Seria só mais um pouco dos outros em mim, ou
uma quantidade do meu ser versado por outras bocas,
outras mãos, outros poemas?
Ando me entregando aqui: essa criatura frágil que sou,
amante de alguém que ainda não sei,
dona de um masoquismo ansioso de poemar.
Não é questão pra rima. É encanto pelas palavras alheias,
devoção aos grandes autores, condição de minha pequenês.
Identidade não, tradução sequer.
É o tirar a máscara, aí resta apenas delirantes gritos
de deslumbre ao ver as palavras tão bem arrumadas e elegantes,
exalando amor, doçura, dor, encanto.
Dany Ribeiro
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