Sei lá o que dizer nessa hora em que a escrita parece ser meu grito mudo.
Não é literatura isso aqui, é descanso de mim, das palavras não ditas,
do orgulho ferido, do gosto amargo na sáliva.
Meu olhar decora as cenas do passado.
Por favor, não as amplie!
O peito não suportaria.
Coração campo inimigo.
Lembro-me da devoção, do calmo querer.
Depois de mim, vento de morte em você.
Onde foram parar os anjos, os príncipes?
Encontro-me doente de um mal que já foi bem.
Solicito ao céu, lugar de amparo, socorro:
há dilúvio em minhas janelas!
Estúpido tempo, pensei que eras mais eficaz,
achava que os remédios receitados
não seriam paliativos.
não seriam paliativos.
Acreditei na cura. Estou morrendo em permanência.
Daniele Ribeiro
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