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4 de jul. de 2010

Trabalho Robinson Crusoé

Trabalho de Literatura

Buscando a significação da narrativa

Com base na leitura do livro Robinson Crusoé (disponível aqui no blog), faça o que é pedido:

a)      Escreva um parágrafo esclarecendo qual é, em sua opinião, a mensagem do livro.
b)      Liste seis acontecimentos da narrativa, pela ordem em que aconteceram, seguindo o modelo abaixo:

Observação: você deverá contemplar toda a história nos itens listados: início, meio e fim.

1º Robinson parte em sua primeira viagem marítima. Um grande temporal quase destruiu o navio.
2º____________________________________________________________
3º ____________________________________________________________
4º ____________________________________________________________
5º ____________________________________________________________
6º____________________________________________________________
7º ___________________________________________________________

2- Relate o episódio mais envolvente da narrativa, ou seja, aquele que mais ativa as sensações de surpresa,medo, angústia e desejo de chegar ao final da aventura.

3- Liste detalhes expressos no texto , os quais permitem ao leitor identificar:

As características físicas e psicológicas de Robinson Crusoé

As características físicas e psicológicas de Sexta-Feira

4- Quem é o narrador da história? Retire um trecho do texto para comprovar sua resposta.

5- Faça uma pesquisa sobre o navegador Amy Klink e informe as semelhanças existentes entre as aventuras dele e os relatos de Robinson Crusoé.

6-Atenção!
 Aqui no blog o livro está disponibilizado para leitura, basta procurar no arquivo de junho. Não deixe de ler a história e preparar-se para as atividades e avaliações que estão por vir!

Clique no link para usar o modelo de capa e folha de rosto indicados para esta atividade:
Modelo de Capa e Folha de Rosto


Data de entrega: 12/08/10

Lembrete: a ficha literária nº 4 deverá ser entregue no dia 05/08/10.
O suplemento literário e o trabalho são para o dia 12/08/10

Bom trabalho, garotos e garotas!

Beijão!!!

17 de jun. de 2010

Robinson Crusoé: uma das mais emocionantes histórias de sobrevivência e amizade de todos os tempos

Magnífico, eis o melhor termo para definir Robinson Crusoé, de Daniel Defoe.


Adiantando os fatos: O livro conta a história de Robinson Crusoé, jovem marinheiro inglês. Um dia decide seguir seu caminho e parte para uma aventura sem avisar ninguém, embarcando em um navio. Como castigo do destino, seu navio é pego por uma tempestade e naufraga. Toda a tripulação morre, exceto o jovem Crusoé, encalhado naquela ilha do Caribe. Lá ele tem duas escolhas: deixar levar pela maré ou lutar pela sua vida...

Deixo aqui para as 6ª séries um link que direciona para uma página onde vocês encontrarão o livro para ler. Caso prefiram, podem fazer a impressão também,ok?!!! 


O Mágico de Oz: lindooooooo livro, gente!

É engraçado como alguns livros têm o poder de despertar em nós o senso de humanidade, solidariedade e amizade que a loucura dos dias tenta roubar. É o caso de "O Mágico de Oz" (acrescento à lista os clássicos perfeitos "O Pequeno Príncipe" e "Dom Quixote"): a lição de amizade, a busca pela realização dos sonhos e a perseverança são marcas dessa obra tão linda que até dói o peito. Chorei lendo, me surpreendendo com o Homem de Lata em busca de um coração que na verdade possui e nem sabe, com o Espantalho, tão inteligente e perspicaz, mesmo sendo constituído apenas de palha (me lembra muito o Sancho Pança ao governar sua tão sonhada ilha, em Dom Quixote...) e o Leão Medroso, todavia cheio do medo que nos faz cautelosos, no entanto indesistíveis. Amooooooooooooooooooo essa obra literária!

Livro para criança não é. Pelo menos, na minha opinião! São histórias para pessoas humanas, para essa espécie que parece estar em vias de extinção.

Queridos alunos da 5ª Série!
Estava faltando um espaço para vocês neste blog, né? 
Acho que até então não havia feito nenhuma postagem para as turminhas tão lindas e aplicadas que dá gosto de ver. Ok! Então, para corrigir o erro, começo deixando um link para que leiam o livro "O Mágico de Oz" aqui na telinha do computador. Eu, sinceramente, não consigo ficar muito tempo exposta à luz da tela, mas se conseguem, por mim está tudo bem. Ainda sou do tempo que pegar um livro, deitar com ele, fazer anotações em suas páginas era parte de um ritual de amor ao conhecimento e à própria leitura, mas tudo bem! Cada um com seu quadrado, não é mesmo?!!! 

Clique nos links para ler:

O mágico de Oz - Parte 1 
O Mágico de Oz - Parte 2 
O Mágico de Oz - Parte 3


Beijosssssssssss!

14 de jun. de 2010

Arcadismo: eu quero uma casa no campo!!!!!!!!!!!!!

Galerinha dos 1ºs anos,

Deixo aí, abaixo, dois vídeos sobre o Arcadismo.


Ao término desta semana, vocês farão uma prova com o intuito de verificar o que apreenderam até aqui desse estilo de época que visa contrapor os exageros do movimento Barroco.É a ideia da casa no campo, da vida simples, mas tudo tão artificial: digo isso para que você se lembre de uma característica importantíssima para se entender a produção árcade: o convencionalismo. Convencional é aquilo que é resultado de uma convenção, de um acordo, um pacto. Bem, os poetas árcades estavam acordados sobre, no mínimo, dois pontos: entendiam que a produção barroca era exagerada e de mau gosto, sabiam também que o modelo clássico, da Antiguidade Clássica (aquele praticado no Classicismo) e autores como Horácio e Virgílio eram sinônimos de bom gosto, de equilíbrio, racionalidade e de bela escrita. Assim, a produção literária árcade é o resultado da imitação dos modelos greco-latinos de produção poética. Se imitar, nos dias atuais, é entendido como plágio, naquela época saber fazer uma boa imitação era ser um bom poeta.

Se você não entendeu ainda, leia a explicação abaixo:
O termo Arcadismo se deve ao batismo das academias literárias com o título de Arcádias. Essas academias já existiam no século XVII, durante o Barroco. Era nelas que os poetas europeus se reuniam para discutir técnicas de poesia e mostrar suas composições em saraus que eram bastantes competitivos. Naquela época, o poeta que compusesse os textos mais desafiadores da linguagem, com maior inventidade poética, mais palavras difíceis e rebuscamentos de expressão, mais desafiadores à compreensão do leitor (ou seja, os mais difíceis), era considerado o melhor. Só que com o passar do tempo, eles exageraram tanto no rebuscamento que a coisa começou a ser considerada de mau gosto. Esse processo é muito natural. As academias existiam já desde o século XVII. E nessa época elas eram academias. No século XVIII, alguém, que achava que essa história de rebuscar muito a linguagem artística era coisa velha e brega, e que apreciava a linguagem simples e elegante da poesia clássica de Virgílio e Horácio (grandes expoentes da literatura romana e grega), achou que deveria fundar uma academia completamente diferente das que existiam. Um clube descolado, só para gente que embarcasse na nova onda de fazer uma arte completamente diferente da que se fazia na época. E uma academia assim tinha que ter um nome descolado. Como esses dois poetas falavam tanto em campo e coisa e tal, e esse campo era principalmente o da Arcádia, a região da Grécia famosa por seus pastores e rebanhos, lá veio uma ideia: o nome descolado, que vai representar bem quem somos e do que gostamos vai ser esse: Arcádia. Eu fico imaginando isso como escolher um nome de banda de rock daquelas bem pops. E como logo depois sempre vem as marias-vai-com-as-outras que adoram imitar quem lança moda, tome a pipocar academia com o nome de Arcádia aqui e ali. E daí veio o nome Arcadismo: o estilo de poesia cultivado dentro das arcádias.
Uma das bases históricas e filosóficas do Arcadismo é a Revolução Francesa com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Se por sermos iguais, devemos todos ser fraternos, devemos também lutar para que todos sejam livres, em todos os níveis de liberdade que existem. Devemos levar àqueles menos afortunados a possibilidade de tomarem as rédeas de suas próprias existências e combater aqueles que impedem que as pessoas sejam livres e dignas em igualdade. Devemos combater as elites aristocráticas.E o que poesia tem com isso? Tudo. Simplificando a linguagem (inutilia truncat), ao invés de escrever para essa elite, o Arcadismo possibilita que todos possam desfrutar da poesia com igualdade. Assumindo a imagem do pastor que vive em aurea mediocritas (uma vida preciosa em sua simplicidade), o poeta é solidário com os pobres (tá, que pobreza não é miséria, mas pelo menos você dizer que dá para ser feliz sendo pobre é um alento para quem é miserável, não é mesmo?).

Viram que combinação feliz. O pastor, que já era uma figura querida porque os árcades queriam imitar Virgílio e Horácio, ganha ainda mais valor, porque os árcades vão querer ser solidários ao povo. Bonitinho né? Pena que artificial. Afinal, quem escreve, nessas sociedades europeias e brasileira, no século XVIII, é quem tem dinheiro para ser esclarecido. E quem tem esse dinheiro acha lindo que se fale em igualdade social. Desde que não se mexa com o dele.


Resumindo no que deu isso: um grande articialismo. Porque poeta árcade que é poeta árcade acha lindo ir viver em num lugarzinho tranquilo (locus amoenus), numa casinha no campo (fugere urbem), aproveitando a vida. Desde de que, é claro, não mexam no dele. Ou vocês acham que os senhores bacharéis foram pegar na enxada e saíram de suas confortáveis casas na cidade?
Acabou-se que a teoria era linda, mas a prática era tão complicada… E ficou a coisa só como convenção. Quem quer defender o Iluminismo na poesia, entra numa Arcádia, adota um pseudônimo de pastor e manda brasa nos versos. Depois, os árcades fechavam os livros e cadernos e tudo voltava a ser como era antes.

(Adaptado de: www.literarizando.blogspot.com)
 
Há mais textos, vídeos e estudos sobre o movimento árcade no arquivo do blog, basta conferir na coluna ao lado: Por assunto- Arcadismo. 

Agora vejam os vídeos: 

8 de jun. de 2010

Avaliação 8ª série "O espelho e outros contos machadianos"

Pessoal,

Como prometi, selecionei alguns dos contos do livro para a avaliação na próxima aula.
Uma leitura atenta assegura uma boa prova, então leiam com um dicionário em mãos, para resolver problemas de vocabulário, e depois voltem ao texto, numa leitura analítica, sem interrupções.

Procurem sempre entender a temática do texto, a presença do narrador, a ironia, a descrença na natureza humana, o pessimismo e a análise psicológica, itens tão marcantes na escrita de Machado de Assis. Retomem também os textos de apoio e vídeos que trabalhamos em sala (basta olhar no arquivo do blog).

Boa prova, Queridos!

Segue a lista dos contos:

O espelho
Verba Testamentária
O caso da vara
Galeria Póstuma
Noite de Almirante

Obs.: todos os contos foram trabalhados em sala, portanto, sem moleza!

No site Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br) vocês encontram todos os contos, caso não possuam ainda o livro.

Beijão!

18 de mai. de 2010

Trabalho Machado de Assis - 8ª série

Oi, pessoal!

Conforme avisei em sala de aula, deixo aqui as instruções sobre o trabalho a respeito do conto Verba Testamentária Clique aqui para ler, de Machado de Assis.

Após a leitura e compreensão do texto, redija um texto contendo suas considerações sobre o conto Verba Testamentária:
-1º parágrafo (introdução): em no máximo seis linhas, resuma a história;
-2º parágrafo (desenvolvimento): em no mínimo oito linhas, escreva sobre o personagem principal do conto: características, estranhezas e seu percurso no enredo. Demonstre características da escrita machadiana e comprove-as com citaçõe do texto. Você poderá utilizar os textos contidos na parte final do livro "O espelho e outros contos machadianos": Machado de Assis e a Filosofia. Este parágrafo pode ser dividido em dois ou mais.
-3º parágrafo (conclusão): em no mínimo seis linhas, encerre seu texto deixando sua conclusão sobre a leitura, suas expectativas e como elas foram sendo confirmadas ou refutadas.   
 
NÃO entregue o trabalho em folha de fichário.

Para a capa:
Folha branca contendo:
a) no alto da página, centralizado, o nome do colégio (fonte arial ou times,14)
b) No centro, nome do livro e conto trabalhado, nome do autor da obra literária (arial ou times, tamanho 18 ou 20). 
c) Em baixo, centralizado, escreva o nome da cidade e data (fonte arial ou times, 14).
Use cor preta.

Folha de rosto (uma espécie de segunda capa)
a) Em cima, centralizado, coloque o nome do aluno
b)No centro, nome do livro e conto trabalhado, nome do autor da obra literária (arial ou times, tamanho 18 ou 20).
c) Abaixo do item anterior, recuado a direita, tamanho 12, informe o nome da disciplina, professora, trimestre letivo e ano. ATENÇÃO: Para evitar erros, Veja os modelos de capa e folha de rosto clicando AQUI
c) Embaixo, centralizado, escreva o nome da cidade e data (fonte arial ou times, 14).

Anexos:
Ao finalizar, poderá enriquecer seu trabalho com fotos e/ou ilustrações sobre o tema.
É imprescindível que você apresente as fontes pesquisadas para construir seu texto.

ATENÇÃO: 
Imprima este roteiro de trabalho e cole-o em seu caderno de literatura. Além de ser parte do nosso estudo, devendo assim ficar registrado em seu caderno, você necessitará das instruções aqui dispostas para outros trabalhos.

O texto deverá ser produzido individualmente e entregue até o dia 01/06 (8ª A) e 02/06 (8ª B).
P.S.: Constam aqui no blog os vídeos e textos sobre Machado de Assis. Vocês poderão ultilizá-los também como material de apoio para construir sua produção. Só não se esqueçam de citar a fonte, ok?

Beijão, lindos! 

12 de mai. de 2010

Avaliação Barroco 1º Ano

Galerinha,

Conforme prometido, deixo aqui o roteiro da avaliação e o gabarito da atividade corrigida hoje em sala de aula.
 É importante que vocês deem uma olhada aqui no arquivo do blog(março e abril): há vídeos e textos sobre o movimento de época Barroco.
 Fiquem atentos ao modelo de análise dos poemas que deixei aí na última questão.

Lembrem-se na hora da prova de deixar as respostas bem elaboradas e completinhas, hein...

Deixem um comentário aqui para fazer uma professorinha feliz, gente...(entrem com a conta do orkut).

Beijão, Povo Bonito!

Roteiro: 
Livro didático: pg. 224 a 237 (ênfase no quadro comparativo Classicismo X Barroco).
Texto de apoio: “Barroco: uma pérola imperfeita?”
Registros no caderno.
Exercícios
Explicações, vídeos trabalhados em sala e textos postados aqui no blog.

Gabarito:

1- Segundo o texto, a função do sal é impedir que a corrupção se dissemine entre os fiéis.
2- Vieira questiona os ouvintes sobre as causas da corrupção que toma conta da terra, já que há tantos pregadores que poderiam impedi-la. “mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção?”
3- O questionamento que faz aos ouvintes serve para enfatizar a afirmação que fará a seguir, apresentando o que ele considera as duas causas para a corrupção que se vê na sociedade em que vive.
4- Vieira identifica os seguintes motivos para que os pregadores não cumpram sua função: não pregam a verdadeira doutrina; dizem uma coisa e fazem outra; pregam a si mesmos e não a Cristo em seus sermões.
5- Segundo o texto, “a terra não se deixa salgar” porque os ouvintes não querem receber a verdadeira doutrina; querem imitar as atitudes incorretas dos pregadores e não seguir seus ensinamentos; servem aos seus próprios desejos em lugar de servir a Cristo. 
6-Vi eira constrói sua argumentação a partir de paralelismos, por meio da repetição de estruturas sintáticas: a cada período repete cada uma das partes da afirmação destacada no enunciado anterior (“Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar...”)
7- A retomada por meio de estruturas paralelísticas, além de enfatizar os argumentos de Vieira, conduz o raciocínio do ouvinte para que ele chegue à conclusão a que o padre deseja.
8- Vieira conclui que o pregador que não cumpre seu papel de forma adequada deve ser lançado fora “como inútil para que seja pisado de todos”.
9- Pessoal.

10- Análise dos poemas:
Buscando a Cristo, Gregório de Matos
LEMBRETE: Visão barroca: a insignificância do homem perante Deus, a consciência nítida do pecado e a busca do perdão. Ao lado de momentos de verdadeiro arrependimento, muitas vezes o tema religioso é utilizado como simples pretexto para o exercício poético, desenvolvendo engenhosos jogos de imagens e conceitos.
Análise: As ideias de Deus e do pecado, ao mesmo tempo que se opõem, são complementares. Embora Deus detenha o poder da condenação da alma, está sempre disposto ao perdão, por sua misericórdia e bondade; daí deriva Sua maior glória. Interpretação positiva do gesto divino: braços abertos para acolher, cravados por levar o castigo humano sobre si. Os olhos abertos simbolizando o perdão; fechado, a recusa em condenar o pecador.

Juízo Anatômico da Bahia. Gregório de Matos
LEMBRETE: Poesia satírica (visa à crítica, o deboche, a denúncia). O alvo da crítica de Gregório de Matos é a Bahia e Pernambuco em fins do século XVII.
Paralelismo: repetição de estruturas sintáticas.Crítica à sociedade bahiana, o cenário político e social. Os defeitos, desonestidades e mau comportamento do povo e dos governantes da Bahia são denunciados. 

5 de mai. de 2010

O espelho, Machado de Assis - 8ª série

Oi, Gente!!!!!!!!!!

Depois destas aulas extras (duas aulas de Literatura durante a semana é algo bem atípico, né?), pudemos dar uma adiantada na introdução aos contos machadianos. Foi ótimo poder assistirmos aos vídeos sobre a vida e o contexto de época que envolveu, influenciou e reverberou na produção de Machado de Assis.

Como viram, ler Machado é ter em mente algumas características marcantes de sua escrita: ironia, pessimismo, humorismo, conversa com o leitor, o ceticismo (descrença em Deus e no homem) e a metalinguagem.

Conforme disse em sala, deixo aqui o link para que leiam o conto O espelho (Clique aqui para ler). Para a próxima aula será necessário que todos já tenham lido (depois não digam que não avisei!)...
Caso seja possível (vejam que não estou prometendo) passo para deixar um comentário sobre o conto e ajudá-los a entender a obra do maior escritor brasileiro de todos os tempos.

Beijinhos!

Ainda sobre o Barroco

Pessoal,
O vídeo abaixo é uma leitura atual da forma barroca de encarar o sentimento e a relação amorosa. O texto está repleto de figuras de linguagem (antíteses, metáforas, comparações...). Assistam-no buscando identificar o espírito de época do movimento: a presença da dúvida, o homem dividido, a tentativa de unir elementos opostos e o que mais você encontrar que seja condizente com os comentários que fizemos em sala de aula.

Carpe diem, amigos!!!!

Vídeo aula sobre Literatura Barroca

Galerinha dos 1ºs anos,

Estou deixando aqui o vídeo que passei hoje na nossa aula. Como puderam perceber, não há nenhuma novidade propriamente dita. É só mesmo para fecharmos o panorama sobre o Barroco deixando vocês com a certeza de que vimos tudo o que será necessário neste momento. Recomendo que deem uma pesquisada aqui no arquivo do blog: há uma postagem muito boa, com um videozinho legal sobre essa estética da dúvida, da tentativa de conciliação dos contrários e do exagero.

Estudem, pesssoal! Quem sabe, vocês já devem ter percebido, não nasceu sabendo, ok?!!!
Beijão 

Língua materna ou língua madrasta, Daniele Ribeiro

O escrito a seguir estava perdido aqui entre minhas muitas produções/recordações do período acadêmico. Hoje, ao procurar um material que escrevi sobre o conto O espelho, de Machado de Assis, tive a alegria de encontrar um artigo sobre ensino de língua materna. Leiam aqui e, se possível, por meio de comentários e críticas, me ajudem a torná-lo melhor.

LÍNGUA MATERNA OU LÍNGUA MADRASTA?

A Língua Portuguesa é a nossa língua-mãe: a utilizamos desde as primeiras palavras que aprendemos. Sendo assim, parece haver uma grande incoerência quando falantes nativos de Português são levados a aprender sobre a língua que já fazem uso. Contudo, o objetivo central de se ensinar língua materna ao falante é ajudá-lo a desenvolver sua competência comunicativa, expandir a capacidade de empregar adequadamente a língua nas diversas situações de comunicação do dia a dia. O grande problema está em como se dá essa aprendizagem: no nosso caso, somos apresentados, com certo estranhamento, à Gramática, uma “senhora” dura e intransigente que insiste em nos fazer engolir suas regras. E são muitas as tais regras! Elas nunca acabam e ficamos com a impressão de que nós nunca as dominaremos: quando ameaçamos triunfar, surgem, sarcáticas, as exceções...
Sem o objetivo principal de provocar reflexões, o que deveria ser o centro do estudo, aprender Gramática torna-se sinônimo de aumentar o conhecimento técnico a respeito do Português. E se não nos dá liberdade para pensar, repensar, refletir e agir, sempre com criatividade, desconhecemos e não nos vemos como filhos legítimos dessa língua. Somos seus enteados.  Língua madrasta!
É verdade que o papel da escola é ensinar a língua padrão, criando condições para que ela seja de fato aprendida. O domínio do Português deve ser aliado a um determinado grau de aquisição da escrita e da leitura. É fato que o aluno que lê mais, fala e escreve melhor, além de se aprimorar em criticidade.  Se ao ser questionado sobre o que é certo ou errado, a resposta for embasada somente pelas normas elencadas no livro das regras  e nos dicionários, revela-se então uma atitude problemática do que é realmente uma língua: lugar de interação, de prazer, de crítica, de fruição e de encontro do sujeito consigo mesmo: língua é colo de mãe.
Ensinar com o intuito de instrumentalizar o falante/leitor/escritor para a adequação e domínio da variedade culta demanda esclarecimento sobre variedades e preconceitos linguísticos para que “os erros” só sejam considerados erros se o critério de avaliação for social.
A Gramática deveria mostrar o lado lógico, inteligente, racional dos processos linguísticos. Mas não é assim que ela tem sido ensinada. Sobra um amontoado de regras que não se relacionam com a língua viva do cotidiano, das músicas, dos textos de jornais, das revistas, dos blogs...
A Gramática poderia ser mãe se nos atraísse a ler, escrever, discutir, reescrever, reler e reescrever mais, para escrever e ler sempre de forma mais requintada. Todavia, se faz madrasta quando nos repele e com suas gramatiquices tenta nos roubar o censo crítico e equacionar a magia da Língua materna.

Daniele Soares Ribeiro

24 de abr. de 2010

Republicação: Movimento BARROCO

Esse vídeo remete a MUITAS coisas do estilo de época que o Barroco é: a representação do ser humano como algo impotente em relação ao mundo (ele é uma criança, um bebê), e que, submetido às intenções divinas (a asa de anjo que vem do alto), passa por uma fragmentação na sua própria identidade (mente - espírito - e corpo se separam, sendo o destino deste sofrer). Com essa fragmentação, o corpo é jogado ao inferno (e lá o movimento dos corpos sem cabeça praticando sexo mostram a associação que se faz entre sexo e pecado) e a cabeça - símbolo do espírito e da mente - é alçada ao céu, onde se cristaliza, torna-se eterna. Perceba, também, que nesta eternidade, a expressão dos anjinhos que se formam no céu é infeliz, sofrida, retorcida. Essa infelicidade é marcante no Barroco, visto que em sua visão de mundo o destino do homem é o sofrimento, sofrimento que vem de sua condição frágil e passageira na Terra. Ao contrário do Classicismo, movimento anterior, o Barroco é teocêntrico. Ele não acredita mais no poder humano de dirigir a própria vida, mas sim no fato de o ser humano estar submisso a uma entidade maior, que o controla por completo: Deus.
Esse modo de ver o mundo, profundamente pessimista, não é só fruto da revisão que o Barroco faz dos princípios do Classicismo. Ele também se coordena com o momento histórico que se vive na Europa e no Brasil. O Barroco coincide com o acirramento da Contra-Reforma em todos os países de maioria católica (Espanha e Portugal, principalmente, e também a Itália). Esse acirramento promoveu um sentimento de histeria coletiva profunda. Havia um policiamento ideológico e cultural tão fortes que as pessoas o tempo todo se policiavam para não cometerem atos que pudessem levar a uma denúncia ao Tribunal do Santo Ofício (conhecido também como Santa Inquisição). Era um período em que tudo o que se falasse e fizesse, em público ou na vida privada poderia ser usado contra as pessoas no tribunal. E até levar à condenção à morte.
Esse pessimismo, essa infelicidade, esse policiamento religioso vão resultar, na arte, numa fascinação pelo grotesco, característica que chamamos de feísmo. É uma característica do vídeo também: ver aquela degolação do bebê e o corpo cair, sem cabeça, engolido pela terra e, por fim, pilhas de corpos sem cabeça praticando sexo é uma coisa muito bizarra. Outra consequência é a angústia diante da vida, da inconstância das coisas que nos cercam, da inconstância do próprio homem, que está destinado a morrer. E, por fim, mais uma, que se nota particularmente no plano da linguagem, é a tensão das coisas do mundo em planos opostos.
Como assim? É o seguinte. O homem barroco, como qualquer outro, quer ser feliz. Não pense nele como um emo deprimido que adora chorar. Não, ele quer aproveitar o corpo, os prazeres mundanos, acreditar no poder do homem. Mas por uma questão religiosa, ele tem uma noção de que esses elementos são falsos. O corpo e os prazeres que ele pode dar são passageiros e levarão à perdição da alma, porque estão ligados ao pecado. Para salvar-se, o homem precisa valorizar o que está ligado à vida eterna, ao espírito. Então ele tenta conciliar estas duas dimensões, corpo e espírito, e aquilo que estará associado a elas: efêmero e eterno, pecado e salvação, inferno e paraíso. Tenta, mas não consegue resolver isso de forma satisfatória. Ou ele se resolve pela salvação (abandonando a realidade do corpo), ou demonstra sua insatisfação pelo fato de as coisas serem instáveis.
Por isso, no plano da linguagem, o movimento Barroco vai usar (e abusar) do uso da antítese, do paradoxo e de uma outra figura de linguagem: o hipérbato. Já que a existência dele é polarizada em coisas opostas, ele vai demonstrar isso através da oposição de idéias (antítese) e da criação de uma realidade contraditória e ilógica, em que as coisas opostas convivem ao mesmo tempo no mesmo ser (paradoxo). Assim ele assinala os conflitos da existência humana no plano da linguagem. E para mostar como é difícil para ele entender e organizar as impressões que ele tem deste mundo que o cerca, tão contraditório a si mesmo, ele usa o hipérbato, que consiste na inversão dos termos que formam uma oração.
Não entendeu o hipérbato? Lembre do Hino Nacional. Tente cantar os primeiros versos em ordem direta: "As margens plácidas do Ipiranga ouviram / O brado retumbante de um povo heróico". Sem ritmo, não é? É, é que além de demonstrar essa dificuldade de organização do mundo ao redor (esse é um uso particular do movimento Barroco) a inversão, ou hipérbato, auxiliam a manter o ritmo e a musicalidade de um texto, garantindo sua métrica e sua rima, por exemplo.

http://literarizando.blogspot.com/2008/05/barroco-pessimismo-e-religiosidade.html

17 de abr. de 2010

Livros PAES 2010 - UNIMONTES

No último sábado, 10/04, a Unimontes divulgou a lista dos livros indicados para o vestibular deste ano. Eis aí a lista:

1ª ETAPA:
Sermões Escolhidos, de Padre Antônio Vieira (Sermão de Santo Antônio e Sermão do Bom Ladrão);
Poemas Escolhidos, de Cláudio Manoel da Costa;
Romances de Cordel; de Ferreira Gullar;
O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna.

2ª ETAPA:
Melhores Poemas, de Gonçalves Dias; 
Casa Velha, de Machado de Assis;
Crônicas Selecionadas, de Machado de Assis;
Dias e Dias, de Ana Miranda.

3ª ETAPA:
Solombra, de Cecília Meireles;
Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues;
Mar Morto, de Jorge Amado;
Dois Irmãos, de Milton Hatoum;
Parangolivro, de Aroldo Pereira

29 de mar. de 2010

Melô do Quinhetismo

Antes de ir ao assunto desta postagem, preciso dizer aqui de quão preciso é para mim o blog Literarizando. Sempre dou uma passadinha no espaço da professora Bianca Campello buscando um ohar diferente do meu para os assuntos que abordo em sala. A linguagem simples e clara dela me encantam. 
A imitação aqui é pura forma de elogio, viu!

Agora, vai aí para os meus alunos um "melô" que encontrei fuçando as postagens do blog www.literarizando.wordpress.com. Muito legal! Eu amei! Espero que gostem!



Melô do Quinhetismo


Olho pra frente e vejo
Um índio pelado que vai passando
Ele é pecador ou é inocente
Eu vou me perguntando

Junto com esse índio
tem uma natureza sensacional
Que terra, que gente é
Essa estranha demais

Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?
Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?

Texto de informação é
Documento para o rei
Texto de catequese
Converte o índio
Isso eu já sei

Caminha exaltou o índio e falou
Do ouro que não achou
Anchieta com teatro e poesia
O índio mudou

Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?
Quinhentismo, quinhentismo
Quinhentismo, como é esse país?

24 de mar. de 2010

Renascimento e Classicismo: quando a ciência se encontra com a arte

Estando nós, neste momento, preste a dar início a nossa aventura pelo Barroco, é importante conhecer a arte à qual ele se opôs, e que representa um lapso na vivência artística em terras brasileiras: o Classicismo, a manifestação artística da Renascença.

O Renascimento, como vimos, é um complexo movimento cultural que engloba ciências, filosofia e arte. Ele se define pela prevalência do ideal do humanismo, isto é, da doutrina que valoriza o homem e a natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural. Este humanismo, assim como o movimento renascentista, observado de uma forma mais ampla, foi paulatinamente vivenciado na Europa a partir do século XIV, estendendo-se, em algumas localidades, até o século XVII. 

Sendo o Renascimento e o Classicismo essencialmente ligados ao fenômeno humano e aos fenômenos da natureza, vão se refletir nas suas manifestações uma postura racional, em que arte e ciência são encaradas como extensão, uma da outra, e em cujo trabalho se deve dispensar o mesmo rigor formal. É necessário ao artista que vai retratar o corpo humano, seja na pintura, seja na escultura, o conhecimento científico do que é o corpo humano para que haja verossimilhança. Esta perspectiva se coordena com a postura grega de que a arte deve atingir o Bom, o Belo e o Verdadeiro. Beleza é verdade; portanto, só há beleza na arte se ela se assemelha profundamente ao real; além disso, a Beleza se liga ao conceito de Bom, que está imediatamente ligado ao conceito da dignidade humana, da exaltação das boas qualidades do homem.

Para atingir este ideal de reprodução verossímil daquilo que se vê, nas artes plásticas, os grandes expoentes do Classicismo, além de serem cientistas com profundo conhecimento da constituição da natureza, em seus aspectos biológicos, também se versaram no estudo da ótica e da matemática. Só com o estudo da ótica se poderia dar às obras a noção de perspectiva e de tridimensionalidade características de corpos sólidos. Só com o estudo da matemática haveria a possibilidade de se conhecer qual a constância universal da beleza, presente em todos os elementos da natureza. No que isso resultou? Observe com atenção!

A primeira representação de Cristo, o Cristo Todo Poderoso, é uma imagem plana, em que pouco se destaca a noção de profundidade na constituição do corpo. É uma imagem produzida no período medieval, em que a representação do corpo humano com fidelidade não era uma prerrogativa para a produção de arte. Já a segunda é uma representação classicista do mesmo Cristo. Observe o uso do sombreamento em determinadas áreas do corpo (ombros, barriga, bochechas): elas dão uma noção de profundidade, de tridemensionalidade, de volume ao corpo, o que não ocorreu com a figura anterior. Além disso, o corpo desnudo permite a exploração da beleza da anatomia humana em toda sua potencialidade.

Esta técnica de sombreamento de determinadas áreas para, com o contraste, dar-se a noção de volume, recebe o nome de claro-escuro (chiaro-oscuro) e vai ser abusivamente explorada com outros intuitos na pintura barroca.
E a tal constante matemática da beleza? Essa foi uma “descoberta” do matemático Luca Pacioli e de Leonardo da Vinci, baseada numa “descoberta” anterior, da constante (ou sequência) Fibonacci. Este Fibonacci é o matemático Leonardo de Pisa (cidade italiana de Pisa) que, ao observa o crescimento de uma população de coelhos a partir de um único casal chegou a uma sequencia constante em que um número é o resultado da soma dos dois anteriores. Assim temos que 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 31, 55, etc.

O que isso tem a ver com arte? Calma que eu chego lá.

Este número Fibonacci está envolvido com o crescimento das coisas. Ele está envolvido na proporção do crescimento das populações e das partes do corpo. A razão envolvida no crescimento da sequência é de aproximadamente 1,618 (fica mais próxima dela quanto mais elementos tem a sequência). Sendo assim, quanto mais harmonioso o crescimento de um corpo, mais próxima está a razão entre suas partes de 1,618: o número perfeito na natureza. Tão perfeito que está na proporção do crescimento das coisas, no arranjo das folhas e dos caules nas árvores, nos favos de mel das abelhas, nas sementes de girassol e no número de pétalas das margaridas.

Mais louco do que dois italianos do século XVI encontrarem uma razão na descoberta de uma constante de crescimento encontrada por outro italiano do século XIII é saber que os gregos e os egípcios já usavam o número de ouro, a proporção divina de 1,618, antes de Cristo. O número de ouro tem o nome Phi (não é pi, é phi, pronuncia-se com F) em homenagem ao arquiteto grego Phidias, que construiu o Phartenon baseando-se na razão de 1,618 para equalizar suas partes. O matemático Pitágoras, também anterior a Cristo, observou o phi nos pentagramas regulares. O phi é a proporção entre as pedras que dão forma às pirâmides dos vale do Gizé. Na Ilíada e na Eneida, Homero e Virgílio construíram estrofes maiores e menores para contar a saga de seus heróis na proporção de 1,618. Seguir o número de ouro, é, então, para os classicistas não apenas uma forma de reverenciar a ciência da natureza mas também de reverenciar a arte grega, a qual tomavam como modelo.

Resultado da aplicação? Além de em Os Lusíadas Camões situar o momento central da narração (a chegada de Vasco da Gama às Índias) no momento em que a razão de 1,618 divide a obra, o número de ouro — a proporção áurea, divina, da natureza— Leonardo da Vinci imortalizou em O homem vitruviano o uso do número de ouro como método para atingir a beleza máxima do corpo humano, método este seguido por muitos outros artistas plásticos do período (caso de Sandro Botticelli, em O nascimento de Vênus e de Michelangelo, em seu David).

 Fonte: http://literarizando.wordpress.com/2009/05/19/renascimento-e-classicismo/

22 de mar. de 2010

Em defesa da escrita - Eduardo Galeano

Nas longas noites de insônia e nos dias de desânimo, aparece uma mosca que fica zumbindo dentro da cabeça da gente: “ Vale a pena escrever? Será que que as palavras sobreviverão em meio aos adeuses e aos crimes? Tem sentido este ofício que a gente escolheu - ou pelo qual a gente foi escolhido?"
As pessoas escrevem a partir de uma necessidade de comunicação e de comunhão com os outros, para denunciar aquilo que machuca e compartilhar o que traz alegria. As pessoas escrevem contra sua própria solidão e a solidão dos demais porque supõem que a literatura transmite conhecimentos, age sobre a linguagem e a conduta de quem a recebe, e nos ajuda a nos salvarmos juntos. Em realidade, a gente escreve para as pessoas com cuja a sorte ou má sorte se sente identificado: os que comem mal, os que dormem pouco, os rebeldes e humilhados desta terra; que em geral nem sabe ler. Dentre a minoria alfabetizada, quantos dispõem de dinheiro para comprar livros?
Que bela tarefa a de anunciar o mundo dos justos e dos livres! Que função mais digna, essa de dizer não ao sistema da fome e das cadeias - visíveis ou invisíveis! Mas os limites estão a quantos metros de nós? Até onde os donos do poder nos dão permissão de ir?
A gente escreve para despistar a morte e destruir os fantasmas que nos afligem, por dentro; mas aquilo que a gente escreve só pode ser útil quando coincide de alguma maneira com a necessidade coletiva de conquista da identidade. Ao dizer "Sou assim" e assim me oferecer, acho que gostaria de, como escritor, poder ajudar muitas pessoas a tomar consciência do que são. Enquanto instrumento de revelação da identidade coletiva, a arte deveria ser considerada matéria de primeira necessidade e não artigo de luxo. Entretanto, na América Latina, o acesso aos produtos de arte e de cultura está vedado à imensa maioria das pessoas.

A obra nasce da consciência ferida do escritor e se projeta ao mundo. Então, o ato de criação é um ato de solidariedade.
Acredito no meu ofício; creio no meu instrumento. Nunca pude entender por que escrevem esses escritores que vivem dizendo, tão cheios de si, que escrever não tem sentido num mundo onde as pessoas morrem de fome. Também jamais consegui entenderos que convertem a palavra e, alvo de fúrias ou um objeto de fetichismo. A palavra é uma arma que pode ser bem ou mal usada: a culpa do crime nunca é da faca.
Crio que uma função primordial da literatura latino-americana atual consiste em resgatar a palavra, que usada e abusada com impunidade e frequência, para impedir ou atraiçoar a comunicação. Liberdade é, no meu país, o nome de uma cadeia para presos políticos; chama-se democracia a vários regimes de terror; a palavra amor define a relação do homem com seu automóvel; por revolução se entende aquilo que um novo detergente pode fazer em sua cozinha; felicidade é uma sensação que se tem ao comer salsichas. País em paz significa, em muitos lugares da América Latina, cemitério em ordem; e onde se diz homem são deveria se ler muitas vezes homem impotente.
Ao se escrever, é possível oferecer o testemunho de nosso tempo e de nossa gente, para agora e para depois, apesar da persiguição e e da censura. Pode-se escrever como se dizendo, de certa maneira: "estamos aqui, aqui estivemos; somos assim, assim fomos". Na América Latina, lentamente vai tomando força e forma uma literatura que ajuda os demais a dormir; antes tira-lhes o sono; que não se propõe enterrar os nossos mortos; antes, quer perpetuá-los; que se nega a limpar as cinzas mas, em troca procura acender o fogo.
Essa literatura continua e enriquece uma formidável tradição de palavras que lutam. Se é melhor - como cremos - a esperança à nostalgia, talvez essa literatura nascente possa chegar a merecer a beleza das forças sociais que mudarão radicalmente o curso de nossa história - mais cedo ou mais tarde, por bem ou por mal. e quem sabe ajude a guardar, para os jovens que virão, o "verdadeiro nome de cada coisa" - como dizia o poeta. (vozes e crônicas - Eduardo Galeano)

Revista Informação Pedagógica
Fonte: feijoadaliteraria.blogspot.com 

Por que não nascemos falando?

Steven Pinker, professor de Psicologia em Harvard e ex-diretor do Centro de Neurociência Cognitiva do MIT, explica que não nascemos falando porque os bebês humanos deixam o útero materno antes de seus cérebros estarem completamente formados. Se os seres humanos permanecessem na barriga da mãe  por um período proporcional aos dos outros primatas, nasceriam aos dezoito meses, exatamente a idade na qual os bebês começam a falar. Nasceríamos, portanto, falando.

Fonte: Revista Língua Portuguesa nº 15

10 de mar. de 2010

Slides Renascimento e Classicismo

Pessoal,

Estou deixando para estudo os slides que vocês viram em sala na última aula.
Há alguns que ainda não foram explorados. Comentarei sobre o conteúdo deles em nosso próximo encontro.

Clique aqui para ver os slides sobre o Classicismo

Bjão!

2 de mar. de 2010

Atenção 8ª séries: CONTO "GENNARO", (ROMANTISMO)

Olá, pessoal da 8ª série (Agora é 9º ano, né?!!!!)

Conforme informei em sala, deixo aqui o link para o conto Gennaro (clique aqui para ler), parte da obra Noite na Taverna. Esse conto está entre as histórias contidas no nosso livro "Histórias do Romantismo". Bem, como o livro ainda não chegou, vamos adiantando nossa vida, né?!!! 
Vocês deverão ler o conto, buscar compreendê-lo e então responder ao que é pedido abaixo. Muiiiiiiiiiito importante é perceber que se trata de um conto do período literário chamado de Romantismo, mais especificamente do Ultrarromantismo, onde o amor e a ideia de morte estão sempre presentes.

Outras características são os cenários sempre escuros, sombrios, a noite como lugar dos acontecimentos mais misteriosos. Há também uma aura de depressão, de remorso, de tristeza, melancolia que norteia as produções dos ultrarromânticos. Precisa ser observada a participação da mulher: muitas vezes descrita como um ser branco, alvo, pálido, semelhante a um anjo. O amor é platônico, ou seja, não há contato físico, apenas idealização, desejo, fantasia. Pode ser que no decorrer da história o contato venha a realizar-se, porém é relevante observar como a mulher se torna alvo da veneração do homem, como se fosse uma entidade divina, pura, perfeita.

Bom trabalho, pessoas chiques e internacionais!

Lembre-se que é para a próxima aula (dia 09/03).
Solicitei a vocês três recortes de revistas, iguais àqueles que trabalhamos em sala hoje.  Escolham três gravuras, imagens interessantes e cole-as em uma folha de cartolina, ou qualquer outro papel mais durinho, e leve para a sala na próxima terça.

É para terça também o texto que VOCÊS não terminaram hoje e a ficha literária!

Beijão!!!!

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