3 de nov. de 2013

PAES 2013 –"CARAMURU" análise literária

O AUTOR: FREI JOSÉ DE SANTA RITA DURÃO

Frei José de Santa Rita Durão nasceu em Minas Gerais no ano de 1722, estudou no colégio dos jesuítas no Rio de Janeiro, e aos nove anos foi para Portugal continuar os estudos. Em Lisboa, ingressa na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em seguida, cursou Teologia, na Universidade de Coimbra, aos trinta e quatro anos, doutorou-se em Filosofia e Teologia na mesma Universidade. Em 1781, foi publicado seu poema épico Caramuru. Morreu em 1784, após ter dedicado uma vida inteira aos estudos, deixando além de poemas outros textos.

1 - CONTEXTO HISTÓRICO
A Arcádia, cujo nome deu origem ao período literário europeu, denominado Arcadismo, era uma região lendária da Grécia, habitada por pastores que levavam uma vida muito simples, em perfeita harmonia com a natureza. Assim, arcadismo passou a designar academias, lugares onde poetas, estudantes e escritores se reuniam para discutirem assuntos artísticos e literários adotando pseudônimos pastoris. O último estilo da Era Clássica evoluiu pela necessidade de transformação, fazendo novamente uma retomada dos valores clássicos com simplicidade, procurando restaurar o equilíbrio, por isso é também chamado de neoclassicismo. 
O movimento Arcádico caracterizou-se pela rejeição polêmica do Barroco e o retorno ao Classicismo. O movimento surgiu posicionando-se contra os exageros de expressão do Barroco que já havia cansado o público, procurando por todos os meios negar-lhe o estilo. 

2 – ARCADISMO: MOVIMENTO E SUAS CARACTERÍSTICAS
O movimento árcade iniciou na carreira na segunda metade do século XVIII, este século ficou marcado como o século das luzes, do Iluminismo, este movimento filosófico divulga a ideia de que o uso da razão, da liberdade de pensamento é o único meio para satisfazer as necessidades e a felicidade humana. Nossa literatura logo adotou as novas ideias. Desse modo as influências do pensamento burguês se alastram em toda a Europa.
No Brasil, os estudiosos da história da literatura consideram o marco inicial do Arcadismo a publicação, em 1768, das Obras Poéticas de Cláudio Manoel da Costa. Ainda seguindo o modelo europeu, os poetas já abordam os temas neoclássicos, introduzindo elementos da realidade colonial e da natureza brasileira. O movimento árcade, no Brasil é também conhecido como Escola Mineira por corresponder ao período do século do ouro em Minas Gerais que passa a ser neste momento o centro econômico, político e cultural. Está ligado, sobretudo em particular a cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto) e do Rio de Janeiro.
São características deste período: o culto à natureza, o bucolismo, o homem natural, o uso de palavras simples, a presença da mitologia, a simplicidade na forma e no conteúdo. Durante esse período, formou-se o chamado grupo Mineiro, composto por jovens estudantes, a maioria graduado pela Universidade de Coimbra, que procuravam implantar aqui as ideias extraídas do exterior; dessa forma, foram considerados revolucionários com o episódio da Inconfidência Mineira, dos componentes desse grupo destacam-se: Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, Silva Alvarenga, Basílio da Gama e Frei José de Santa Rita Durão.

4 - ANÁLISES DA OBRA CARAMURU
Santa Rita Durão em sua obra Caramuru trata da colonização da Bahia no século XVI, tendo como ação central a lenda que envolve Diogo Álvares Correia, português que, após um naufrágio, amedronta os índios com um tiro de espingarda, o suficiente para que os índios atribuam características sobrenaturais chamando-o de "Caramuru", na versão de Santa Rita Durão "Filho do Trovão". Devido ao prestígio de Diogo com os índios, estes lhe oferecem a índia Paraguaçu como esposa.
                O poema segue rigorosamente o modelo Camoniano, obedecendo as regras apresentadas em os Lusíadas: 10 cantos, estrofes de 8 versos, esquema de rima ABABABCC. Em resumo, Caramuru "nasceu da crença de que a nossa história reservava um assunto tão digno quanto o de Os Lusíadas .
O Frei caracteriza-se em sua obra por ser o primeiro a abordar o habitante nativo do Brasil, também por apresentar uma descrição detalhada dos primórdios da colonização do Brasil, relatos de cenas de guerras entre as nações indígenas, de dados sobre a fauna, a flora, a paisagem brasileira, os costumes e tradições indígenas e, por fim, sobre os acontecimentos históricos em relação à formação do Brasil, os quais podem ser citados, as Invasões francesas e Holandesas e a divisão dos países em capitanias.
A narrativa épica deste notável escritor mineiro destaca-se a exaltação das terras brasileiras, descrita de forma maravilhosa e curiosa, dessa forma, apresenta-se o ufanismo, isto é, "atitude ou sentimento de quem se vangloria exageradamente das belezas, riquezas e vantagens do Brasil".
Esta obra, "Caramuru", apresenta para a sociedade a exaltação das terras brasileiras, cuja preocupação do poeta foi narrar de forma cuidadosa, descrevendo com precisão de base realista e com riqueza de detalhes a natureza. É relevante ressaltar que Santa Rita Durão para descrever de forma realista inspirou-se no mito ufanista e também através de toda uma biblioteca de informações sobre a terra que constituía a literatura de Informação, ou seja, os primeiros escritos da nossa vida, documentando precisamente a instauração do processo de descobrimento: são informações que viajantes e missionários europeus colheram sobre a natureza e o homem brasileiro.  Desse modo constitui-se a literatura informativa com documentos de navegantes que relatavam sobre suas viagens aventureiras a terra descrevendo as paisagens exóticas, catalogando as espécies de animais e vegetais encontradas. Da mesma forma, Santa Rita Durão conservou estas informações da terra afirmando ser um verdadeiro paraíso colorido. Dentre essas informações de relatos sobre a terra em particular baseou-se na carta de Pero Vaz de Caminha.
Nesse sentido, as ideias de exaltação das belezas, riquezas e vantagens de um novo mundo podem ser descritos claramente nas palavras do poeta observadas no canto VII, na estrofe XXI, aproximando sua narrativa épica da carta do achamento do Brasil, nos aspectos que nos remetem a visão do paraíso refletida na descrição ufanista.




Vi, não sei será impulso imaginário, 
Um globo de diamante claro e imenso;
E nos seus fundos figurar-se vário
Um país opulento, rico e extenso:
E aplicando o cuidado necessário, 
Em nada do meu próprio a diferença;
Era o áureo Brasil tão vasto e fundo,
Que parecia no diamante um mundo


(Durão, 2003, p. 182).

Frei José de Santa Rita Durão descreve sua primeira visão da terra de caráter maravilhoso chegando a confundir-se com a realidade. Dessa forma ao escrever sua obra "Caramuru", demonstra em suas narrativas descrições inspiradas na Carta do Achamento do Brasil, da mesma maneira como Caminha faz sua descrição espontânea e fluente, através das informações sobre as belezas e grandezas da nova terra, cultivando o espírito ufanista que caracterizou todo o período colonial. Enfatizemos estas informações no canto VII, na estrofe XXIII, fazendo a comparação com o trecho da Carta de Caminha.




Mil e cinqüenta e seis léguas de costa,
De vales e arvoredos revestidas, 
Tem a terra brasílica composta
De montes de grandeza desmedida:
Os Guararapes, Barborema posta
Sobre as nuvens na cima recrescida,
A serra de Aimorés, que ao pólo é raia
As de Ibo-Ti-catu e Itatiaia.
(DURÃO, 2003, p. 163).

Esta terra, senhor, me parece que dá 
Ponta que mais contra o sul vimos até
Outra ponta que contra o norte vem 
De que nos deste Porto houvemos vista,
Será tamanha que haverá nela bem
Vinte ou vinte e cinco léguas por costa.
Tem, ao longo do mar, nalgumas
Partes, grandes barreiras, delas vermelhas, 
delas brancas; e a terra por cima
toda chã e muito cheia de grandes
arvoredos. De ponta a ponta, é tudo 
praia-palma, muito chã e muito formosa.
(Trecho da Carta de Caminha).




Percebe-se que o estilo de narração de Santa Rita Durão assemelha-se ao de Caminha, embora terem sido escritas uma após outra, ambas apresentam a visão de um colorido paradisíaca demonstrando o espírito observador dos autores.

Portanto, esta visão paradisíaca de elevação da nova terra que fora descrita no primeiro documento histórico brasileiro, ou seja, a certidão de nascimento do Brasil, prevalece com grande semelhanças no poema Caramuru, levando à tendência retrospectiva da epopeia clássica, pois, só o capítulo da historicidade do descobrimento da Bahia era incapaz de suportar a obra "Caramuru" como um poema épico brasílico.
Não podemos nos esquecer que epopeia é um poema narrativo em que prevalece o maravilhoso, isto é a mistura de fatos reais e mitos, heróis e deuses. Para tanto, "Caramuru" é de extrema importância nacionalmente, pois está baseado na vida histórica do nosso país no tempo em que fomos colônia, sendo assim, o resultado de uma visão teocêntrica do nosso passado histórico. Em suma, Santa Rita Durão proclamava nas reflexões prévias e argumentos e as motivações que o levaram a escrever o poema "os sucessos do Brasil não mereciam menos um poema que os da índia". (Durão, 2003, p. 13).

Personagens

Diogo Álvares Correia - o Caramuru                                          Paraguaçu - filha do cacique Taparica
Gupeva e Sergipe - chefes indígenas                                         Moema - índia amante de Diogo.

Enredo e estrutura da obra
Caramuru  tem os elementos tradicionais do gênero épico: duros trabalhos de um herói, contato de gentes diversas, visão de uma sequência histórica. 
É composto de dez cantos e, de acordo com o gênero, divide-se em cinco partes: proposição, invocação, dedicação, narração e epílogo, e segue o esquema camoniano, usando a oitava-rima, observando a divisão tradicional em proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo. Uso da linguagem mitológica e do maravilhoso pagão e cristão, rigorosamente nos moldes camonianos.
Canto I - Na primeira estrofe, o poeta introduz a terra a ser cantada e o herói - Filho do Trovão -, propondo narrar seus feitos (proposição). Na estrofe seguinte, pede a Deus que o auxilie na realização do intento (invocação), e da terceira à oitava estrofes, dedica o poema a D. José I, pedindo atenção para o Brasil, principalmente a seus habitantes primitivos, dignos e capazes de serem integrados à civilização cristã. Se isso for feito, prevê Portugal renascendo no Brasil.
Da nona estrofe em diante, tem-se a narração. A caminho do Brasil, o navio de Diogo Álvares Correia naufraga. Ele e mais sete companheiros conseguem se salvar. Na praia, são acolhidos pelos nativos que ficam temerosos e desconfiados. Os náufragos, por sua vez, também temem aquelas criaturas antropófagas, vermelhas que, sem pudor, andam nuas. Assim que um dos marinheiros morre, retalham-no e comem-lhe, cruas mesmo, todas as partes. 
Sem saber o futuro, os sete são presos em uma gruta, perto do mar, e, para que engordem, são bem alimentados. Notando que os índios nada sabem de armas, Diogo, durante os passeios na praia, retira, do barco destroçado, toda pólvora e munições, guardando-as na gruta. Desde então, como vagaroso enfermo, passa a se utilizar de uma espingarda como cajado.
Para entreter os amigos, Fernando, um dos náufragos, ao som da cítara, canta a lenda de uma estátua profética que, no ponto mais alto da ilha açoriana, aponta para o Brasil, indicando a futuros missionários o caminho a seguir. Um dia, excetuando-se Diogo, que ainda estava enfermo e fraco, os outros seis são encaminhados para os fossos em brasa. Todavia, quando iam matar os náufragos, a tribo do Tupinambá Gupeva é ferozmente atacada por Sergipe. Após sangrenta luta, muitos morrem ou fogem; outros se rendem ao vencedor que liberta os pobres homens que desaparecem, no meio da mata, sem deixar rastro.
Canto II - Enquanto a luta se desenvolve, Diogo, magro e enfermo para a gula dos canibais, veste a armadura e, munido de fuzil e pólvora, sai para ajudar os seis companheiros que serão comidos. Na fuga, muitos índios buscam esconderijo na gruta, inclusive Gupeva que, ao se deparar com o lusitano, saindo daquele jeito, cai prostrado, tremendo; os que o seguiam fazem o mesmo; todos acham que o demônio habita o fantasma-armadura. 
Álvares Correia, que já conhecia um pouco a língua dos índios, espera amansá-los com horror e arte. Levantando a viseira, convida Gupeva a tocar a armadura e o capacete. Observa, amigavelmente, que tudo aquilo o protege, afastando o inimigo, desde que não se coma carne humana. Ainda aterrorizado, o chefe indígena segue-o para dentro da gruta, onde Diogo acende a candeia, levando-o a crer que o náufrago tem poder nas mãos. 
Sob a luz, vê, sem interesse, tudo que o branco retirara da nau. Aqui, o poeta, louva a ausência de cobiça dessa gente. Entre os objetos guardados pelos náufragos, Gupeva encanta-se com a beleza da virgem em uma gravura.Tão bela assim não seria a esposa de Tupã? Ou a mãe de Tupã? Nesse momento, encantado pela intuição do bárbaro, Diogo o catequiza, ganhando-lhe, assim a dedicação. 
Saindo da gruta, o índio, agora manso e diferente, fala a seu povo Tupinambá, ao redor da gruta. Conta-lhes sobre o feito do emboaba, Diogo, e que Tupã o mandara para protegê-los. Para banquetear o amigo, saem para caçar. Durante o trajeto, Álvares Correia usa a espingarda, aterrorizando a todos que exclamam e gritam: Tupã Caramuru! Desde esse dia, o herói passa a ser o respeitado Caramuru - Filho do Trovão. Querendo terror e não culto, Diogo afirma-lhes que, como eles, é filho de Tupã e a este, também, se humilha. Mas que como filho do trovão, (dispara outro tiro) queimará aquele que negar obediência ao grande Gupeva.
Nas estrofes seguintes, o poeta descreve os costumes da selva. Caramuru instala-se na aldeia, onde imensas cabanas abrigam muitas famílias, que vivem em harmonia. Muitos índios querem vê-lo, tocá-lo. Outros, em sinal de hospitalidade, despem-no e colocam-no sobre a rede, deixando-o tranqüilo. Paraguaçu é uma índia, de pele branca e traços finos e suaves. Apesar de não amar Gupeva, está na tribo por ter-lhe sido prometida. Como sabe a língua portuguesa, Diogo quer vê-la. Após o encontro os dois estão apaixonados.
Canto III - À noite, Gupeva e Diogo conversam sob a tradução feita por Paraguaçu. O lusitano fica pasmo ao saber que, para o chefe da tribo, existe um princípio eterno; há alguém, Tupã, ser possante que rege o mundo; aquele que vence o nada, criando o universo. O espírito de Deus, de alguma maneira, comunica-se com essa gente. Gupeva eloqüente fala acerca da concepção dos selvagens sobre o tempo, o Céu, o Inferno. Abordam a lenda da pregação de S. Tomé em terras americanas. Concluindo a conversa, o cacique diz que estão para ser atacados pelos inimigos; Caramuru aconselha-o a ter calma. De repente, chegam os ferozes índios Caetés que, ao primeiro estrondo do mosquete, batem em retirada, correndo, caindo; achando, enfim, que o céu todo lhes cai em cima.
Canto IV - O temido invasor noturno é o Caeté, Jararaca, que ama Paraguaçu perdidamente. Ao saber que ela esta destinada a Gupeva, declara guerra. Após o ataque estrondoso do Filho do Trovão, Jararaca convoca outras nações indígenas com as quais tinha aliança: Ovecates, Petiguares, Carijós, Agirapirangas, Itatis. Conta-lhes que Gupeva prostrou-se aos pés de um emboaba pelo pouco fogo que acendera, oferecendo-lhe até a própria noiva. O cacique alerta-os que se todos agirem assim, correm o risco de serem desterrados e escravizados em sua própria terra, enchendo de emboabas a Bahia. Apela para a coragem dos nativos, dizendo que apesar do raio do Caramuru ser verdadeiro, ele nada teme, porque não vem de Deus. Não há forças fabricadas que a eles destruam. A guerra tem início e Paraguaçu também luta heroicamente e, num momento de perigo, é salva pelo amado lusitano.
Canto V - Depois da batalha, os amantes discorrem sobre o mal que habita o ser humano e qual a razão de Deus para permiti-lo. Em seguida, em Itaparica, o herói faz com que todos os índios se submetam a ele, destruindo as canoas com as quais Jararaca pretendia liquidá-lo.
Canto VI - As filhas dos chefes indígenas são oferecidas ao destemido Diogo, para que este os honre com o seu parentesco. Como ama Paraguaçu, aceita o parentesco, mas declina as filhas. Na mata, o herói encontra uma gruta com tamanho e forma de igreja e percebe ali a possibilidade dos nativos aceitarem a Fé Cristã, e se dispõe a doutriná-los. Mais tarde, salva a tripulação de um navio espanhol naufragado e, saudoso da Europa, parte com Paraguaçu em um barco francês.
Quando a nau ganha o mar, várias índias, interessadas em Álvares Correia, lançam-se nas águas para acompanhá-lo. Moema, a mais bela de todas, consegue chegar perto do navio Agarrada ao leme, brada todo seu amor não correspondido ao esquivo e cruel Caramuru. Implora para que ele dispare sobre ela seu raio. Ao dizer isso, desmaia e é sorvida pela água. As outras, que a acompanhavam, retornam tristes à praia. Nas demais estrofes do canto, a história do descobrimento do Brasil é contada ao comandante do barco francês.
Canto VII - Na França, o casal é recebido na corte e Paraguaçu é batizada com o nome da rainha Catarina de Médicis, mulher de Henrique II, que lhe serve de madrinha. Diogo lhes descreve tudo o que sabe a respeito da flora e fauna brasileira. 
Canto VIII - Henrique II se predispõe a ajudar Diogo Álvares na tarefa de doutrinamento e assimilação dos índios, oferecendo-lhe tropa e recompensa. Fiel à monarquia portuguesa, o valente lusitano recusa tal proposta. Na viagem de volta ao Brasil, Catarina-Paraguaçu profetiza, prospectivamente, o futuro da nação. Descreve as terras da Bahia, suas povoações, igrejas, engenhos, fortalezas. Fala sobre seus governadores, a luta contra os franceses de Villegaignon, aliados aos Tamoios. Discorre sobre o ataque de Mem de Sá aos franceses no forte da enseada de Niterói e sobre a vitória de Estácio de Sá contra as mesmas forças.
Canto XIX - Prosseguindo em seu vaticínio, Catarina-Paraguaçu descreve a luta contra os holandeses que termina com a restauração de Pernambuco.

Canto X - A visão profética de Catarina-Paraguaçu acaba se transformando na da Virgem sobre a criação do universo. Ao chegar, o casal é recebido pela caravela de Carlos V que agradece a Diogo o socorro aos náufragos espanhóis. A história de Pereira Coutinho é narrada, enfatizando-se o apoio dos Tupinambás na dominação dos campos da Bahia e no povoamento do Recôncavo baiano. Na cerimônia realizada na Casa da Torre, o casal revestido na realeza da nação espanhola, transfere-a para D. João III, representado na pessoa do primeiro Governador Geral, Tomé de Souza. A penúltima estrofe canta a preservação da liberdade do índio e a responsabilidade do reino para com a divulgação da religião cristã entre eles. Na última (epílogo), Diogo e Catarina, por decreto real, recebem as honras da colônia lusitana.

8 comentários:

  1. GOSTARIA DA BIBLIOGRAFIA DESSA ANÁLISE

    ResponderExcluir
  2. Qual o contexto história do filme caramuru ?

    ResponderExcluir
  3. Qual o contexto história do filme caramuru ?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Descobrimento e conquista do estado da Bahia.

      Excluir
  4. Alguém poderia porfavor me ajudar!
    preciso analisar o espaço da historia. Sei que foi na Bahia mas gostaria de falar mais sobre

    ResponderExcluir

Powered By Blogger

Flickr