5 de abr. de 2010

Clarice em minha janela


         Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
        Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
        - E daí? Eu adoro voar!
       Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.

Clarice Lispector

Conselho do dia de sempre

 














Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
 

Fernando Pessoa

Na ponta da Língua: há anos/a anos/ à custa de

 

















HÁ ANOS/ A ANOS

É bom lembrar: na indicação de tempo, emprega-se para indicar tempo passado (equivale a "faz").

dois anos que ele não aparece.
Ela chegou da Europa um ano.

Utiliza-se o a para indicar tempo futuro.

Daqui a dois meses ele aparecerá.
Ela voltará daqui a um ano.

À CUSTA DE

Nessa expressão a palavra custa, assim como o artigo que a precede, deve sempre está no singular.

O filho vivia à custa do pai.

Custas, no plural, só é empregada na linguagem jurídica para designar as despesas feitas em um processo.


Simples assim!

4 de abr. de 2010

Tradução pictórica, Daniele Ribeiro




















Ainda não sei exatamente como,
mas me reconheço nas sapatilhas, 
sinto a presença dos meus cachos do outro lado, 
dos olhos pequenos sonhando preguiças, 
do sorriso largo e tradutor de minh'alma. 
Coisa estranha! Nem retratos nem aromas, 
somente lembranças de mim...

"-É melhor ter calma. Não é nada disso!"

Coisa pros céticos.
Inofensivo lirismo perseguindo-me pelas manhãs, 
tirando meu sono nas noites, arrastado-me pela sala, 
cochichando ao ouvido palavras de meu ser, 
desejos remendados, laços do querer.

Platonismo, Daniele Ribeiro

 














Eu o vi. Longe de mim estava.
À distância aprendi a medir
traços, calcular acertos,
sonhar futuros.

Quem o ensinou mirar sem ver,
não desejar e levar a querer?
Mas, por mil sortes, seu olhar 
me encontrou: ai, dia de festa em mim!

Aproximei sorrindo sóis.
Julgava saber conquistar.
Sabia. O tempo desgastou a prática.
Transformou em amador o amante.
 
Fim de linha:  imaginação e romance.
Par com asas, borboleta de existência curta:
no espaço dos dias perdi o amor
que jurei, enfim, ser infinito e doçura.

2 de abr. de 2010

Porque se chamavam homens...



















Porque se chamavam homens também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem. Milton Nascimento

Fingimentos Meus, Daniele Ribeiro






















Eu daqui com tanta coisa pra dizer
outras muitas a esquecer de lembrar.
Inadiável é esta vida e meus pedaços
que fingem ser um só corpo e resistir.

Lá fora há uma festa gigante esperando

que eu dance a dança gasosa do ar
para divertir o trapézio dos mortais
e alegrar o coração dos deuses.

Mas aqui, no silêncio amigo do meu quarto,
desejo não ir, não me entregar.

Feitura de resistência.
Resistir é senha de achamento, segredo compartilhável.
Adianto: nunca fui boa nisso, não me ensinaram dizer não.

"-É tudo mentira! É tudo mentira!"
Grito sem voz despertando os surdos.
"-Surdez é estado de espírito", digo ao pé do ouvido
dos que não me ouvem, apesar de enxergarem.
 
Fingir: minha maneira de dizer-viver.
Finjo como Pessoa
Fingindo percebo maldades minhas
e do mundo que gira esperanças e (poucas) verdades.

29 de mar. de 2010

Melô do Quinhetismo

Antes de ir ao assunto desta postagem, preciso dizer aqui de quão preciso é para mim o blog Literarizando. Sempre dou uma passadinha no espaço da professora Bianca Campello buscando um ohar diferente do meu para os assuntos que abordo em sala. A linguagem simples e clara dela me encantam. 
A imitação aqui é pura forma de elogio, viu!

Agora, vai aí para os meus alunos um "melô" que encontrei fuçando as postagens do blog www.literarizando.wordpress.com. Muito legal! Eu amei! Espero que gostem!



Melô do Quinhetismo


Olho pra frente e vejo
Um índio pelado que vai passando
Ele é pecador ou é inocente
Eu vou me perguntando

Junto com esse índio
tem uma natureza sensacional
Que terra, que gente é
Essa estranha demais

Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?
Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?

Texto de informação é
Documento para o rei
Texto de catequese
Converte o índio
Isso eu já sei

Caminha exaltou o índio e falou
Do ouro que não achou
Anchieta com teatro e poesia
O índio mudou

Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?
Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?

24 de mar. de 2010

Renascimento e Classicismo: quando a ciência se encontra com a arte

Estando nós, neste momento, preste a dar início a nossa aventura pelo Barroco, é importante conhecer a arte à qual ele se opôs, e que representa um lapso na vivência artística em terras brasileiras: o Classicismo, a manifestação artística da Renascença.

O Renascimento, como vimos, é um complexo movimento cultural que engloba ciências, filosofia e arte. Ele se define pela prevalência do ideal do humanismo, isto é, da doutrina que valoriza o homem e a natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural. Este humanismo, assim como o movimento renascentista, observado de uma forma mais ampla, foi paulatinamente vivenciado na Europa a partir do século XIV, estendendo-se, em algumas localidades, até o século XVII. 

Sendo o Renascimento e o Classicismo essencialmente ligados ao fenômeno humano e aos fenômenos da natureza, vão se refletir nas suas manifestações uma postura racional, em que arte e ciência são encaradas como extensão, uma da outra, e em cujo trabalho se deve dispensar o mesmo rigor formal. É necessário ao artista que vai retratar o corpo humano, seja na pintura, seja na escultura, o conhecimento científico do que é o corpo humano para que haja verossimilhança. Esta perspectiva se coordena com a postura grega de que a arte deve atingir o Bom, o Belo e o Verdadeiro. Beleza é verdade; portanto, só há beleza na arte se ela se assemelha profundamente ao real; além disso, a Beleza se liga ao conceito de Bom, que está imediatamente ligado ao conceito da dignidade humana, da exaltação das boas qualidades do homem.

Para atingir este ideal de reprodução verossímil daquilo que se vê, nas artes plásticas, os grandes expoentes do Classicismo, além de serem cientistas com profundo conhecimento da constituição da natureza, em seus aspectos biológicos, também se versaram no estudo da ótica e da matemática. Só com o estudo da ótica se poderia dar às obras a noção de perspectiva e de tridimensionalidade características de corpos sólidos. Só com o estudo da matemática haveria a possibilidade de se conhecer qual a constância universal da beleza, presente em todos os elementos da natureza. No que isso resultou? Observe com atenção!

A primeira representação de Cristo, o Cristo Todo Poderoso, é uma imagem plana, em que pouco se destaca a noção de profundidade na constituição do corpo. É uma imagem produzida no período medieval, em que a representação do corpo humano com fidelidade não era uma prerrogativa para a produção de arte. Já a segunda é uma representação classicista do mesmo Cristo. Observe o uso do sombreamento em determinadas áreas do corpo (ombros, barriga, bochechas): elas dão uma noção de profundidade, de tridemensionalidade, de volume ao corpo, o que não ocorreu com a figura anterior. Além disso, o corpo desnudo permite a exploração da beleza da anatomia humana em toda sua potencialidade.

Esta técnica de sombreamento de determinadas áreas para, com o contraste, dar-se a noção de volume, recebe o nome de claro-escuro (chiaro-oscuro) e vai ser abusivamente explorada com outros intuitos na pintura barroca.
E a tal constante matemática da beleza? Essa foi uma “descoberta” do matemático Luca Pacioli e de Leonardo da Vinci, baseada numa “descoberta” anterior, da constante (ou sequência) Fibonacci. Este Fibonacci é o matemático Leonardo de Pisa (cidade italiana de Pisa) que, ao observa o crescimento de uma população de coelhos a partir de um único casal chegou a uma sequencia constante em que um número é o resultado da soma dos dois anteriores. Assim temos que 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 31, 55, etc.

O que isso tem a ver com arte? Calma que eu chego lá.

Este número Fibonacci está envolvido com o crescimento das coisas. Ele está envolvido na proporção do crescimento das populações e das partes do corpo. A razão envolvida no crescimento da sequência é de aproximadamente 1,618 (fica mais próxima dela quanto mais elementos tem a sequência). Sendo assim, quanto mais harmonioso o crescimento de um corpo, mais próxima está a razão entre suas partes de 1,618: o número perfeito na natureza. Tão perfeito que está na proporção do crescimento das coisas, no arranjo das folhas e dos caules nas árvores, nos favos de mel das abelhas, nas sementes de girassol e no número de pétalas das margaridas.

Mais louco do que dois italianos do século XVI encontrarem uma razão na descoberta de uma constante de crescimento encontrada por outro italiano do século XIII é saber que os gregos e os egípcios já usavam o número de ouro, a proporção divina de 1,618, antes de Cristo. O número de ouro tem o nome Phi (não é pi, é phi, pronuncia-se com F) em homenagem ao arquiteto grego Phidias, que construiu o Phartenon baseando-se na razão de 1,618 para equalizar suas partes. O matemático Pitágoras, também anterior a Cristo, observou o phi nos pentagramas regulares. O phi é a proporção entre as pedras que dão forma às pirâmides dos vale do Gizé. Na Ilíada e na Eneida, Homero e Virgílio construíram estrofes maiores e menores para contar a saga de seus heróis na proporção de 1,618. Seguir o número de ouro, é, então, para os classicistas não apenas uma forma de reverenciar a ciência da natureza mas também de reverenciar a arte grega, a qual tomavam como modelo.

Resultado da aplicação? Além de em Os Lusíadas Camões situar o momento central da narração (a chegada de Vasco da Gama às Índias) no momento em que a razão de 1,618 divide a obra, o número de ouro — a proporção áurea, divina, da natureza— Leonardo da Vinci imortalizou em O homem vitruviano o uso do número de ouro como método para atingir a beleza máxima do corpo humano, método este seguido por muitos outros artistas plásticos do período (caso de Sandro Botticelli, em O nascimento de Vênus e de Michelangelo, em seu David).

 Fonte: http://literarizando.wordpress.com/2009/05/19/renascimento-e-classicismo/

23 de mar. de 2010

Desejo de doçura, (Daniele Ribeiro)




















Frio, gelo, ausências, mãos largadas sobre o peito fraco...
"- De que mesmo sinto falta?" - Perguntava a si.
 Talvez fosse de algo que a surpreendesse.
Seria amor o nome disso?
Não tinha ela vocação para o vazio.

Sofrer por falta dentro do peito não era comum.
Mas necessitava de alguma coisa diferente 
das motivações que transformam e  elevam o ser.

Era mesmo o caso das sentimentalidades.
A falta de um bem, um bem capaz de dar alento,
De fazer voar o coração e tirar os pés deste mundo real.

Desejo de doçura, necessidade de imensidão.  

Ai, ilusão! Sonhava, sonhava...

De tanto sonhar sabia que a vacilante realidade
Estava prestes a sofrer mutação
Borboleta de eternidade, poder de transformação.

Desejo de docura, necessidade de imensidão!

Daniele Ribeiro

Desabafo de blogueira


Há alguns dias apresentei  um trabalho para conclusão da minha pós-graduação em Leitura e Produção Textual falando sobre blogs. Comentei sobre a necessidade que o blogueiro tem de ver suas postagens comentadas. 

Hoje, ao entrar aqui no meu espaço, encontro um comentário em uma postagem já antiga. 
Deveria ser motivo de alento. Afinal, como defendi em meu trabalho, quero (todo blogueiro quer!) ver meu escrito ser comentado. 

Mas o comentário foi uma crítica mordaz, dura. Não pelas palavras em si, mas pela motivação que leva um sujeito a nomenclaturar a produção alhei de "ridícula".

Chato isso! Mais chato ainda é saber que o idealizador(a) do escrito não teve a cortesia de identificar-se. Seria sim uma cortesia. Teria eu a oportunidade de avaliar de onde vem tal opinião, ainda que dura, reformular meus feitos, repensar minha prática. 

Caso você, leitor virtual, talvez também blogueiro, resolva expor seu pensamento a respeito do conteúdo aqui publicado, faça-o de modo gentil. 

As críticas só podem elevar o ser humano se forem pautadas no respeito alheio e na vontade de ver o semelhante alçar voos mais altos. 

O que for menos nobre que isso não merece espaço. Nem respeito!


Daniele Ribeiro

22 de mar. de 2010

A arte de ser feliz, Cecília Meireles

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.

Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
 
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que as coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para vê-las assim."

Em defesa da escrita - Eduardo Galeano

Nas longas noites de insônia e nos dias de desânimo, aparece uma mosca que fica zumbindo dentro da cabeça da gente: “ Vale a pena escrever? Será que que as palavras sobreviverão em meio aos adeuses e aos crimes? Tem sentido este ofício que a gente escolheu - ou pelo qual a gente foi escolhido?"
As pessoas escrevem a partir de uma necessidade de comunicação e de comunhão com os outros, para denunciar aquilo que machuca e compartilhar o que traz alegria. As pessoas escrevem contra sua própria solidão e a solidão dos demais porque supõem que a literatura transmite conhecimentos, age sobre a linguagem e a conduta de quem a recebe, e nos ajuda a nos salvarmos juntos. Em realidade, a gente escreve para as pessoas com cuja a sorte ou má sorte se sente identificado: os que comem mal, os que dormem pouco, os rebeldes e humilhados desta terra; que em geral nem sabe ler. Dentre a minoria alfabetizada, quantos dispõem de dinheiro para comprar livros?
Que bela tarefa a de anunciar o mundo dos justos e dos livres! Que função mais digna, essa de dizer não ao sistema da fome e das cadeias - visíveis ou invisíveis! Mas os limites estão a quantos metros de nós? Até onde os donos do poder nos dão permissão de ir?
A gente escreve para despistar a morte e destruir os fantasmas que nos afligem, por dentro; mas aquilo que a gente escreve só pode ser útil quando coincide de alguma maneira com a necessidade coletiva de conquista da identidade. Ao dizer "Sou assim" e assim me oferecer, acho que gostaria de, como escritor, poder ajudar muitas pessoas a tomar consciência do que são. Enquanto instrumento de revelação da identidade coletiva, a arte deveria ser considerada matéria de primeira necessidade e não artigo de luxo. Entretanto, na América Latina, o acesso aos produtos de arte e de cultura está vedado à imensa maioria das pessoas.

A obra nasce da consciência ferida do escritor e se projeta ao mundo. Então, o ato de criação é um ato de solidariedade.
Acredito no meu ofício; creio no meu instrumento. Nunca pude entender por que escrevem esses escritores que vivem dizendo, tão cheios de si, que escrever não tem sentido num mundo onde as pessoas morrem de fome. Também jamais consegui entenderos que convertem a palavra e, alvo de fúrias ou um objeto de fetichismo. A palavra é uma arma que pode ser bem ou mal usada: a culpa do crime nunca é da faca.
Crio que uma função primordial da literatura latino-americana atual consiste em resgatar a palavra, que usada e abusada com impunidade e frequência, para impedir ou atraiçoar a comunicação. Liberdade é, no meu país, o nome de uma cadeia para presos políticos; chama-se democracia a vários regimes de terror; a palavra amor define a relação do homem com seu automóvel; por revolução se entende aquilo que um novo detergente pode fazer em sua cozinha; felicidade é uma sensação que se tem ao comer salsichas. País em paz significa, em muitos lugares da América Latina, cemitério em ordem; e onde se diz homem são deveria se ler muitas vezes homem impotente.
Ao se escrever, é possível oferecer o testemunho de nosso tempo e de nossa gente, para agora e para depois, apesar da persiguição e e da censura. Pode-se escrever como se dizendo, de certa maneira: "estamos aqui, aqui estivemos; somos assim, assim fomos". Na América Latina, lentamente vai tomando força e forma uma literatura que ajuda os demais a dormir; antes tira-lhes o sono; que não se propõe enterrar os nossos mortos; antes, quer perpetuá-los; que se nega a limpar as cinzas mas, em troca procura acender o fogo.
Essa literatura continua e enriquece uma formidável tradição de palavras que lutam. Se é melhor - como cremos - a esperança à nostalgia, talvez essa literatura nascente possa chegar a merecer a beleza das forças sociais que mudarão radicalmente o curso de nossa história - mais cedo ou mais tarde, por bem ou por mal. e quem sabe ajude a guardar, para os jovens que virão, o "verdadeiro nome de cada coisa" - como dizia o poeta. (vozes e crônicas - Eduardo Galeano)

Revista Informação Pedagógica
Fonte: feijoadaliteraria.blogspot.com 

Por que não nascemos falando?

Steven Pinker, professor de Psicologia em Harvard e ex-diretor do Centro de Neurociência Cognitiva do MIT, explica que não nascemos falando porque os bebês humanos deixam o útero materno antes de seus cérebros estarem completamente formados. Se os seres humanos permanecessem na barriga da mãe  por um período proporcional aos dos outros primatas, nasceriam aos dezoito meses, exatamente a idade na qual os bebês começam a falar. Nasceríamos, portanto, falando.

Fonte: Revista Língua Portuguesa nº 15

10 de mar. de 2010

Slides Renascimento e Classicismo

Pessoal,

Estou deixando para estudo os slides que vocês viram em sala na última aula.
Há alguns que ainda não foram explorados. Comentarei sobre o conteúdo deles em nosso próximo encontro.

Clique aqui para ver os slides sobre o Classicismo

Bjão!
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