pós-moderna é marcada pela diversidade: não há um projeto literrário definido. Os modos de expressão da realidade são multiplicados, mas de modo geral a literatura acaba buscando expressar a profunda crise de valores pela qual o mundo passa, em todos os campos. Vocês devem se lembrar da frieza, do desajuste familiar, da violência urbana e tantos outros aspectos que pudemos levantar ao ler e assistir o conto Passeio Noturno, do Rubem Braga.



Certo,
Importante lembrar a vocês que estamos em fase de conhecer e explorar a poética do Augusto dos Anjos. A produção e interpretação de alguns poemas dele estarão em sua prova. Mas você, aluno sempre atento, não terá problemas com isso, afinal, já vimos o conteúdo em sala durante a visitação ao Pré-modernismo e também agora, no estudo das obras da Unimontes.

Seguem aí os links para os slides de sala de aula:

Modernismo
Modernismo Prosa
Literatura Contemporânea
A poesia de 45

Boa Prova!

28 de out. de 2010

Gabarito comentado 1º ano: obras PAES 2010

Romances de Cordel, Ferreira Gullar

1- B
O contexto histórico da obra Romances de Cordel refere-se à ditadura militar e não à Independência.

2- B
As histórias são ambientadas não somente no cenário rural (João Boa-Morte , cabra marcado pra morrer), como afirma a questão, mas também no meio urbano (Quem matou Aparecida?).

3- Todas estão corretas.

O santo e porca, Ariano Suassuna

1-  F - A obra situa-se no Nordeste e tem como espaço cênico a sala da casa de Euricão Engole Cobra.
     V- Apesar de o contexto histórico apontar para o governo JK (1956-1961) e realmente ter sido um momento de grande crescimento econômico para o nosso país, é preciso fazer uma leitura crítica das circunstâncias de desigualdades sociais que desde sempre existiram e existem até hoje.

2- Todas as alternativas são verdadeiras.

Sermão do Bom ladrão, Pe. Antônio Vieira

1- a) A afirmação central foi expressa em cima do seguinte paradoxo: "o roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz piratas, o roubar com muito, os Alexandres".

b) Resposta pessoal.
Aluno, é importante que você perceba que o autor mostra-se irônico. Não é o pensamento dele que é absurdo, paradoxal, mas a realidade social a que ele se refere.

2- Para Vieira a culpa deve ser relativizada. Há para o autor dois tipos de ladrôes: os miseráveis, desculpados pela própria miséria que os constrangeu ao crime, e os de maior calibre, os poderosos, ligados aos governos, cujo crime é maior e afeta um grande número de vítimas, e para os quais não pode haver desculpa.

3- Um exemplo é o seguinte: "... os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam."

4- Vieira diz que o Seronato era rigoroso na condenação de ladrões, não porque estivesse preocupado com o rigor da justiça, mas porque, condenando-os à morte, eliminava seus concorrentes ao ofício de ladrão.

Poemas Escolhidos, Cláudio Manoel da Costa

1- No primeiro soneto é o rio de Portugal, Mondego; no segundo é o rio brasileiro, o Ribeirão do Carmo, em Mariana.

2- O eu lírico revela sentimentos de amizade, confiança e de dependência afetiva em relação ao Mondego; e de piedade, comiseração pela inferioridade poética do rio brasileiro.

3- O rio europeu é claro, suavíssimo, fresco, ameno, margens úmidas, habitado por ninfas... O rio brasileiro é turvo(sujo), é o campo da ambição, produz ouro, não produz sombra fresca, nem há ninfas cantando em suas margens.

4- Não. O locus amoenus (lugar ameno) pressupõe uma paisagem perfeita, aprazível: a natureza idealizada, as flores, os pássaros, as brisa, o riacho... A paisagem por onde passa o Ribeirão do Carmo não possui os elementos convencionais, como a sombra do álamo, a ninfa (mitologia) e o gado para a convenção do pastoralismo.

5- As águas do rio são turvas (sujas) por causa do garimpo do ouro aluvião. Assim, associam-se a elas (as águas) o ciclo do ouro de MG e a ambição dos exploradores, que dominaram a história da colônia no século XVIII ("riquíssimo tesouro", "brota de ouro").

27 de set. de 2010

Dias e Dias, Ana Miranda (para a galerinha do cursinho)

Olá, pessoal!

Promessa é dívida, né?!! Pois é, deixo aqui para vocês alguns "esclarecimentos" sobre a linda obra Dias e Dias, da Ana Miranda. Lembrando que nada (nada mesmo!!!) substitui a leitura da obra, pois um estudo, por melhor que seja, nunca esgota as possibilidades de interpretação da mesma.

Boa leitura e bom trabalho!


O esboço que deixo aqui está, propositalmente, em forma de tópicos, assim você terá de construir seu texto, "amarrar" os pontos listados ao todo do livro e buscar as passagens da obra que comprovem cada afirmação.

       Dias e Dias é uma narrativa moderna, escrita em 1ª pessoa, simples e clara onde irá predominar a retomada do Romantismo. É inspirada na poesia Dias Após Dias de Rubem Fonseca.
    Ana Miranda leva para sua narrativa a biografia do poeta Antônio Gonçalves Dias, relatando a fase de intensa produção literária e agitados casos amorosos, o mais marcante deles é com a jovem Ana Amélia. É uma obra de cunho histórico, lírico romanesco e amoroso ao mesmo tempo. 
      Há cenas descritivas relatando a nossa história onde cita os índios e a Revolução Balaiada, um retrato do Brasil em transição da condição de Império para República. 
       Feliciana é a protagonista da história. Ela escreve uma carta a sua amiga e confidente, Maria Luiza, com data de 11 de maio de 1838, em Caxias, no Maranhão. É interessante lembrar que a data da carta corresponde a dois anos após o momento histórico-literário do Romantismo no Brasil com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves Magalhães. O enredo gira em torno das cartas que o poeta envia a seu amigo, Alexandre, lidas por Feliciana por intermédio de Maria Luiza, esposa de Alexandre. Através destas cartas é que Feliciana irá acompanhar todo o trajeto de Antonio.  
      O enredo reúne três personagens centrais: Feliciana, uma jovem sonhadora e obstinada; o poeta Gonçalves Dias, por quem ela nutre uma longa e intensa paixão, e o sabiá específico, que na “Canção do Exílio” simboliza a pátria distante.  


CARACTERÍSTICAS MARCANTES:
Combinação história e ficção
Amor platônico
Elementos da história nacional, como a Balaiada.
O sábia e a palmeira: Feliciana é cativa do sentimento amoroso, representa a angústia causada pelo sentimento de ausência e pela distância.
Medievalismo: as expectativas de volta do amado remete às cantigas medievais.
A vírgula substitui  o ponto-final: tal uso revela a tempestade de pensamentos, o ritmo oral é que predomina, há ainda a repetição de palavras, o que dá o tom mais próximo do diálogo, da escrita de diários, pouco estruturada.
O leitor como confidente: escrita como diário, literatura de testemunho: desconhece-se o que se passa na cabeça e no coração dos demais.
Romance escrito como um círculo: começa e termina com a data 3 de dezembro de 1864. Início e fim da obra perpetuam o estado de espera. Representa também o ciclo da vida.
Mistura de vozes autorais: Ana Miranda e Gonçalves Dias: o história ficcional mais o elementos históricos da vida do poeta e seus poemas.
Embaralhamento de vozes: a correspondência pessoas de Gonçalves Dias + os poemas+ o poema Dias após Dias, de Rubem Fonseca + a escrita de Ana Miranda

O poema Olhos Verdes de Gonçalves Dias é o mote do amor platônico de Feliciana e a porta de acesso ao mundo romântico que a obra reconstrói.
O poema Canção do Exílio: o sábiá, metáfora do poeta nacional, retoma sob a forma de Feliciana, personagem que retorna a um só tempo o amor e a saudade.

Foco narrativo:
Escrita em 1ª pessoa: Feliciana: a voz do romance. Visão limitada e subjetiva
Felici + Ana: seu nome é um desdobramento: Ana é o nome da autora; Ana é o nome do amor platônico de Gonçalves Dias (Ana Amélia).
Felici: indica a mulher que queria ser feliz: característica da escola romântica.

Memorialismo: confiar ou não na memória.
Olhos: subjetividade, une o Gonçalves biográfico ao lírico. Janela da alma: a realidade submetida ao olhar romântico da personagem.

A partir da memória, Feliciana busca reatar o fio gerador do amor platônico

O tempo da obra transcorre sob o elemento da saudade, é marcado pelos flashbacks, pela rememoração.Subtrai da memória todo o material narrativo, mas o forja de modo cronológico, seguindo da infância a maturidade.

PERSONAGENS PRINCIPAIS:
Antonio (Gonçalves Dias 1823-19864) – Antonio Gonçalves Dias. Personagem inspirado no Romantismo brasileiro. É um protagonista fantasma: é um espelhamento paródico do sistema literário romântico. Antônio: sob o signo do duplo, do ambíguo: é infiel e leal, rebelde e desleal,
Feliciana – Maria Feliciana Ferreira Dantas. Nasceu em 1824. Seu pai era um especialista em sabiás. No enredo ela vai nutrir um amor platônico por Antonio. Há 28 anos, acredita que ele havia escrito um poema para ela falando dos seus olhos verdes, mas, na verdade seus olhos não eram verdes.É personagem plana, representação do Romantismo. Devotada e passiva. Espelha a poética gonçalvina. Rompe com a escrita puramente historiográfica.
Maria Luísa: esposa de Alexandre Teófilo: fornece as cartas do poeta maranhense à Feliciana. Representa a oscilação entre o real e o possível.


BEIJÃO, GALERA!

26 de jul. de 2010

Vestibular Seriado

Fiquem atentos, as inscrições do vestibular seriado da Unimontes já estão abertas:
Período das Inscrições:
:: O período para inscrição é de 26/7/2010 a 10/9/2010, nos locais indicados no subitem 3.7 do
Edital. O período para pré-inscrição (Programa Socioeconômico) é de 26/7/2010 a
13/8/2010,e as normas para obtenção de desconto/isenção da taxa de inscrição constam no Anexo I do Edital.

Locais das Inscrições:

::
Diretamente nas agências credenciadas dos Correios, de 26/07 a 10/09/2010, nos dias e horários de funcionamento dos correios.
::
Via Internet, das 09 horas do dia 26 de julho de 2010 às 18 horas do dia 10 de setembro de 2010.
No caso de Pré-inscrição (Programa Socioeconômico)
, o prazo final é dia 13/8/2010, conforme subitem 3.6 do Anexo I do Edital.


Acessem o site para mais informações: http://www.cotec.unimontes.br/paes/paes2010/informativo.htm
 


Confiram as 23 instituições no país que aderiram ao PROCESSO SELETIVO SERIADO,
(além da Unimontes, é claro),  e confiram os principais cursos oferecidos:



UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS
www.ufs.br
Processo Seletivo Seriado (PSS)
Mais informações: www.ccv.ufs.br/ccv/concursos/pss2010
Cursos Oferecidos




UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
www.ufal.edu.br
Processo Seletivo Seriado Unificado (PSS)
Mais informações: www.copeve.ufal.br
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS - UEG
www.ueg.br
Sistema de Avaliação Seriado (SAS)
Mais informações: www.vestibular.ueg.br



CESPE - CENTRO DE SELEÇÃO E DE PROMOÇÃO DE EVENTOS DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
www.unb.br
Programa de Avaliação Seriada (PAS)
Mais informações: http://www.cespe.unb.br/PAS/
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE FEDERAL DE PARAÍBA - UFPB
www.ufpb.br
Processo Seletivo Seriado (PSS)
Mais informações: http://www.corpeve.ufpb.br
Cursos Oferecidos

 


UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV
www.ufv.br
Programa de Avaliação Seriada para Ingresso no Ensino Superior (PASES)
Mais informações: http://www.copeve.ufv.br
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA - UEPG
www.uepg.br
Processo Seriado Seletivo (PSS)
Mais informações: http://www.cps.uepg.br/pss
Cursos Oferecidos




UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS - UFLA
www.ufla.br
Processo de Avaliação Seriada (PAS)
Mais informações: http://www.copese.ufla.br
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF
www.ufjr.br
Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM)
Mais informações: http://www.vestibular.ufjf.br
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE DE UBERABA - UNIUBE
www.uniube.br
Programa de Ingresso por Avaliação Seriada (PIAS)
Mais informações: http://www.uniube.br/copese/pias
Cursos Oferecidos




UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA
www.portal.ufpa.br
Processo Seletivo Seriado (PSS)
Mais informações: http://www.ceps.ufpa.br


UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
www.usp.br
Programa de Avaliação Seriada da Universidade de São Paulo (PASUSP)
Mais informações: http://www.usp.br/pasusp

 


UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
www.upe.br
Sistema Seriado de Avaliação (SSA)
Mais informações: http://www.upenet.com.br
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA - UFRR
www.ufrr.br
Processo Seletivo Seriado (PSS)
Mais informações: http://www.ufrr.br/vestibular
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
www.ufpi.br
Programa Seriado de Ingresso à Universidade (PSIU)
Mais informações: http://www.ufpi.br/copese
Cursos Oferecidos


  

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DA JEQUITINHONHA E MUCURI  - UFVJM
www.ufvjm.edu.br
Processo Seletivo de Avaliação Seriada (SASI)
Mais informações: http://www.copese.ufvjm.edu.br/sasi
Cursos Oferecidos 


UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ  - UEPA
www.uepa.br
Programa de Ingresso Seriado (PRISE)
Mais informações: http://www2.uepa.br/seletivo
Cursos Oferecidos 


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MARINGÁ  - UEM
www.uem.br
Processo de Avaliação Seriada (PAS)
Mais informações: http://www.pas.uem.br
Cursos Oferecidos 




FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO  - FAAP
www.faap.br
Processo Seletivo Contínuo
Mais informações: http://www.faap.br/processo_seletivo
  



UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE  - UFCG
www.ufcg.edu.br
Processo Seletivo Seriado (PSS)
Mais informações: http://www.comprov.ufcg.edu.br
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA  - UFSM
www.ufsm.br
Programa Experimental de Ingresso ao Ensino Superior (PEIES)
Mais informações: http://www.coperves.proj.ufsm.br
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA  - UFU
www.ufu.br
Programa de Ação Afirmativa de Ingresso no Ensino Superior (PAAES)
Programa Alternativo de Ingresso ao Ensino Superior (PAIES)
Mais informações: http://www.ingresso.ufu.br/paaes-paies
Cursos Oferecidos


UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS  - UFPEL
www.ufpel.tche.br
Programa de Avaliação da Vida Escolar (PAVE)
Mais informações: http://www.ces.efpel.edu.br/wordpress
Cursos Oferecidos

28 de mai. de 2010

De olho no vestibular: livros PAES 2010

Alunos e amigos,

Abaixo, deixo três links para os livros do vestibular da Unimontes 1ª Etapa. O "Poemas escolhidos", de Claúdio Manoel da Costa, de fato, só é encontrado em Domínio Público. Os "Sermões Escolhidos", do Padre Antônio Vieira também estão em Domínio público, mas a editora indicada pela Unimontes é a Martin Claret.

Clique nos links a seguir para ler e baixar duas das indicações da primeira etapa:

Em Domínio Público consta também o livro "Casa Velha", de Machado de Assis, indicado para a 2ª Etapa do PAES. Veja o link:
Casa Velha, Machado de Assis 

Brevemente publicarei comentários sobre as obras.

Beijão!
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