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5 de mai. de 2013

Os miseráveis

Gente, achei o link a seguir pesquisando na net. Acredito que a adaptação da obra esteja completa. Tentem aí, ok?!!
Bjos,
Os miseráveis

Como extra, deixo aqui o trailler de uma das versões fílmicas.

30 de mar. de 2013

Avaliação Linguagem Literária


AVALIAÇÃO LINGUAGEM LITERÁRIA (gabarito)

Leia o texto a seguir:

                            O jornal e suas metamorfoses

Um senhor pega um bonde depois de comprar o jornal e pô-lo debaixo do braço. Meia hora depois, desce com o mesmo jornal debaixo do mesmo braço.
Mas já não é o mesmo jornal, agora é um monte de folhas impressas que o senhor abandona num banco de praça.
Mal fica sozinho na praça, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que um rapaz o descobre, o lê, e o deixa transformado num monte de folhas impressas.
Mal fica sozinho no banco, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal, até que uma velha o encontra, o lê e o deixa transformado num monte de folhas impressas. Depois, leva o para casa e, no caminho, aproveita-o para embrulhar um molho de celga, que é para o que servem os jornais depois dessas excitantes metamorfoses.
CORTÁZAR, Julio. Histórias de Cronópios e de Famas. Rio de Janeiro. Ed., Civilização Brasileira, 1977. 

Glossário:
celga – Também chamada de acelga. Uma planta, hortaliça.
Cronópios - São pessoas alegres, sonhadoras, criativas, e por essas características acabam por viver poeticamente o mundo 

1- Ao longo do conto, o que é que faz o jornal transformar-se em folhas impressas e depois transformar-se novamente em jornal? 

O fato de ser lido é que faz com que o jornal sofra "metamorfoses".

2- O jornal é um veículo de informação fundamental na vida contemporânea. Depois de passar por vários leitores, ele encontra seu fim como objeto de embrulhar verdura. O que, portanto, confere a ele o seu valor ou, inversamente, o torna desimportante? 

O que confere valor ao jornal é a leitura que ele tem para oferecer, as notícias. Depois de lido, o leitor já absorveu o conteúdo e então de veículo de informação, passamos a ter somente folhas impressas.

3- A obra literária oferece ao leitor a possibilidade de alterar sua visão de mundo e perceber aspectos diferentes ou novos de sua realidade. Qual é a mudança de ponto de vista oferecida pelo conto de Júlio Córtazar? 

O conto de Júlio Córtazar mostra que o poder da informação não está no veículo em si, mas sim na importância que se dá ao que está escrito, sendo que, uma vez lido, o texto passa a ser parte de quem o lê e não mais do material escrito.

4- Em um parágrafo, contendo, aproximadamente, dez linhas, relacione o conteúdo do conto O jornal e suas metamorfoses à tirinha a seguir. Mostre que relação de sentido há entre esses textos, aplicando, sobretudo, à sua reflexão a percepção do poder da leitura (literária ou não) como elemento transformador da realidade cotidiana. 



 No conto "O jornal e suas metamorfoses", o autor demonstra como o leitor se apropria daquilo que lê, explicitando como as leituras que fazemos ao longo da vida se tornam parte importante de nós. Assim, na tirinha, Mafalda, sabendo do poder transformador da leitura, prefere não ler o jornal que, no caso, é veículo de informações tristes, trágicas. Como a primavera se aproxima, a garotinha rejeita a leitura de algo que tirará dela a alegria e leveza que os dias da estação das flores têm. Tanto na tirinha quanto no conto, os personagens entendem a leitura como ato que se apega ao homem e influencia suas ações e pensamentos: o texto não é apenas palavras impressas, mas sim informações que têm o poder de mudar o homem, papel da Literatura, de modo geral.

5- Com relação a figuras de linguagem grifadas nos poemas seguintes, é correto afirmar na ordem que são:  



I – Meu Deus, que estais pendentes de um madeiro
Em cuja lei protesto de viver
Em cuja santa lei hei de morrer
Animoso, constante, firme e inteiro. (Gregório de Matos)

II- Seu  sorriso se abre como asas de uma borboleta.  (Pablo Neruda)

III-  Há de surgir uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir.
Há de apagar uma estrela no céu cada vez que
Ocê chorar.
O contrário também bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar quando a lágrima cair
Ou então, de uma estrela cadente se jogar.
Só pra ver a flor do seu sorriso se abrir.  (Gilberto Gil)



a) eufemismo, metáfora e comparação.                        c) hipérbole, prosopopeia e metonímia.
b) catacrese, personificação e metáfora.                       d) antítese, comparação e prosopopeia. 

6- Leia as frases a seguir:
 I - O poema é uma pedra no abismo.
II- Minha dor é inútil como uma gaiola numa terra onde não há pássaros.
III- Deitou-se sobre o verde macio da relva
IV- Bebeu, sozinho, duas garrafas daquele maldito vinho.

- Estão presentes nas opções acima as seguintes figuras de linguagem, respectivamente:
a) sinestesia, metáfora, eufemismo, prosopopeia.
b) metáfora, comparação, sinestesia, metonímia.
c) eufemismo, prosopopeia, comparação, sinestesia.
d) comparação, símile, sinestesia, metonímia.

7- Leia atentamente os textos abaixo e indique D quando prevalecer a denotação e C quando prevalecer a conotação: 

a) ( D  ) “O ano de 1948, em Pernambuco, foi marcado por um processo revolucionário, liderado por um Partido Liberal radical.”
b) ( C ) “Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois – Recife das revoluções libertárias – Mas o Recife sem história nem literatura – Recife sem mais nada – Recife da minha infância”
c) ( D  ) “ depois de analisar os prontuários de 964 pessoas operadas np Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, o médico Cláudio Moura Lacerda de Melo, 31 anos, concluiu que seus colegas exageraram na requisição de exames radiológicos e de laboratório, ao mesmo tempo em que dão pouca atenção ao exame direto do paciente e a uma conversa com ele sobre o seu histórico de saúde”.
d) (  D ) “Em todo triângulo, o quadrado de qualquer lado é igual a soma dos quadrados dos outros dois, menos o duplo produto destes dois lados pelo co- seno do ângulo que eles formam.
e) (  C  ) “Tantas palavras / Que eu conhecia / E já não falo mais, jamais/ Quantas palavras/ Que  ela adorava/ Saíram de cartaz”

14 de mar. de 2013

Figuras de Linguagem

 Galerinha do 9º ano,
Como esta matéria é sempre presente nos estudos de Literatura e Língua Portuguesa, sugiro que vocês imprimam o conteúdo e deixem no caderno, disponível para consulta.


O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem. 

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
A lendária máscara teatral é um exemplo de antítese

Ex: Assim que as luzes se apagaram, acendeu-se a chama. (apagar e acender são palavras contraditórias. Para que um se acenda, o outro deve se apagar. São situações excludentes)

b) paradoxo: é a figura em que há algo que parece absurdo, contrário ao senso comum, para isso utiliza-se termos contrários, mas referindo-se a um mesma situação, pessoa...
Ex: A relação conturbada fazia com que ela o amasse odiando-o. (Ao mesmo tempo, há a existência do amor e ódio, convivendo juntos, mesmo sendo elementos contrários)
O amor é um contentamento descontente (Neste verso de Camões, o amor provoca sentimentos opostos no ser que ama: alegria e tristeza juntos)

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
Ex: Você é muito engraçadinho!  (na presença de um ato reprovável)

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
Joana faltou com a verdade (em vez de mentir)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Ex: Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopeia, animismo ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

Ex: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.(Jardim não olha, pois quem tem a faculdade da visão são os seres humanos, aqui, portanto, ele adquire característica de pessoa: a capacidade de olhar).


f) comparação:  é uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. A relação entre esses elementos é expressa por um conectivo que deixa clara a comparação.
Ex: O amor queima como fogo
Ela mente da mesma forma que o pai mentia.


g) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo não aparece, fica subentendido.

Ex: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

h) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

Ex: Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

É a metonímia que nos autoriza a usar expressões como "tomar um copo d'água" e "ler Rubem Braga":  Você, na verdade, toma a água contida no copo e lê o livro escrito por Rubem Braga. 
Outros exemplos: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro)/ Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pela classe - culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro é malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela obra - copos).

i) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

Ex: O pé da mesa estava quebrado. (Observe que é naturalmente parte do ser humano, mas aqui está sendo usado por falta de um outro termo que classifique tão bem a estrutura referida da cadeira).
Outros exemplos: dente de alho, céu da boca, barriga da perna, batata de perna, asa da xícara...

j) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
Ex: ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
A cidade maravilhosa (Rio de Janeiro)

l) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Ex: Eu adoro perfumes doces (perfume se percebe pelo olfato, o doce pelo paladar: misturam-se dois sentidos humanos diferentes, em favor de um significado almejado)
Era um som luminoso que encantava a todos (som: audição; luminoso: visão)



Adaptado de: http://www.brasilescola.com/portugues/figuras-linguagem.htm

15 de ago. de 2012

Conto "Gennaro"

Olá, galera da 8ª série!
Conforme combinado, deixo aqui o link para vocês lerem o conto "Gennaro", parte da obra "Noite na Taverna", de Álvares de Azevedo.

Clique AQUI para ler o texto!

Até a próxima aula!

20 de fev. de 2011

Sobre a plurissignificação no texto literário (válido para todas as turmas)

Neste início ou reinício de trabalho, tenho retomado com vocês  o conceito de literatura e os elementos que fazem com que um texto seja literário ou não. A famosa plurissignificação do texto literário é o que mais "pega". E não apenas para os alunos dos primeiros anos, com os quais começo a falar dessa ideia de Literatura não ter uma finalidade prática: nínguém faz literatura para informar, ensinar coisas ou fazer propaganda. A finalidade da literatura é ser ela mesma, uma arte, uma expressão estética. Isso porque os textos literários são obras de ficção. Eles não têm nenhum compromisso com o mundo real. Apesar de muitas histórias parecerem reais ( famosa verossimilhança), elas são, na verdade, pura obra da fantasia, da imaginação do autor.

Plurissignificação: a realidade "inventada" dos textos pode ser lida, interpretada, de diferentes formas. Encontrar resposta para essa multiplicidade de significados e significações não é privilégio do professor. Primeiro porque o ato literário, justamente pela liberdade que possui, não nos oferece todas as respostas; antes, nos enche de outras dúvidas que, ao serem exploradas, nos revelam o que é o ser humano, como sente, pensa, como poderia agir e como age. É um encontro permanente do homem consigo mesmo, e isso é muito legal!!!
 Bem, corrigindo, eu acho muito legal e sei que com vocês nem sempre é assim, pelo menos no início. Algumas vezes, vejo nos olhos dos alunos, após os meus comentários sobre as interpretações de um texto poético, por exemplo, a seguinte indagação: "mas como é que eu vou saber que o texto está dizendo isso????" Respondo agora: é uma questão de treino! Só isso!

As verdades do texto estão no texto e são do texto. Por isso a diferença entre texto literário e não-literário: o literário cria uma realidade subjetiva, inventada, que até pode parecer real, mas é somente no texto. Já o não-literário é a verdade de fato, a notícia, o jornal, as receitas, o manual de instruções, ou seja, tudo aquilo que foi escrito com o objetivo de informar. 

Veja como a professora Bianca, do blog literarizando.wordpress.com, expõe essa diferenciação: 
  • Vampiros existem?
  • Animais falam usando linguagem verbal?
  • A morte pode decidir fazer greve e deixar de matar pessoas?
Resposta para todas essas questões: não, salvo se você considerar essas realidades dentro de obras ficcionais. Em histórias de Drácula, True Blood e Nosferatu, vampiros existem. Em fábulas, contos de fada, Crônicas de Nárnia, desenhos do Scooby Doo e obras equivalentes, animais falam. Em As intermitências da morte, romance de José Saramago (que morreu ano passado), a morte faz greve e para de matar. É, ela fica revoltada porque ninguém gosta dela e resolve dar um tempo para os seres humanos sentirem como ela faz falta. E, como você pode ver pelo fato de Saramago ter morrido, isso só acontece em histórias.
Portanto, a realidade do mundo prático, aquele que eu gosto de chamar de empírico, esse mundo nosso, do cotidiano é uma. Se alguém nele te disser que viu um vampiro de verdade, e que isso não foi sonho, e essa pessoa tiver mais de 8 anos de idade, você está diante de alguém que tem problemas. Chame um psiquiatra. Gente que já passou da infância e está confundido realidade co fantasia está passando por problemas sérios.
Se, no entanto, que confunde a verdade do mundo real, do mundo empírico, com a verdade/realidade dos livros de ficção, do cinema, dos contos de fada, tiver menos de 8 anos, tudo bem. Reconhecer o que é imaginário e o que é verdadeiro é uma aprendizagem. Só não vale tirar vantagem disso para assustar primos e irmãos pequenos, tá? No máximo, deixa a criança curtir um pouquinho a fantasia, se ela trouxer sensações boas e não for perigosa.  

Veja o que acontece com quem acredita que o texto literário se comprometecom as verdades absolutas: o vídeo a seguir é sobre a história de uma menina que leu Crepúsculo e levou a sério demais! :)

24 de nov. de 2010

Folha Rota, Machado de Assis

É, pessoal, novamente Machado de Assis ronda a vida escolar e literária de vocês. Acreditem em mim: vai valer a pena as leituras que fazemos agora. No futuro vocês me digam, tá?!

Vamos lá:
Folha Rota é um dos contos da coletânea Histórias do Romantismo. O enredo revela o amor secreto e contrariado, tema tão precioso aos românticos, entre dois jovens: Luísa, moça órfã, ingênua e de hábitos domésticos, e Caetaninho.

Luísa, aprisionada no recinto doméstico, garota de dezoito anos, não chega a conhecer e ter "intimidade" com os espaços públicos, no qual circula e prospera seu namorado Caetaninho. Entre os dois - ou entre a moça e sua felicidade pessoal - existe a intransponível barreira figurada pelo postigo (uma abertura em porta ou janela que permite observar sem ter que as abrir) que deixa passar apenas os olhos ou, quando muito, a mão. A verdadeira prisão de Luísa é a gratidão que sente por sua tia. Dos limites dessa relação de favor, que afinal se converte em mando e irrefletida obediência, é que advém sua incapacidade para desconfiar da história romanesca que lhe conta D. Ana Custódia. Daí também o excesso de lágrimas, com que ela compensa a falta de realismo ou de coragem para realizar seus direitos individuais.


Responda em seu caderno:

1) Descreva as características físicas e psicológicas de Luísa.
2) O narrador adianta, na página 132, que haviam motivos para D. Ana Custódia e seus dois parentes não se frequentarem. Com suas palavras, reconte o porquê do desentedimento entre eles.
3) Na opinião do rapaz, não havia ninguém mais infeliz do que ele. Por que Caetaninho pensava isso sobre si?
4) Ao relatar o passado a Luísa, D. Ana diz, falando sobre o cunhado Cosme: "vinguei-me e me perdi". O que acontecera?
5) D. Ana Custódia diz a moça que preferiria morrer a vê-la casada com o filho de Cosme. Você acredita que ela já desconfiava do envolvimento da moça com Caetaninho? Justifique.
6) Apesar do costume excessivamente caseiro, qual era, na verdade, a prisão em que se encontrava Luísa? Explique sua resposta.
7) Discorra (escrever expondo opinião) sobre a postura final de Luísa com relação à Caetaninho.
8) Explique o título do texto.

9) Associe o vídeo a seguir ao enredo e à temática do conto Folha Rota. Em sua opinião, o vídeo serviria para expressar o sentimento de qual personagem: Luísa ou Caetaninho?Explique.


28 de out. de 2010

O homem feito, Fernando Sabino

Pessoal da 8ª série,

O livro O homem feito pode parecer uma grande incógnita para a maioria de vocês, mas não desanimem!!!

Primeiro, é importante salientar que uma das temáticas recorrentes na escrita de Fernando Sabino é a angústia do homem contemporâneo e seus momentos de tentativa de isolar-se. Na verdade, é o desejo do homem de encontrar-se consigo mesmo. A simbologia é altamente trabalhada no enredo. Cada obejto, ação do personagem ou alterações da natureza têm um significado próprio, como num sonho.

A epígrafe com os versos de Mário de Andrade revelam desde o primeiro momento o desenrolar da história:

"Me deixem num canto apenas, que seja este canto somente, 
Suspirar pela vida que nasceria apenas do meu ser!"

O personagem principal, Luís, desiludido, não sabemos bem por que, isola-se numa montanha, distante da cidade. Ali, através da ajuda do "menino", o homem começa a reviver alguns fatos de sua infância e aos poucos vai conseguindo reencontrar e libertar-se do desejo doentio de isolamento.

A montanha, cercada por matas e pedras, e a cabana, suja e escura, são símbolos da alma cheia de dureza e dores daquele ser entristecido. As pedras, por exemplo, transmitem a ideia do coração endurecido do homem. Luís estava amargurado e em crise: além de ter fugido para a montanha, ele acabou matando todos os animais que cruzavam seu caminho. Somente o garoto, também de nome Luís, consegue aproximar-se do homem. Pouco a pouco, a criança, que antes parecia um intruso, conquista o homem. Juntos, homem e menino, revivem momentos da infância do adulto, o que ajuda a trazer de volta a vontade de viver. Assim, podemos afirmar que a presença infantil é um ponto crucial na narrativa: ela representa a linha divisória entre a fantasia e a realidade. Basta lembrar que o garoto aparece justamente no instante do ímpeto suicida do protagonista. A realidade só se separa da fantasia quando o amigo do Luís adulto aparece para visitá-lo e alerta-o do perigo de enlouquecer ao qual está se expondo. É o princípio do fim...

O vídeo a seguir dialoga com o livro. Assistam-no e façam as associações.

Beijos, galera!!!

Diálogo com o livro O homem feito:14 Bis - Bola de Meia, Bola de Gude (Legendado).avi

27 de set. de 2010

O retrato de Dorian Gray: da beleza exterior ao horror na essência

Olá, pessoal da 8ª série!

Há muito tempo que não deixo uma postagem aqui para vocês, né?!!!

















Tentando corrigir isso, coloco aqui o trailler do filme " O retrato de Dorian Gray". O livro é muito interessante e bem fácil de reconhecermos a temática no nosso dia a dia: a busca incessante pela beleza, acima de todas as regras, inclusive as do bom senso, da moral e de respeito aos limites humanos. Dorian, que nos é apresentado ainda garoto, após ver seu belo rosto pintado por Basilio, seu amigo, faz uma espécie de "prece" que muda completamente a sua vida. O garoto, ainda inocente, se deixa levar, se deixa seduzir pela ilusão da beleza infinita, o que faz dele autor de coisas terríveis e por essa autoria pagará um preço alto demais... No decorrer da narrativa vemos a deterioração da personalidade de Dorian: agora, homem, já não é mais tão querido como antes, torna-se frio, calculista, devasso, capaz de atos de extrema maldade. A presença de Lord Henry é uma das mais notáveis na obra: ele exerce uma influência destrutiva sobre  o protagonista. Há algo de sobrenatural no ar... 
 


16 de jun. de 2010

Com vocês: Dom Casmurro!

 Já que, neste junho frio de doer até a alma, estamos em clima machadiano, vejam o livro clip da obra Dom Casmurro, nosso próximo alvo de estudos.

A cartomante, Machado de Assis

Oi, pessoal da 8ª série!

Vocês são testemunhas: eu bem que tentei passar o vídeo sobre o conto A CARTOMANTE. Sei lá, essas tecnologias andam de mal comigo, gente! Logo eu, tão boazinha!!! (rsrsrs). Já que o som não colaborou muito, deixo aqui para vocês assistirem com calma, no doce sossego do lar...

Beijos!!!



8 de jun. de 2010

Avaliação 8ª série "O espelho e outros contos machadianos"

Pessoal,

Como prometi, selecionei alguns dos contos do livro para a avaliação na próxima aula.
Uma leitura atenta assegura uma boa prova, então leiam com um dicionário em mãos, para resolver problemas de vocabulário, e depois voltem ao texto, numa leitura analítica, sem interrupções.

Procurem sempre entender a temática do texto, a presença do narrador, a ironia, a descrença na natureza humana, o pessimismo e a análise psicológica, itens tão marcantes na escrita de Machado de Assis. Retomem também os textos de apoio e vídeos que trabalhamos em sala (basta olhar no arquivo do blog).

Boa prova, Queridos!

Segue a lista dos contos:

O espelho
Verba Testamentária
O caso da vara
Galeria Póstuma
Noite de Almirante

Obs.: todos os contos foram trabalhados em sala, portanto, sem moleza!

No site Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br) vocês encontram todos os contos, caso não possuam ainda o livro.

Beijão!

18 de mai. de 2010

Trabalho Machado de Assis - 8ª série

Oi, pessoal!

Conforme avisei em sala de aula, deixo aqui as instruções sobre o trabalho a respeito do conto Verba Testamentária Clique aqui para ler, de Machado de Assis.

Após a leitura e compreensão do texto, redija um texto contendo suas considerações sobre o conto Verba Testamentária:
-1º parágrafo (introdução): em no máximo seis linhas, resuma a história;
-2º parágrafo (desenvolvimento): em no mínimo oito linhas, escreva sobre o personagem principal do conto: características, estranhezas e seu percurso no enredo. Demonstre características da escrita machadiana e comprove-as com citaçõe do texto. Você poderá utilizar os textos contidos na parte final do livro "O espelho e outros contos machadianos": Machado de Assis e a Filosofia. Este parágrafo pode ser dividido em dois ou mais.
-3º parágrafo (conclusão): em no mínimo seis linhas, encerre seu texto deixando sua conclusão sobre a leitura, suas expectativas e como elas foram sendo confirmadas ou refutadas.   
 
NÃO entregue o trabalho em folha de fichário.

Para a capa:
Folha branca contendo:
a) no alto da página, centralizado, o nome do colégio (fonte arial ou times,14)
b) No centro, nome do livro e conto trabalhado, nome do autor da obra literária (arial ou times, tamanho 18 ou 20). 
c) Em baixo, centralizado, escreva o nome da cidade e data (fonte arial ou times, 14).
Use cor preta.

Folha de rosto (uma espécie de segunda capa)
a) Em cima, centralizado, coloque o nome do aluno
b)No centro, nome do livro e conto trabalhado, nome do autor da obra literária (arial ou times, tamanho 18 ou 20).
c) Abaixo do item anterior, recuado a direita, tamanho 12, informe o nome da disciplina, professora, trimestre letivo e ano. ATENÇÃO: Para evitar erros, Veja os modelos de capa e folha de rosto clicando AQUI
c) Embaixo, centralizado, escreva o nome da cidade e data (fonte arial ou times, 14).

Anexos:
Ao finalizar, poderá enriquecer seu trabalho com fotos e/ou ilustrações sobre o tema.
É imprescindível que você apresente as fontes pesquisadas para construir seu texto.

ATENÇÃO: 
Imprima este roteiro de trabalho e cole-o em seu caderno de literatura. Além de ser parte do nosso estudo, devendo assim ficar registrado em seu caderno, você necessitará das instruções aqui dispostas para outros trabalhos.

O texto deverá ser produzido individualmente e entregue até o dia 01/06 (8ª A) e 02/06 (8ª B).
P.S.: Constam aqui no blog os vídeos e textos sobre Machado de Assis. Vocês poderão ultilizá-los também como material de apoio para construir sua produção. Só não se esqueçam de citar a fonte, ok?

Beijão, lindos! 

5 de mai. de 2010

O espelho, Machado de Assis - 8ª série

Oi, Gente!!!!!!!!!!

Depois destas aulas extras (duas aulas de Literatura durante a semana é algo bem atípico, né?), pudemos dar uma adiantada na introdução aos contos machadianos. Foi ótimo poder assistirmos aos vídeos sobre a vida e o contexto de época que envolveu, influenciou e reverberou na produção de Machado de Assis.

Como viram, ler Machado é ter em mente algumas características marcantes de sua escrita: ironia, pessimismo, humorismo, conversa com o leitor, o ceticismo (descrença em Deus e no homem) e a metalinguagem.

Conforme disse em sala, deixo aqui o link para que leiam o conto O espelho (Clique aqui para ler). Para a próxima aula será necessário que todos já tenham lido (depois não digam que não avisei!)...
Caso seja possível (vejam que não estou prometendo) passo para deixar um comentário sobre o conto e ajudá-los a entender a obra do maior escritor brasileiro de todos os tempos.

Beijinhos!

3 de mar. de 2010

Estudo do texto "Gennaro" - 8ª Série

ATENÇÃO!
Trabalho para ser feito em dupla e entregue no dia 09/03. Pode ser feito de modo manuscrito ou digitalizado. É preciso estar organizado, ter capa contendo nomes, série, turma, disciplina e nome do professor. Boa leitura e bom trabalho!

Após a leitura do conto “Gennaro” (Clique aqui para ler), faça o que é pedido:

1) Identifique no texto:

a) Personagens; tempo; tipo de narrador e foco narrativo.

2) Observe a forma como as duas mulheres do texto são caracterizadas.

a) Que adjetivos são usados para qualificá-las?

b) Podemos afirmar que são típicas mulheres do Ultrarromantismo? Por quê?

3) Leia com atenção:

Amor platônico pode ser entendido como o amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve, revestindo-se de fantasias e idealizações. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas.  Parece que o amor platônico distancia-se da realidade, e, como foge do real, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia.

No conto em questão, a presença do amor platônico inicialmente se dá em qual dos pares: Gennaro e Laura ou Gennaro e Nauza? Explique sua resposta com elementos retirados do texto.

4) Quais acontecimentos sucederam os encontros amorosos de Gennaro e Laura?

5) Em sua opinião, Gennaro é culpado pelo fim de Laura? Por quê?

6) Após a morte de Laura, qual é a atitude de Godofredo, pai da jovem?

7) O distanciamento de Godofredo facilita a aproximação de Gennaro e Nauza. Explique a afirmativa baseando-se na narrativa.

8) Releia o seguinte trecho:

Uma noite houve um fato pasmoso.
O mestre veio ao leito de Nauza. Gemia e chorava aquela voz cavernosa e rouca: tomou-me pelo braço com força, acordou-me, e levou-me de rasto ao quarto de Laura.  Atirou-me ao chão: fechou a porta.

Que fatos misteriosos ocorrem a partir desse instante da narrativa?

9) Ao levar Gennaro para fora da cidade, para um local escuro, ermo, qual era a intenção do pintor Godofredo? Sua tentativa obteve sucesso? Por quê?

10) Ao se ver livre da morte, Gennaro resolve ir ao encontro do mestre. Duas ideias passam pela sua cabeça, uma oposta a outra. Com suas palavras, reconte tais ideias.

11) O que Gennaro encontra ao chegar à casa de Godofredo Wash?

12) Faça uma listagem das características do Ultrarromanstimo presentes no texto.

2 de mar. de 2010

Atenção 8ª séries: CONTO "GENNARO", (ROMANTISMO)

Olá, pessoal da 8ª série (Agora é 9º ano, né?!!!!)

Conforme informei em sala, deixo aqui o link para o conto Gennaro (clique aqui para ler), parte da obra Noite na Taverna. Esse conto está entre as histórias contidas no nosso livro "Histórias do Romantismo". Bem, como o livro ainda não chegou, vamos adiantando nossa vida, né?!!! 
Vocês deverão ler o conto, buscar compreendê-lo e então responder ao que é pedido abaixo. Muiiiiiiiiiito importante é perceber que se trata de um conto do período literário chamado de Romantismo, mais especificamente do Ultrarromantismo, onde o amor e a ideia de morte estão sempre presentes.

Outras características são os cenários sempre escuros, sombrios, a noite como lugar dos acontecimentos mais misteriosos. Há também uma aura de depressão, de remorso, de tristeza, melancolia que norteia as produções dos ultrarromânticos. Precisa ser observada a participação da mulher: muitas vezes descrita como um ser branco, alvo, pálido, semelhante a um anjo. O amor é platônico, ou seja, não há contato físico, apenas idealização, desejo, fantasia. Pode ser que no decorrer da história o contato venha a realizar-se, porém é relevante observar como a mulher se torna alvo da veneração do homem, como se fosse uma entidade divina, pura, perfeita.

Bom trabalho, pessoas chiques e internacionais!

Lembre-se que é para a próxima aula (dia 09/03).
Solicitei a vocês três recortes de revistas, iguais àqueles que trabalhamos em sala hoje.  Escolham três gravuras, imagens interessantes e cole-as em uma folha de cartolina, ou qualquer outro papel mais durinho, e leve para a sala na próxima terça.

É para terça também o texto que VOCÊS não terminaram hoje e a ficha literária!

Beijão!!!!

5 de set. de 2009

Poema de SAMUEL JOSÉ - 8ª Série Colégio Delta


O autor deste poema é Samuel José Pimenta Júnior, aluno da 8ª série do Colégio Delta, em Montes Claros, MG. A produção se deu após discutirmos em sala sobre as mudanças que nosso idioma vêm sofrendo e sobre o lugar da palavra escrita e da Literatura no mundo atual ( ou será virtual???).


Mitos da Linguagem

Desde os primórdios da Terra
O livro já era escrito
Palavras lançadas ao vento
Desenhos em pedra ou mitos

No templo maior
No Egito Antigo
Era Romana
Tudo escrito

O papiro
O livro
O jornal
Hoje, o mundo virtual

As palavras sofrem mundanças
Desmancham, somam
lembranças

O que eu penso do mundo de hoje
É que tudo está evoluindo
Somando
ou sumindo.

19 de ago. de 2009

Para a galerinha da 8ª série II: A MISSÃO


Pessoal,


É importante que vocês não se esqueçam pontos importantes salientados em sala de aula sobre o livro "Ciumento de carteirinha", como por exemplo: à semelhança da obra de Machado de Assis, Dom Casmurro, a história gira em torno de um possível triângulo amoroso: Queco ama Júlia, mas desconfia que esta o trai com seu melhor amigo Vitório. Os três, juntamente com Nanda, formam o quarteto que irá representar a escola no concurso que revisita a obra de Machado e procura dar o prêmio em dinheiro para aquele que melhor argumentar sobre a clássica dúvida:"Capitu traiu ou não Bentinho?".


Mas não é só isso!




12 de ago. de 2009

Para a galerinha da 8ª série...

Pessoal, em sala se aula estamos lendo o livro "Ciumento de carteirinha", de Moacyr Scliar. Como já disse a vocês, a obra é uma releitura do clássico "Dom Casmurro", de Machado de Assis. Comentamos em sala que o Machado de Assis é o um dos maiores escritores da nossa Literatura. Abaixo deixo a retomada do enredo, afim de refrescar os desmemoriados de plantão, mas ler o livro continua sendo imprescindível! Beijinhos para todos e todas!
O enredo de Ciumento de carteirinha começa com um acidente que coloca em ruínas a escola onde os personagens estudam, a José Fernandes da Silva. "É uma história que tem basicamente quatro personagens, como o próprio livro do Machado, só que agora se trata de estudantes. Mais: um deles, o Queco, também se vê, como Bentinho, às voltas com o ciúme", explica Moacyr Scliar na seção "Bastidores da criação", contida
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