Em
um dos muitos templos gregos dedicados a Afrodite, um mortal comentou que uma
das filhas do rei era mais bela do que a própria deusa do amor. Tratava-se da
princesa Psiquê (Alma). Logo o boato da sua formosura espalhou-se por toda a
Grécia. Homens de todas as partes vinham para contemplar a beleza da mortal,
abandonando de vez o templo de Afrodite. Ao saber do abandono do seu templo às
ruínas, em prol da beleza de uma simples mortal, Afrodite é acometida de uma
violenta cólera e desejo de vingança. Decide que a princesa Psiquê, responsável
pelo desvio dos homens, deverá ser punida. A deusa pede ao filho Eros, que vá
até a mortal, que com a suas flechas do amor, fira-a de maneira que se apaixone
pelo ser mais desprezível de toda a Grécia, fazendo-a uma mulher infeliz. Eros
desce do Olimpo, com a perversa missão de envolver Psiquê na mais triste e
destruidora das paixões. Mas Eros, ao deparar-se com mulher tão bela, é ferido
pelas próprias setas, apaixonando-se perdidamente por ela. Vencido pelo
sentimento inesperado, Eros volta ao Olimpo, mentindo para a mãe, dizendo à
deusa que cumprira a missão. Afrodite sente-se vingada.
Apaixonado
pela bela princesa, Eros não sabe como viver o seu amor por ela sem que a mãe
fique sabendo. Envolto pela paixão, ele confessa os sentimentos ao deus Apolo,
que promete ajudá-lo.
De
longe, Eros faz com que a amada não goste de mais ninguém. Apesar de ser a mais
bela das três irmãs, Psiquê não se apaixona por pretendente algum. Vê as irmãs
desposarem homens ricos, mas não se convence a amar ninguém. Ela não sabe da
existência do amor de Eros, mas pressente-o. A alma sente o amor invisível e
próximo, e mesmo sem o conhecer ou ver, aguarda e chama por ele. A princesa
torna-se prisioneira de uma solidão voluntária.
Preocupados
com o destino da filha, os pais procuram o oráculo de Apolo.
Sejam bem-vindos ao Letra e Luz. Este é o espaço que, há algum tempo, tenho usado para interagir assim, via web, com meus alunos. Agora passa a ser nosso ponto de encontro também! Fiquem à vontade para ler, comentar e seguir o blog, ok?
Os vídeos a seguir são aqueles que vimos em sala e que correspondem ao diálogo com o livro Viagem Virtual, de Vera Carvalho de Assumpção. Como disse a vocês, é um outro olhar para as temáticas da obra: ali temos Camila encontrando o passado e podendo vivenciar um tempo diferente, de hábitos rústicos, simples. Os vídeos que assistimos tematizam a questão do tempo de modo diferenciado. Cabe a cada um fazer o levantamento das diferenças e semelhanças que podem ser observadas ao confrontarmos as produções.
É com vocês!
Bom trabalho!
Se você precisar de um livro bom e envolvente "A hora da verdade" servirá muito bem: o ciúme doentio e enlouquecedor de Iara contamina e perverte a amizade e o amor de Adele. Sim, ciúmes, sentimento que todos conhecemos em algum grau e que agora nos guia nessa história cheia de amor, dúvidas, preconceitos e competições amorosas e esportivas. Além disso, temos aqui o bônus que é encontrar em uma produção literária juvenil palavras do grande Machado de Assis e do inigualável William Shakespeare.
Agora é ler para saber...
Espero que gostem da obra, ela é fantástica!!!!!
No link a seguir, constam os slides de sala de aula, nos quais há as questões do suplemento literário da obra. Copie as questões, imprima e responda ao que é pedido. Bom Trabalho! Suplemento em slides
Segue aqui um clipe com cenas da minissérie Capitu, adaptação da Rede Globo para o clássico Dom Casmurro:
Neste início ou reinício de trabalho, tenho retomado com vocês o conceito de literatura e os elementos que fazem com que um texto seja literário ou não. A famosa plurissignificação do texto literário é o que mais "pega". E não apenas para os alunos dos primeiros anos, com os quais começo a falar dessa ideia de Literatura não ter uma finalidade prática: nínguém faz literatura para informar, ensinar coisas ou fazer propaganda. A finalidade da literatura é ser ela mesma, uma arte, uma expressão estética. Isso porque os textos literários são obras de ficção. Eles não têm nenhum compromisso com o mundo real. Apesar de muitas histórias parecerem reais ( famosa verossimilhança), elas são, na verdade, pura obra da fantasia, da imaginação do autor.
Plurissignificação: a realidade "inventada" dos textos pode ser lida, interpretada, de diferentes formas. Encontrar resposta para essa multiplicidade de significados e significações não é privilégio do professor. Primeiro porque o ato literário, justamente pela liberdade que possui, não nos oferece todas as respostas; antes, nos enche de outras dúvidas que, ao serem exploradas, nos revelam o que é o ser humano, como sente, pensa, como poderia agir e como age. É um encontro permanente do homem consigo mesmo, e isso é muito legal!!!
Bem, corrigindo, eu acho muito legal e sei que com vocês nem sempre é assim, pelo menos no início. Algumas vezes, vejo nos olhos dos alunos, após os meus comentários sobre as interpretações de um texto poético, por exemplo, a seguinte indagação: "mas como é que eu vou saber que o texto está dizendo isso????" Respondo agora: é uma questão de treino! Só isso!
As verdades do texto estão no texto e são do texto. Por isso a diferença entre texto literário e não-literário: o literário cria uma realidade subjetiva, inventada, que até pode parecer real, mas é somente no texto. Já o não-literário é a verdade de fato, a notícia, o jornal, as receitas, o manual de instruções, ou seja, tudo aquilo que foi escrito com o objetivo de informar.
Veja como a professora Bianca, do blog literarizando.wordpress.com, expõe essa diferenciação:
Vampiros existem?
Animais falam usando linguagem verbal?
A morte pode decidir fazer greve e deixar de matar pessoas?
Resposta para todas essas questões: não, salvo se você considerar essas realidades dentro de obras ficcionais. Em histórias de Drácula, True Blood e Nosferatu, vampiros existem. Em fábulas, contos de fada, Crônicas de Nárnia, desenhos do Scooby Doo e obras equivalentes, animais falam. Em As intermitências da morte, romance de José Saramago (que morreu ano passado), a morte faz greve e para de matar. É, ela fica revoltada porque ninguém gosta dela e resolve dar um tempo para os seres humanos sentirem como ela faz falta. E, como você pode ver pelo fato de Saramago ter morrido, isso só acontece em histórias.
Portanto, a realidade do mundo prático, aquele que eu gosto de chamar de empírico, esse mundo nosso, do cotidiano é uma. Se alguém nele te disser que viu um vampiro de verdade, e que isso não foi sonho, e essa pessoa tiver mais de 8 anos de idade, você está diante de alguém que tem problemas. Chame um psiquiatra. Gente que já passou da infância e está confundido realidade co fantasia está passando por problemas sérios.
Se, no entanto, que confunde a verdade do mundo real, do mundo empírico, com a verdade/realidade dos livros de ficção, do cinema, dos contos de fada, tiver menos de 8 anos, tudo bem. Reconhecer o que é imaginário e o que é verdadeiro é uma aprendizagem. Só não vale tirar vantagem disso para assustar primos e irmãos pequenos, tá? No máximo, deixa a criança curtir um pouquinho a fantasia, se ela trouxer sensações boas e não for perigosa.
Veja o que acontece com quem acredita que o texto literário se comprometecom as verdades absolutas: o vídeo a seguir é sobre a história de uma menina que leu Crepúsculo e levou a sério demais!
Gente, quanto nome estranho nessa peça teatral do Shakespeare, né?!!!
Vamos lá, agora é hora de saber quem é quem:
Hortênsio: apaixonado por Biança, disfarça-se de professor de música para cortejar a moça. Por fim, desiste de Bianca e casa-se com uma viúva. Usa um nome falso: Lício.
Grêmio: também apaixonado pela filha caçula de Batista Minola. Contrata Lucêncio como professor de latim e grego a fim de agradar o pai de Bianca.
Lucêncio: jovem rico, viajante, passa-se por professor de latim contratado por Grêmio. Conquista o coração de Bianca. Usa o nome falso de Câmbio.
Trânio: empregado de Lucêncio. Assumiu o papel do patrão para ajudar Lucêncio a se passar por professor de línguas.
Biondello: também empregado de Lucêncio. Tem pouca participação na obra. Algumas adaptações não citam esse personagem.