31 de dez. de 2010

2011 - Que haja esperança!

Desejo a todos os companheiros e amigos um 2011 de
esperanças renovadas, sonhos restaurados e realizações ao alcance de um toque.


Destaque para a FÉ na listagem acima:
é ela que nos faz contemplar o impossível,
ter a certeza do que os outros não veem
e nos dá forças para tocar em Deus.

20 de dez. de 2010

Timbre de veludo

A voz de quem se ama
tem o timbre do veludo exato.
Tem o peso e a medida
da luz quando pousa
na superfície do lago

A voz de quem se ama
tem a transparência
de uma gota de orvalho
quando escorre
pelas frestas da tarde.

A voz de quem se ama
é a mistura perfeita
de estrelas e sinos e harpas
e acorda em nossa pele
os acordes mais secretos.
Roseana Murray

Repertório restrito: tecnologia pode reduzir vocabulário

Uso excessivo de internet e celulares pode reduzir o vocabulário de adolescentes.

Apesar de criar novos empregos e aumentar a interatividade entre as pessoas, a tecnologia também pode ser responsável por certa dificuldade de expressão que muitos jovens enfrentam. De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido, muitos adolescentes estão perdendo vagas no mercado de trabalho por não saberem se expressar, o que se deve , segundo os pesquisadores, à escrita rápida e curta da internet e celulares, pouco propícia ao emprego de palavras novas. Estima-se que o vocabulário desses jovens esteja reduzido a uma média de 800 palavras, quando o normal para uma criança de 16 anos seriam 40 mil.

Fonte: Revista Língua Portuguesa (Junho 2010)

Google lança ferramenta que traduz textos fotografados

Desenvolvido para celulares e smartphones, o aplicativo batizado de Google Googles, que já reconhecia automaticamente as imagens de monumentos e obras famosas, agora também é capaz de traduzir textos "fotografados" em cinco línguas diferentes - inglês, francês, italiano, alemão e espanhol.

Basta que o usuário tire uma foto do texto desejado e depois ajuste uma caixa de seleção em torno das palavras que deseja traduzir.

A novidade fica por conta do serviço Google Googles, que consegue identificar fotos e "puxar" na internet informações relevantes sobre a imagem, ao Google Tradutor. Vale dizer que essa tecnologia pode ser uma porta de entrada para a banalização de "fotocópias instantâneas" de obras e documentos importantes.

Fonte:   Revista Língua Portuguesa (Julho de 2010)

14 de dez. de 2010

A mulher da página 194

Ela é loira e linda. Tem 20 anos. Modelo profissional. Saiu na última edição da revista americana Glamour ilustrando uma reportagem sobre autoimagem, e foi o que bastou para causar um rebuliço nos Estados Unidos. A revista recebeu milhares de cartas e e-mails. Razão: a barriga saliente da moça. Teor das mensagens: alívio. Uma mulher com um corpo real.

Não sei se Lizzie Miller, que ficou conhecida como a mulher da página 194, já teve filhos, mas é pouco provável, devido à idade que tem.

No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela dobrinha que se forma ao sentar. E mesmo quem não teve conhece também, bastando para isso pesar um pouco mais do que 48 quilos, que é o que a maioria das tops pesa. Lizzie não é um varapau — atua no mercado das modelos “plus size”, ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42, um insulto ao mundo das anoréxicas.

A foto me despertou sentimentos contraditórios. Por mais que estejamos saturados dessa falsa imagem de perfeição feminina que as revistas promovem, há que se admitir: barriga é um troço deselegante. É falso dizer que protuberâncias podem ser charmosas. Não são.

Só que toda mulher possui a sua e isso não é crime, caso contrário, seríamos todas colegas de penitenciária. Sem photoshop, na beira da praia, quase ninguém tem corpaço, a não ser que estejamos nos referindo a volume. Se estivermos falando de silhueta de ninfa, perceba: são três ou quatro entre centenas. E, nesse aspecto, a foto de Lizzie Miller serve como uma espécie de alforria. Principalmente porque ela não causa repulsa, ao contrário, ela desperta uma forte atração que não vem do seu abdômen, e sim do seu semblante extremamente saudável. É saúde o que essa moça vende, e não ilusão.

Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, cabelos limpos, segurança, satisfação consigo próprio, inteligência e bom humor: é isso que torna um homem ou uma mulher bonitos. Aquelas meninas magérrimas que ilustram editoriais de moda, quase sempre com cara de quem comeu e não gostou (ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso: magérrimas. Não parecem pessoas felizes. Lizzie Miller dá a impressão de ser uma mulher radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma de Psicologia que não tenho. Ela merecia estar na primeira página, mas, mesmo tendo sido publicada na 194, roubou a cena.

Que reação a foto causou em você? Repúdio ou alívio ?

E vocês homens? Ficaram surpresos? Sem dúvida é um artigo interessante!
Martha Medeiros

24 de nov. de 2010

Folha Rota, Machado de Assis

É, pessoal, novamente Machado de Assis ronda a vida escolar e literária de vocês. Acreditem em mim: vai valer a pena as leituras que fazemos agora. No futuro vocês me digam, tá?!

Vamos lá:
Folha Rota é um dos contos da coletânea Histórias do Romantismo. O enredo revela o amor secreto e contrariado, tema tão precioso aos românticos, entre dois jovens: Luísa, moça órfã, ingênua e de hábitos domésticos, e Caetaninho.

Luísa, aprisionada no recinto doméstico, garota de dezoito anos, não chega a conhecer e ter "intimidade" com os espaços públicos, no qual circula e prospera seu namorado Caetaninho. Entre os dois - ou entre a moça e sua felicidade pessoal - existe a intransponível barreira figurada pelo postigo (uma abertura em porta ou janela que permite observar sem ter que as abrir) que deixa passar apenas os olhos ou, quando muito, a mão. A verdadeira prisão de Luísa é a gratidão que sente por sua tia. Dos limites dessa relação de favor, que afinal se converte em mando e irrefletida obediência, é que advém sua incapacidade para desconfiar da história romanesca que lhe conta D. Ana Custódia. Daí também o excesso de lágrimas, com que ela compensa a falta de realismo ou de coragem para realizar seus direitos individuais.


Responda em seu caderno:

1) Descreva as características físicas e psicológicas de Luísa.
2) O narrador adianta, na página 132, que haviam motivos para D. Ana Custódia e seus dois parentes não se frequentarem. Com suas palavras, reconte o porquê do desentedimento entre eles.
3) Na opinião do rapaz, não havia ninguém mais infeliz do que ele. Por que Caetaninho pensava isso sobre si?
4) Ao relatar o passado a Luísa, D. Ana diz, falando sobre o cunhado Cosme: "vinguei-me e me perdi". O que acontecera?
5) D. Ana Custódia diz a moça que preferiria morrer a vê-la casada com o filho de Cosme. Você acredita que ela já desconfiava do envolvimento da moça com Caetaninho? Justifique.
6) Apesar do costume excessivamente caseiro, qual era, na verdade, a prisão em que se encontrava Luísa? Explique sua resposta.
7) Discorra (escrever expondo opinião) sobre a postura final de Luísa com relação à Caetaninho.
8) Explique o título do texto.

9) Associe o vídeo a seguir ao enredo e à temática do conto Folha Rota. Em sua opinião, o vídeo serviria para expressar o sentimento de qual personagem: Luísa ou Caetaninho?Explique.


12 de nov. de 2010

"Perólas": seria de rir, se não fosse desesperador

Mulheres: simplesmente, tradutor de nós!

MULHERES

Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós.

Pare para refletir sobre o sexto-sentido.
Alguém duvida de que ele exista?

E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você?

E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento?

E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião pra São Paulo. Só meia-hora de voo. Ela fala pra você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não leva. O que acontece?
O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
"Leve um sapato extra na mala, querido.
Vai que você pisa numa poça..."
Se você não levar o "sapato extra", meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado...

O sexto-sentido não faz sentido!

É a comunicação direta com Deus!
Assim é muito fácil...
As mulheres são mães!

E preparam, literalmente, gente dentro de si.
Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal?

E não satisfeitas em ensinar a vida elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral.
Fala-se em "praga de mãe", "amor de mãe", "coração de mãe"...

Tudo isso é meio mágico...
Talvez Ele tenha instalado o dispositivo "coração de mãe" nos "anjos da guarda" de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança).

As mulheres choram. Ou vazam? Ou extravazam?Homens também choram, mas é um choro diferente. As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens...

É choro feminino. É choro de mulher...

Já viram como as mulheres conversam com os olhos?

Elas conseguem pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar.
Elas fazem um comentário sarcástico com outro olhar.
E apontam uma terceira pessoa com outro olhar.
Quantos tipos de olhar existem?

Elas conhecem todos...

Parece que frequentam escolas diferentes das que frequentam os homens!
E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.

EN-FEI-TI-ÇAM !

E tem mais! No tocante às profissões, por que se concentram nas áreas de Humanas?
Para estudar os homens, é claro!
Embora algumas disfarcem e estudem Exatas...

Nem mesmo Freud se arriscou a adentrar nessa seara. Ele, que estudou, como poucos, o comportamento humano, disse que a mulher era "um continente obscuro".
Quer evidência maior do que essa?
Qualquer um que ama se aproxima de Deus.
E com as mulheres também é assim.

O amor as leva para perto dEle, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem "estar nas nuvens", quando apaixonadas. É sabido que as mulheres confundem sexo e amor.
E isso seria uma falha, se não obrigasse os homens a uma atitude mais sensível e respeitosa com a própria vida.
Pena que eles nunca verão as mulheres-anjos que têm ao lado.
Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo.
Mas elas são anjos depois do sexo-amor.
É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos.
E levitam.
Algumas até voam.
Mas os homens não sabem disso.
E nem poderiam.
Porque são tomados por um encantamento
que os faz dormir nessa hora
."

Luís Fernando Veríssimo

4 de nov. de 2010

É proibido chorar sem aprender


É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

[...]

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.
[Pablo Neruda]

De pé 2

"Vou viver o que os meus inimigos nem sonham
Ser a flecha que mais longe irá chegar..."
Renascer Praise

A felicidade virou mar

"Não, isso não é lágrima, não.
É que a felicidade virou mar dentro de mim e a maré acabou de subir"
André Gonçalves

De pé

Depois de todo esse vento,
Sobraram desmaios em mim.
Desabei. Caí das nuvens.
Justo eu, intensa e firme,
 Que pensava ser feita de amor!

Escondo o sorriso e vejo um rio
Correr por dentro, prometendo desaguar nos olhos.
As incertezas trazem derrames e da flor
Sobra um espinho agudo e perfurante.

Mas, perdão se não cedo!
Continuo constituída de um material
Sólido e eterno como a alegria que
Não deixa meu ser se entregar.

Há dores ainda. Desilusões, aos montes.
Porém, mais forte que a dor é a certeza
De que o Sol da justiça nasceu por mim e

Deu-me o encargo de ser incondicionalmente feliz.

Só mais um pouquinho de tempo, minh'alma!

SOU MAIS FORTE DO QUE O CINZA DESTES DIAS.
EU SEI QUE FLORESCERÁ O SONHO QUE PLANTEI
AOS TEUS PÉS, MEU AMADO!


1 de nov. de 2010

O que o amor tirou de mim

Li e suspirei...

 

O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios.

Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar.

O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia.

O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo.

O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes.

 O amor tirou de mim tudo que era falta.



Marla de Queiroz

Doce Novembro












Chegue com doçura, Novembro
e anuncie algo vindo do futuro.
Novo tempos, felicidade em garrafadas.

Abomina este teu cheiro pagão de morte.
Jogue perfume e descanso neste cansaço íntimo de mim. 

Venha, Novembro!
Encha-me de lirismo
Mostra-me a face nova do amor.

Diga-me que Dezembro fará da
nova vida doce de ser feliz,
sol de dormir tarde, canção para
bailar, música de esquecer o medo.

Que em ti, Novembro, os sonhos amanheçam
reais e a tristeza seja deixada na solidão
de um qualquer cais.

Gabarito Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne

Pessoal, perdão por não ter postado antes, conforme combinei com vocês! É esta vida super corridaaaaaa...

Bjos!!!

1- Os alemães Axel e seu tio, o professor Otto Lidenbrock e o islandês Hans Bjelke.

2- Saknussemm.

3- O manuscrito foi escrito com caracteres rúnicos. O professor explicou a Axel que as runas eram caracteres (letras) utilizados na Islândia há muito tempo.

4- Hans amontoou pedaços de rochas ao longo do caminho para orientar o retorno. Mas eles voltariam por caminho completamente diferente. Eles deixariam o interior da Terra por um vulcão localizado na Itália.

5- Na Islândia, em uma cratera do vulcão Sneffels.

6- Elas seguiram a orientação deixada pelo sábio Saknussem no pergaminho: ao meio-dia, antes do início de julho, a sombra do pico Scartaris se projetaria na entrada correta - o que realmente ocorreu.

7- F-V-F-F

8- O primeiro grande problema enfrentado foi a falta de água.

9- O professor deu o último gole de água para Axel, que já perdia as forças. O gesto demonstra amor porque o professor resistiu à vontade de beber a fim de garantir água para o sobrinho.

10- Hans conseguiu encontrar água corrente, quando eles já estavam quase sem forças.

11- Axel descobriu um efeito acústico na parede de pedra do lugar onde estava. Graças a esse efeito, ele podia ouvir seu tio e falar com ele.

12- Resposta pessoal.

13- Eles assistiram à luta entre um ictiossauro e um plesiossauro.

14- Eles encontraram um punhal, de cerca de 300 anos, época em que vivera Arne Saknussemm; em seguida, acharam uma placa de granito com as iniciais do sábio.

15- Eles usaram algodão-pólvora para explodir o bloco de pedra e, assim, desimpedir a passagem.

16- Eles saíram em Stromboli, na Sicília, região da Itália.

17- Resposta pessoal.

18- Não será necessário fazer a questão número 18.

Beijos!
Adoro vocês!!!

28 de out. de 2010

O homem feito, Fernando Sabino

Pessoal da 8ª série,

O livro O homem feito pode parecer uma grande incógnita para a maioria de vocês, mas não desanimem!!!

Primeiro, é importante salientar que uma das temáticas recorrentes na escrita de Fernando Sabino é a angústia do homem contemporâneo e seus momentos de tentativa de isolar-se. Na verdade, é o desejo do homem de encontrar-se consigo mesmo. A simbologia é altamente trabalhada no enredo. Cada obejto, ação do personagem ou alterações da natureza têm um significado próprio, como num sonho.

A epígrafe com os versos de Mário de Andrade revelam desde o primeiro momento o desenrolar da história:

"Me deixem num canto apenas, que seja este canto somente, 
Suspirar pela vida que nasceria apenas do meu ser!"

O personagem principal, Luís, desiludido, não sabemos bem por que, isola-se numa montanha, distante da cidade. Ali, através da ajuda do "menino", o homem começa a reviver alguns fatos de sua infância e aos poucos vai conseguindo reencontrar e libertar-se do desejo doentio de isolamento.

A montanha, cercada por matas e pedras, e a cabana, suja e escura, são símbolos da alma cheia de dureza e dores daquele ser entristecido. As pedras, por exemplo, transmitem a ideia do coração endurecido do homem. Luís estava amargurado e em crise: além de ter fugido para a montanha, ele acabou matando todos os animais que cruzavam seu caminho. Somente o garoto, também de nome Luís, consegue aproximar-se do homem. Pouco a pouco, a criança, que antes parecia um intruso, conquista o homem. Juntos, homem e menino, revivem momentos da infância do adulto, o que ajuda a trazer de volta a vontade de viver. Assim, podemos afirmar que a presença infantil é um ponto crucial na narrativa: ela representa a linha divisória entre a fantasia e a realidade. Basta lembrar que o garoto aparece justamente no instante do ímpeto suicida do protagonista. A realidade só se separa da fantasia quando o amigo do Luís adulto aparece para visitá-lo e alerta-o do perigo de enlouquecer ao qual está se expondo. É o princípio do fim...

O vídeo a seguir dialoga com o livro. Assistam-no e façam as associações.

Beijos, galera!!!

Diálogo com o livro O homem feito:14 Bis - Bola de Meia, Bola de Gude (Legendado).avi

Gabarito comentado 1º ano: obras PAES 2010

Romances de Cordel, Ferreira Gullar

1- B
O contexto histórico da obra Romances de Cordel refere-se à ditadura militar e não à Independência.

2- B
As histórias são ambientadas não somente no cenário rural (João Boa-Morte , cabra marcado pra morrer), como afirma a questão, mas também no meio urbano (Quem matou Aparecida?).

3- Todas estão corretas.

O santo e porca, Ariano Suassuna

1-  F - A obra situa-se no Nordeste e tem como espaço cênico a sala da casa de Euricão Engole Cobra.
     V- Apesar de o contexto histórico apontar para o governo JK (1956-1961) e realmente ter sido um momento de grande crescimento econômico para o nosso país, é preciso fazer uma leitura crítica das circunstâncias de desigualdades sociais que desde sempre existiram e existem até hoje.

2- Todas as alternativas são verdadeiras.

Sermão do Bom ladrão, Pe. Antônio Vieira

1- a) A afirmação central foi expressa em cima do seguinte paradoxo: "o roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz piratas, o roubar com muito, os Alexandres".

b) Resposta pessoal.
Aluno, é importante que você perceba que o autor mostra-se irônico. Não é o pensamento dele que é absurdo, paradoxal, mas a realidade social a que ele se refere.

2- Para Vieira a culpa deve ser relativizada. Há para o autor dois tipos de ladrôes: os miseráveis, desculpados pela própria miséria que os constrangeu ao crime, e os de maior calibre, os poderosos, ligados aos governos, cujo crime é maior e afeta um grande número de vítimas, e para os quais não pode haver desculpa.

3- Um exemplo é o seguinte: "... os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam."

4- Vieira diz que o Seronato era rigoroso na condenação de ladrões, não porque estivesse preocupado com o rigor da justiça, mas porque, condenando-os à morte, eliminava seus concorrentes ao ofício de ladrão.

Poemas Escolhidos, Cláudio Manoel da Costa

1- No primeiro soneto é o rio de Portugal, Mondego; no segundo é o rio brasileiro, o Ribeirão do Carmo, em Mariana.

2- O eu lírico revela sentimentos de amizade, confiança e de dependência afetiva em relação ao Mondego; e de piedade, comiseração pela inferioridade poética do rio brasileiro.

3- O rio europeu é claro, suavíssimo, fresco, ameno, margens úmidas, habitado por ninfas... O rio brasileiro é turvo(sujo), é o campo da ambição, produz ouro, não produz sombra fresca, nem há ninfas cantando em suas margens.

4- Não. O locus amoenus (lugar ameno) pressupõe uma paisagem perfeita, aprazível: a natureza idealizada, as flores, os pássaros, as brisa, o riacho... A paisagem por onde passa o Ribeirão do Carmo não possui os elementos convencionais, como a sombra do álamo, a ninfa (mitologia) e o gado para a convenção do pastoralismo.

5- As águas do rio são turvas (sujas) por causa do garimpo do ouro aluvião. Assim, associam-se a elas (as águas) o ciclo do ouro de MG e a ambição dos exploradores, que dominaram a história da colônia no século XVIII ("riquíssimo tesouro", "brota de ouro").

24 de out. de 2010

O santo e a porca e Romances de Cordel: slides de sala de aula

Pessoal,

Além dos estudos das obras, deixo aqui no blog os slides que trabalhei com vocês em sala. Lembrem-se que a leitura do livro é sempre indispensável para o entendimento global, viu?!!!

Poemas Escolhidos, Cláudio Manoel da Costa

Romances de Cordel, Ferreira Gullar

O santo e a porca, Ariano Suassuna


Boa leitura, galera!

Diálogo com o Sermão do bom ladrão: Ladrao Besta e o Sabido, Caju e Castanha

Peleja de Zé Molesta com Tio Sam - vídeo ótimoooooooooooo

Pessoal, está aí o vídeo que falei sobre a história Peleja de Zé Molesta com Tio Sam, uma das quatro histórias do livro "Romances de Cordel", de Ferreira Gullar. É muito bom!

Kino-Olho n.58

Espetáculo Teatral O Santo e a Porca, Ariano Suassuna

Deixo aqui para os alunos dos 1º anos os vídeos do Youtube sobre a obra o Santo e a Porca, do escritor Ariano Suassuna. Como o seminário está próximo, acho que ajuda a ter uma ideia de como preparar a peça. É apenas o primeiro ato, mas é bem divertido e tem até uma coreografia na introdução. Muito bommmmmm!!!!!

Bom trabalho, queridos!!!
Adoro vocês e estou torcendo pelo sucesso no PAES!!!!!!!!

"O Santo e a Porca", de Ariano Suassuna - parte 2

"O Santo e a Porca", de Ariano Suassuna - parte 3

"O Santo e a Porca", de Ariano Suassuna - parte 4

"O Santo e a Porca", de Ariano Suassuna - parte 5

"O Santo e a Porca", de Ariano Suassuna - parte 6

20 de out. de 2010

Gabarito avaliação Viagens de Gulliver, Jonathan Swift

GABARITO

1) b- Lilliput

2) a- Blefuscu

3) c- Após um passeio na praia, Gulliver é levado por um pássaro.

4) a- 4 ferrões de vespa, um anel de ouro e um dente de criado.

5) c- Personagem disposto a lidar com o desconhecido, esforçou-se para se adaptar às situações que as diferenças de tamanho lhe impunham, tanto em Lilliput quanto  em Brobdingnag.

6) 1ª Viagem
a) Destino: Lilliput
b) Como Gulliver chega nesse local:
Gulliver chega em Lilliput após o naufrágio do barco em que viajava.
c) Como eram seus habitantes:
Os habitantes de Lilliput eram pequenos, tinham menos de um palmo de altura.
d) Problemas enfrentados por Gulliver:
Gulliver teve que se adaptar e ter muito cuidado na cidade dos homens pequeninos para que não machucasse nenhum deles. Além disso, teve que se comprometer a ser aliado do povo contra os inimigos da ilha de Blefuscu e fazer o máximo para destruir a esquadra do outro país. Depois, foi acusado de trair o povo de Lilliput.
e) Como consegue sair de lá:
Gulliver foi acusado de traição pelo povo de Lilliput, então vai para Blefuscu. Lá encontra um barco no mar, reforma-o e retorna para a Inglaterra.

2ª Viagem:
a) Destino: Brobdingnag
b) Como Gulliver chega nesse local:
Dois meses após o retorno da viagem a Lilliput, Gulliver recebe um convite para embarcar em direção à África. O barco então foi atingido por uma tempestade que os tirou da rota. Pararam em uma ilha para buscar água potável. Quando Gulliver voltou de sua busca, os amigos do barco já haviam partido, deixando-o sozinho na ilha.
c) Como eram seus habitantes:
Os habitantes de Brobdingnag eram homens enormes.
d) Problemas enfrentados por Gulliver:
Como Gulliver era muito pequeno, teve problemas com o bebê da família que o acolhera, já que a criança queria levá-lo à boca, também com o gato da casa e o macaco no castelo da rainha. Gulliver também foi explorado pelo pai de babazinha a ponto de ficar gravemente doente.
e) Como consegue sair de lá:
Em um passeio, Gulliver foi levado à praia e ali uma águia o levou e jogou a caixa em que estava no mar. Ali, foi encontrado por navegantes que o levaram de volta para a Inglaterra.

3ª Viagem:
a) Destino: Laputa e arredores
b) Como Gulliver chega nesse local:
Na Inglaterra, o capitão William, amigo de Gulliver, o convida para uma nova viagem. Após uma tempestade, o barco foi assaltado por piratas. Como o médico discutiu com um dos piratas, foi abandonado em alto mar. Após se instalar em uma ilha, viu uma imensa ilha voadora e foi então para essa nova aventura.
c) Como eram seus habitantes:
Os habitantes de Laputa tiram a cabeça inclinada para a direita ou para esquerda. Tinham também um dos olhos virado para dentro e o outro para cima, sempre olhando para o céu. As roupas eram enfeitadas com figuras de sóis, luas, estrelas ou então violinos, flautas, harpas e outros instrumentos musicais. Em Laputa os habitantes só se preocupavam com matemática, astrologia e música.
d) Problemas enfrentados por Gulliver:
Gulliver não conseguiu se adaptar ao jeito estranho do povo de Laputa, então achou melhor voltar para sua terra.
e) Como consegue sair de lá:
Gulliver soube que havia uma ilha na qual poderia ir com ajuda do povo de Laputa e de lá embarcar para o Japão e enfim voltar para a Inglaterra.

4ª Viagem:
a) Destino: Houyhnhnms
b) Como Gulliver chega nesse local:
Gulliver volta a viajar, agora como comandante do barco Aventura. Durante o percurso, como a maioria dos marinheiros haviam morrido depois de uma febre, ele teve que recrutar homens sem saber direito quem eram. Estes homens eram bandidos e deixaram Gulliver em uma ilha.
c) Como eram seus habitantes:
Os habitantes eram cavalos inteligentes e homens irracionais (os Yahoos), os quais aparentavam e agiam como animais ferozes.
d) Problemas enfrentados por Gulliver:
Como Gulliver também era homem, devia receber o mesmo tratamento dado aos cavalos irracionais. Gulliver descobriu ali que a mentira e a ambição dos homens eram prova de que somos mais irracionais que muitos animais.  
e) Como consegue sair de lá:
Como era um yahoo, Gulliver não pôde ficar na cidade. Construiu então um barco e parou em uma ilha, na qual foi encontrado por um navio português que o levaria de volta para a Inglaterra.

7) Uma das situações de exploração e ambição é o tratamento que o pai de Babazinha dava ao “bonequinho”: Gulliver tinha de se apresentar diante das pessoas e o pai da menina recebia por permitir que o homenzinho fosse visto. Gulliver não comia direito e teve uma grave febre por causa dessa exploração.

8) Em Lagado, as pessoas faziam projetos para melhorar a cidade, mas como os projetos não atingiam nunca a perfeição, não eram aplicados. Assim, nada era feito para melhorar a cidade e as pessoas viviam miseravelmente, morrendo de fome.

9) Os habitantes de Laputa eram fascinados por matemática, mas como se consideravam muito inteligentes, acreditavam que os pedreiros não entenderiam a geometria prática, portanto não os ensinava a fazer construções bem feitas: tudo o que era construído em Laputa parecia estar prestes a desabar.

19 de out. de 2010

Sem propósito


Por que esse jeito de quem não cansa de viver nas nuvens, menina?
Até que dia gastará horas penteando sonhos?
Quem te deu esses desejos trançados de medo e esse olhar de esperança?
Seus dedos finos, tão finos, meu Deus, sem anéis, nem cor nas unhas.

Nas mãos um sonho maior que tu,
na boca um beijo de fada,
 na alma a sensação
de estar cansada da limitação áspera deste dia de ferro. 

Que venha a imensidão, Ma Belle!

Não (des)faleça, coração!


É pesado levar o coração vazio.
Andei tanto por entre a multidão de ausências que percebo bolhas de azul nos meus pés cansados.
Só mais uma vez, juro pra mim, me darei ao desfrute de maquinar planos 
contra o sentir ressentido de minh'alma.
No mais, amorosamente falando, faço campanha e abomino a falta guardada aqui.

Não (des)faleca, coração!

4 de out. de 2010

Menos perfeita do que deveria

Ela tem este jeito de quem não esquece rápido.
Esquecer, esquece, mas não com a agilidade divinamente necessária.
Ás vezes fica ruminando, tentando decifrar os silêncios,  olhares, mas quando percebe já está dentro de um compartimento de vidro que quando não  a quebra, corta.
Passa, sempre passa! Sem lembrança de histórias antigas de apertos no peito e mágoas. Não!
É no tempo presente que invadem, tiram o sono e enquanto não as coloca para fora, não a deixam ser de novo borboleta leve.
Tão à flor da pele, meu Deus, menos perfeita do que deveria. Será que um dia isso passa, será que aprende com os anos, será que o coração dará melhores conselhos que o agora?

Estresse do professor

Síndrome de Burnout é uma das causas do esgotamento profissional de docentes

Com a aproximação das férias é comum o sentimento de cansaço e fadiga, ambos resultados do esgotamento físico e psicológico do ser humano. Muito além deste tradicional ciclo, porém, cada vez mais pessoas têm sofrido com o estresse profissional, especialmente aquelas que se interrelacionam com outras pessoas para o desempenho de sua função. Um bom exemplo disso é o professor, que tem sido apontado como uma das maiores vítimas do estresse profissional, mais conhecido como Síndrome de Burnout.

A Síndrome de Burnout é causada por circunstâncias relativas às atividades profissionais, ocasionando sintomas físicos, comportamentais, afetivos e cognitivos. Inicialmente foi observada em trabalhadores da área da saúde que desempenham uma função assistencial, caracterizada por um estado de atenção intenso e prolongado com pessoas em situação de necessidade e dependência. Com o passar do tempo, pôde ser identificada em outras profissões, entre elas a de professor.


De acordo com a pesquisadora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília), Iône Vasques-Menezes, no caso do professor, a razão para a incidência da síndrome está ligada, sobretudo, à falta de reconhecimento. "A desvalorização do professor, seja ela por parte do sistema, dos alunos e da própria sociedade, é um dos maiores agentes para a ocorrência do Burnout", explica.

O Burnout em professores pode ser caracterizado por um estresse crônico produzido pelo contato com as demandas do ambiente acadêmico e suas problemáticas. Para a pesquisadora, especialmente aquelas que não dependem apenas da ação dos docentes para serem resolvidas. "Existem problemas que estão muito além da ação direta dos professores, principalmente onde há uma situação de degradação do sistema. Nestes casos, a sensação de impotência é mais acentuada", revela.

Além disso, o posicionamento dos alunos em sala de aula também contribui para um maior desgaste. Em muitos casos, a indisciplina é a grande responsável por uma eventual sensação de frustração e até a desmotivação do profissional. Segundo Iône, não são raros os professores que se queixam da falta de interesse dos alunos e assumem a culpa por este fato acreditando que deveriam dominar as mais diferentes técnicas para estimular o aprendizado.

Um exemplo disso é o depoimento, abaixo, do professor da Unisant´Anna, Fernando Pachi, de São Paulo.
"Acredito que a situação de maior estresse para o professor continua sendo a indisciplina em sala de aula. Mediar a relação com os alunos fica dez vezes mais desgastante em situações em que você tem de chamar a atenção, interromper a aula, pensar sempre como motivar os alunos, erguer o tom de voz. Tudo isso contribui ao longo do tempo - podem ser em meses - para uma situação de estresse e desmotivação. Isso porque o foco é sempre motivar os alunos! Aí a cobrança interna fica também bem maior, e vem uma certa sensação de fracasso quando os resultados esperados não são atingidos, ou seja, quando o curso não corre bem, por conta de uma "interação em sala de aula mal resolvida".


O peso do Burnout
O fato mais curioso na síndrome de Burnout é que ela atinge trabalhadores motivados, que reagem a este desequilíbrio trabalhando ainda mais. "Farber, um dos pesquisadores do Burnout discute como tema central deste sofrimento a discrepância entre o que o trabalhador investe no trabalho e aquilo que ele recebe, ou seja, os resultados obtidos. Por isso, voltamos à questão do não reconhecimento e desvalorização do professor", lembra Iône.

O modelo de progressão do Burnout é composto pelas seguintes etapas: a fase de idealismo e entusiasmo, com expectativas excessivas a respeito do trabalho; fase de progressivo estancamento e queda a respeito das expectativas iniciais; decepção e frustração e, por fim, a fase de apatia, ou seja, atitudes negativas frente ao trabalho.
Segundo Iône, é importante estar atento a esta síndrome, porque além do esgotamento psicológico, despersonalização dos profissionais e disfunções no desempenho profissional, o Burnout pode causar ainda complicações de saúde decorrentes do stress crônico e deterioração da qualidade de vida.

Com isso, a pesquisadora destaca a importância de treinar habilidades de auto-controle, identificação de pensamentos negativos, controle do estresse, utilização de apoio social com a equipe, além de trabalhar a informação sobre os aspectos de sua carência como profissional. "Estas seriam algumas das alternativas para combater o estresse profissional na busca pelo bem-estar e melhor qualidade de vida", encerra.

Fonte: http://www.universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=5750

Quem é quem em A megera Domada

Gente, quanto nome estranho nessa peça teatral do Shakespeare, né?!!!


Vamos lá, agora é hora de saber quem é quem:












Hortênsio: apaixonado por Biança, disfarça-se de professor de música para cortejar a moça. Por fim, desiste de Bianca e casa-se com uma viúva. Usa um nome falso: Lício.

Grêmio: também apaixonado pela filha caçula de Batista Minola. Contrata Lucêncio como professor de latim e grego a fim de agradar o pai de Bianca.

Lucêncio: jovem rico, viajante, passa-se por professor de latim contratado por Grêmio. Conquista o coração de Bianca. Usa o nome falso de Câmbio.

Trânio: empregado de Lucêncio. Assumiu o papel do patrão para ajudar Lucêncio a se passar por professor de línguas.

Biondello: também empregado de Lucêncio. Tem pouca participação na obra. Algumas adaptações não citam esse personagem.

Grúmio: empregado de Petrúquio.

30 de set. de 2010

Com 27, começo a entender que é melhor estar na minha própria pele

 Na própria pele
 
Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo convivendo com tantas perguntas que o tempo não respondeu e com a ausência de qualquer garantia de que ele ainda responda. É me sentir confortável, mesmo entendendo que as respostas que tenho mudarão, como tantas já mudaram, e que também mudarei, como eu tanto já mudei.
Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo sentindo que cada vez mais eu sei cada vez menos, e não saber, ao contrário do que já acreditei, pode nos fazer vislumbrar uma liberdade incrível, às vezes. Tem saber que é nítida sabedoria, que fortalece, que faz clarear, mas tem saber que é apenas controle disfarçado, artifício do medo, armadilha da dona autosabotagem.

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo percebendo que a minha vida não tem lá tanta semelhança com o enredo que eu imaginei para ela na maior parte da jornada e que nem por isso é menos preciosa. É me sentir confortável, cabendo sem esforço e com a fluidez que eu souber, na única história que me é disponível, que é feita de capítulos inéditos, e que não está concluída: esta que me foi ofertada e que, da forma que sei e não sei, eu vivo.
Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir. É me sentir confortável, mesmo sentindo uma saudade imensa de uma pátria, aparentemente utópica, onde os seus cidadãos tenham ternura, respeito e bondade, suficientes, para ajudar uns aos outros na tecelagem da paz e no desenho do caminho.
Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. Estarmos na nossa própria pele não é fácil e essa percepção é capaz de nos humanizar o bastante para nos aproximarmos com o coração do entendimento do quanto também não seria fácil estarmos na pele de nenhum outro. Por maiores que sejam as diferenças, as singularidades de enredo, as particularidades de cenário, não nos enganemos: toda gente é bem parecida com toda gente. Toda gente é promessa de florescimento, anseia por amor, costuma ter um medo absurdo e se atrapalhar à beça nessa vida sem ensaio.

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável o suficiente para cada vez mais encarar os desconfortos todos fugindo cada vez menos, sabendo que algumas coisas simplesmente são como são, e que eu não tenho nenhuma espécie de controle com relação ao que acontecerá comigo no tempo do parágrafo seguinte, da frase seguinte, da palavra seguinte. É me sentir confortável o suficiente para caminhar pela vida com um olhar que não envelhece, por mais que eu envelheça, e um coração corajoso, carregado de brotos de amor.
 
Ana Jácomo

27 de set. de 2010

Viver na expectativa da vitória

Postagem inspirada na música "A fé faz o herói", da Jamily.


 Enfrentar as estações chuvosas e os céus nublados não é tarefa fácil para quem precisa com urgência ver o sol e a promessa das flores. Contudo a primavera talvez esteja na capacidade desenvolvida de ver em cada nuvem escura a certeza de que a chuva que cai agora é aquilo que faltava para regar a semente do Novo, da vitória, do sonho ainda não realizado, da esperança que ameaçava morrer por causa da sequidão.

A letra da música a que me referi diz que o "inalcançável é pra quem não tem o dom de transformar desejo em pontes pra chegar". Meu Deus, como isso é poderoso! E mais: como isso faz a diferença na vida daquele que resolve crer, não com uma fé qualquer, como a de quem se agarra em amuletos, dogmas ou clama a nomes que nada podem fazer em favor do necessitado. Não! A "fé que faz o herói" é a que é alicerçada no Deus que tudo pode, na convicção de que há um selo celeste, um alvo em nós que nos faz potencialmente mais que vencedores. É assim e assim será sempre que alguém ousar crer. Afinal, filosofias e cientificismos tentando provar que não há Deus, que Ele é uma invenção dos homens, há aos montes, mas a multidão dos que têm visto e provado os milagres, vendo-os nascer nas horas mais terríveis, dos que reconhecem a voz do Senhor, que veem suas famílias sendo transformadas, contemplam o retorno à vida de pessoas que estavam mortas, embora a morte não houvesse de fato chegado,  é também numerosa. Só conhece cheiro de vitória quem vive na expectativa dela.

Engraçado, sabe?! Com todo lirismo e poder da palavras, não consigo ocultar o discurso que é mais forte em mim: sou incondicionalmente grata ao Deus Todo-Poderoso por ter me dado fôlego de vida e me transformado em adoradora do nome Dele. As letras são belas e eu as amo. Mas me nego a privar-me de ser canal para reverberar o que o Verbo Vivo faz na vida daquele que crer, que se entrega, que "faz de cada luta um degrau pra fortalezas alcançar, de quem nem pensa em desistir, faz dos espinhos trampolins pra chegar lá".

Para você, querido leitor e amigo, desejo que sejas mais forte que os golpes duros que a vida nesta Terra nos apresenta e não nos dispensa de modo algum. Desejo ainda que você proteja sua capacidade de sonhar não permitindo que as granadas da decepção, os tiros da indiferença, do descrédito, da inveja e do ciúme tirem o seu lugar no podium.

Não recue. Não desista.

Deixo aqui as palavras da Ludmila Ferber, já que não encontro outra forma de dizer:
"Sonhe! Sonhe grande! Sonhe alto! Não se entregue ao desestímulo, não pense que tudo acabou por causa de uma porta fechada. Respire fundo. Olhe para o alto, para o Autor e Consumador da nossa fé - Consolidador de sonhos: Querido Jesus. Olhe para Ele. Sorria. Adore com o teu coração. E continue a crer e a lutar.
Não tenha pressa, você só precisa ser constante nesta preciosa caminhada.
Lembre-se sempre, é um passo após o outro…"

Daniele Ribeiro
Powered By Blogger

Flickr