Conforme prometido, deixo aqui o roteiro da avaliação e o gabarito da atividade corrigida hoje em sala de aula.
É importante que vocês deem uma olhada aqui no arquivo do blog(março e abril): há vídeos e textos sobre o movimento de época Barroco.
Fiquem atentos ao modelo de análise dos poemas que deixei aí na última questão.
Lembrem-se na hora da prova de deixar as respostas bem elaboradas e completinhas, hein...
Deixem um comentário aqui para fazer uma professorinha feliz, gente...(entrem com a conta do orkut).
Beijão, Povo Bonito!
Roteiro:
Livro didático: pg. 224 a 237 (ênfase no quadro comparativo Classicismo X Barroco).
Texto de apoio: “Barroco: uma pérola imperfeita?”
Registros no caderno.
Exercícios
Explicações, vídeos trabalhados em sala e textos postados aqui no blog.
Gabarito:
1- Segundo o texto, a função do sal é impedir que a corrupção se dissemine entre os fiéis.
2- Vieira questiona os ouvintes sobre as causas da corrupção que toma conta da terra, já que há tantos pregadores que poderiam impedi-la. “mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção?”
3- O questionamento que faz aos ouvintes serve para enfatizar a afirmação que fará a seguir, apresentando o que ele considera as duas causas para a corrupção que se vê na sociedade em que vive.
4- Vieira identifica os seguintes motivos para que os pregadores não cumpram sua função: não pregam a verdadeira doutrina; dizem uma coisa e fazem outra; pregam a si mesmos e não a Cristo em seus sermões.
5- Segundo o texto, “a terra não se deixa salgar” porque os ouvintes não querem receber a verdadeira doutrina; querem imitar as atitudes incorretas dos pregadores e não seguir seus ensinamentos; servem aos seus próprios desejos em lugar de servir a Cristo.
6-Vi eira constrói sua argumentação a partir de paralelismos, por meio da repetição de estruturas sintáticas: a cada período repete cada uma das partes da afirmação destacada no enunciado anterior (“Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar...”)
7- A retomada por meio de estruturas paralelísticas, além de enfatizar os argumentos de Vieira, conduz o raciocínio do ouvinte para que ele chegue à conclusão a que o padre deseja.
8- Vieira conclui que o pregador que não cumpre seu papel de forma adequada deve ser lançado fora “como inútil para que seja pisado de todos”.
9- Pessoal.
10- Análise dos poemas:
Buscando a Cristo, Gregório de Matos
LEMBRETE: Visão barroca: a insignificância do homem perante Deus, a consciência nítida do pecado e a busca do perdão. Ao lado de momentos de verdadeiro arrependimento, muitas vezes o tema religioso é utilizado como simples pretexto para o exercício poético, desenvolvendo engenhosos jogos de imagens e conceitos.
Análise: As ideias de Deus e do pecado, ao mesmo tempo que se opõem, são complementares. Embora Deus detenha o poder da condenação da alma, está sempre disposto ao perdão, por sua misericórdia e bondade; daí deriva Sua maior glória. Interpretação positiva do gesto divino: braços abertos para acolher, cravados por levar o castigo humano sobre si. Os olhos abertos simbolizando o perdão; fechado, a recusa em condenar o pecador.
Juízo Anatômico da Bahia. Gregório de Matos
LEMBRETE: Poesia satírica (visa à crítica, o deboche, a denúncia). O alvo da crítica de Gregório de Matos é a Bahia e Pernambuco em fins do século XVII.
Paralelismo: repetição de estruturas sintáticas.Crítica à sociedade bahiana, o cenário político e social. Os defeitos, desonestidades e mau comportamento do povo e dos governantes da Bahia são denunciados.