7 de mar. de 2013

Renascimento e Classicismo

Olá, pessoal!
Comecemos nossa série de postagens sobre os conteúdos que vimos em sala de aula.

Renascimento e Classicismo: quando a ciência se encontra com a arte
Estando nós, neste momento, às voltas com a nossa primeira avaliação e o estudo das escolas literárias no Brasil, é importante conhecer a arte que representa um lapso na vivência artística em terras brasileiras: o Classicismo, a manifestação artística da Renascença.

O Renascimento, como vimos, é um complexo movimento cultural que engloba ciências, filosofia e arte. Ele se define pela prevalência do ideal do humanismo, isto é, da doutrina que valoriza o homem e a natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural. Este humanismo, assim como o movimento renascentista, observado de uma forma mais ampla, foi paulatinamente vivenciado na Europa a partir do século XIV, estendendo-se, em algumas localidades, até o século XVII. 

Sendo o Renascimento e o Classicismo essencialmente ligados ao fenômeno humano e aos fenômenos da natureza, vão se refletir nas suas manifestações uma postura racional, em que arte e ciência são encaradas como extensão, uma da outra, e em cujo trabalho se deve dispensar o mesmo rigor formal. É necessário ao artista que vai retratar o corpo humano, seja na pintura, seja na escultura, o conhecimento científico do que é o corpo humano para que haja verossimilhança. Esta perspectiva se coordena com a postura grega de que a arte deve atingir o Bom, o Belo e o Verdadeiro. Beleza é verdade; portanto, só há beleza na arte se ela se assemelha profundamente ao real; além disso, a Beleza se liga ao conceito de Bom, que está imediatamente ligado ao conceito da dignidade humana, da exaltação das boas qualidades do homem.



Para atingir este ideal de reprodução verossímil daquilo que se vê, nas artes plásticas, os grandes expoentes do Classicismo, além de serem cientistas com profundo conhecimento da constituição da natureza, em seus aspectos biológicos, também se versaram no estudo da ótica e da matemática. Só com o estudo da ótica se poderia dar às obras a noção de perspectiva e de tridimensionalidade características de corpos sólidos. Só com o estudo da matemática haveria a possibilidade de se conhecer qual a constância universal da beleza, presente em todos os elementos da natureza.

No que isso resultou? Observe com atenção!


A primeira representação de Cristo, o Cristo Todo Poderoso, é uma imagem plana, em que pouco se destaca a noção de profundidade na constituição do corpo. É uma imagem produzida no período medieval, em que a representação do corpo humano com fidelidade não era uma prerrogativa para a produção de arte. 




Já essa segunda é uma representação classicista do mesmo Cristo. Observe o uso do sombreamento em determinadas áreas do corpo (ombros, barriga, bochechas): elas dão uma noção de profundidade, de tridemensionalidade, de volume ao corpo, é mais parecida com o princípio de Aristóteles de mímese (imitação o real) o que não ocorreu com a figura anterior. Além disso, o corpo desnudo permite a exploração da beleza da anatomia humana em toda sua potencialidade. É a valorização do homem e das ciências que buscam explicar o porquê da existência humana e das ciências naturais. Foi justamente a partir do Renascimento que a representação de Cristo com traços europeus (loiro e de olhos claros) começou a ser a corrente, a usual.

Veja um pouco mais sobre a arte medieval:


Perceba nessa pintura medieval, a irregularidade do rosto, dos olhos, o desequilíbrio da imagem... Nela, Cristo está representado com cabelos e olhos escuros. Observe a desproporção do livro em relação ao corpo, as cores escuras quebradas apenas pela auréola, a pele e o livro que fulgura em seu braço. Essa pintura é conhecida como Cristo Pantócrator, palavra grega que significa todo-poderoso, onipotente. É considerada a mais antiga representação pictórica de Jesus. 

A seguir há alguns slides que vocês poderão usar para conhecerem mais desse movimento cultural, Renascimento, e sua manifestação na literatura, o Classicismo:


Bons estudos, galera!

Daniele


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