14 de mar. de 2013

Figuras de Linguagem

 Galerinha do 9º ano,
Como esta matéria é sempre presente nos estudos de Literatura e Língua Portuguesa, sugiro que vocês imprimam o conteúdo e deixem no caderno, disponível para consulta.


O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem. 

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
A lendária máscara teatral é um exemplo de antítese

Ex: Assim que as luzes se apagaram, acendeu-se a chama. (apagar e acender são palavras contraditórias. Para que um se acenda, o outro deve se apagar. São situações excludentes)

b) paradoxo: é a figura em que há algo que parece absurdo, contrário ao senso comum, para isso utiliza-se termos contrários, mas referindo-se a um mesma situação, pessoa...
Ex: A relação conturbada fazia com que ela o amasse odiando-o. (Ao mesmo tempo, há a existência do amor e ódio, convivendo juntos, mesmo sendo elementos contrários)
O amor é um contentamento descontente (Neste verso de Camões, o amor provoca sentimentos opostos no ser que ama: alegria e tristeza juntos)

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
Ex: Você é muito engraçadinho!  (na presença de um ato reprovável)

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
Joana faltou com a verdade (em vez de mentir)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Ex: Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopeia, animismo ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

Ex: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.(Jardim não olha, pois quem tem a faculdade da visão são os seres humanos, aqui, portanto, ele adquire característica de pessoa: a capacidade de olhar).


f) comparação:  é uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. A relação entre esses elementos é expressa por um conectivo que deixa clara a comparação.
Ex: O amor queima como fogo
Ela mente da mesma forma que o pai mentia.


g) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo não aparece, fica subentendido.

Ex: “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

h) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

Ex: Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

É a metonímia que nos autoriza a usar expressões como "tomar um copo d'água" e "ler Rubem Braga":  Você, na verdade, toma a água contida no copo e lê o livro escrito por Rubem Braga. 
Outros exemplos: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro)/ Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pela classe - culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro é malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela obra - copos).

i) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

Ex: O pé da mesa estava quebrado. (Observe que é naturalmente parte do ser humano, mas aqui está sendo usado por falta de um outro termo que classifique tão bem a estrutura referida da cadeira).
Outros exemplos: dente de alho, céu da boca, barriga da perna, batata de perna, asa da xícara...

j) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
Ex: ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
A cidade maravilhosa (Rio de Janeiro)

l) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Ex: Eu adoro perfumes doces (perfume se percebe pelo olfato, o doce pelo paladar: misturam-se dois sentidos humanos diferentes, em favor de um significado almejado)
Era um som luminoso que encantava a todos (som: audição; luminoso: visão)



Adaptado de: http://www.brasilescola.com/portugues/figuras-linguagem.htm

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