23 de mar. de 2010

Desejo de doçura, (Daniele Ribeiro)




















Frio, gelo, ausências, mãos largadas sobre o peito fraco...
"- De que mesmo sinto falta?" - Perguntava a si.
 Talvez fosse de algo que a surpreendesse.
Seria amor o nome disso?
Não tinha ela vocação para o vazio.

Sofrer por falta dentro do peito não era comum.
Mas necessitava de alguma coisa diferente 
das motivações que transformam e  elevam o ser.

Era mesmo o caso das sentimentalidades.
A falta de um bem, um bem capaz de dar alento,
De fazer voar o coração e tirar os pés deste mundo real.

Desejo de doçura, necessidade de imensidão.  

Ai, ilusão! Sonhava, sonhava...

De tanto sonhar sabia que a vacilante realidade
Estava prestes a sofrer mutação
Borboleta de eternidade, poder de transformação.

Desejo de docura, necessidade de imensidão!

Daniele Ribeiro

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