29 de abr. de 2010

Ainda quero voar



















Quis deixar no papel a cortina de azul costurada com palavras cardíacas
e desenho de balões inventados. 
Esse ar se irmana ao meu anseio de ir além, de subir alto, sem esquecer-me da condição de humana limitada,  do cinza que me rodeia e da cor vibrante que mora dentro. 

Dentro. É lá que tenho guardado meu coração, esse mar de vontades, caprichos e exigências. Aproveito o instante para queixar-me dele: queria um coração duro, forte, não-iludível, matemático talvez. 

Pra quê preciso de tantos sonhos, tantas luas, tantas histórias que conto todos os dias antes da chegada do sono?

Parar de querer, deixar de saber é perder a essência de correr atrás de mim? 
E depois de encontrado o delírio do real, será momento de fazer o quê? Ai, não sei! 

Continuo olhando os balões... Ainda quero voar! 
Minha condição de mulher, de dona do vestido encorpado,
da meia-arrastão, rompendo a pura delicadeza, é mais que o tentar fugir. 

O meu mundo permanece e está aí, impresso em mim, no balé dos meus planos e no sorriso feito para esquecer o medo. 

Um comentário:

  1. DANI, FICOU TUDO LINDO!!! EU QUERO TAMBÉM...VOCÊ FOI MINHA PRINCIPAL INCENTIVADORA E EU ME ORGULHO MUITO DE TER VOCÊ COMO AMIGA E COLEGA: A ESTRADA QUE ESCOLHEMOS TEM MUITOS PERCALÇOS, MAS VEZ OU OUTRA, AS LUZES, AS PALAVRAS, OS SONS E AS LETRAS NOS GUIAM COM MUITA SABEDORIA.
    ABRAÇOS, AMIGA.

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