Gente,
Desculpe, mas não poderei fazer postagens novas para vocês. Aconteceram alguns compromissos fora do previsto nesta semana, o que está me ocupando demais, não permitindo que eu renove as postagens aqui. Bem, de qualquer modo, estou deixando os links para os slides que trabalhei em sala. Lembrando que as matérias constam nos livros de português de cada série. Se estiverem com tempo e dispostos, tem também aqui no arquivo do blog, basta procurar pela série indicada.
Bom estudo, galera!
Pré-Modernismo: autores
AQUI
Obs.: o lembrete em amarelo na publicação do link não se refere à turma de vocês, ok?!!!
Vanguardas Europeias (3º ano)
AQUI
1ª e 2ª Geração do Romantismo (2º ano)
AQUI
Renascimento e Classicismo (1º ano)
AQUI SLIDES
Renascimento e Classicismo 2
AQUI CONTEXTO HISTÓRICO
22 de mar. de 2012
9 de mar. de 2012
Perdoar nos reconcilia com a vida
Por que é tão difícil perdoar?
Para a neuropsicóloga e terapeuta cognitiva Maria Carla da Silva,
existe a dificuldade de perdoar porque as pessoas confundem o perdão com
uma demonstração de fraqueza, quando ele é justamente o contrário:
sinal de força de caráter, altruísmo e amor à vida. "É uma alforria da
dor e existe em três dimensões temporais. Quando você perdoa, liberta o
passado, ocupa o pr...esente
da maneira certa e vê esperança no futuro. O perdão permite nos
reconciliar não só com as pessoas mas também com a própria vida", diz
Maria Carla. No campo neurológico, ela explica que o perdão equivale a
um banho de vida, já que o sistema límbico é favorecido. "As memórias
negativas se apagam e o cérebro e todo o organismo são recompensados
porque ficam livres de um fardo energético."
7 de mar. de 2012
6 de mar. de 2012
LER DEVIA SER PROIBIDO
«A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Guiomar de Grammon
In: PRADO, J. & CONDINI, P. (Orgs.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999. pp. 71-3.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para
realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo
insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o
homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me
deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro,
coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram
meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha
de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma
Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em
delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.»
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.»
Guiomar de Grammon
In: PRADO, J. & CONDINI, P. (Orgs.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999. pp. 71-3.
27 de fev. de 2012
Roteiro, slides e vídeos para os 2ºs e 3ºs anos
Pessoal,
Deixando então, conforme combinado, os slides de sala de aula para a galera dos 2ºs e 3ºs anos.
Deixando então, conforme combinado, os slides de sala de aula para a galera dos 2ºs e 3ºs anos.
Roteiro 2º ano:
Barroco e Arcadismo (revisão do ano passado). Caso precisem, vocês podem dar uma lidinha Aqui (Barroco) e também Aqui (Arcadismo 1) e Aqui (Arcadismo 2 Contexto histórico e início do movimento)25 de fev. de 2012
Esperança: a primavera vai chegar!
“Muitas
vezes a nossa vida se compara a de uma árvore. Assim como a árvore, nós
também vivemos diferentes estações. Não há como fugir delas. O inverno
talvez seja a estação mais triste. As folhas começam a murchar até
caírem completamente. As flores já não existem mais, os frutos
desaparecem. O que resta, para quem observa a pobre árvore, são os
galhos retorcidos que, uma vez expostos, revelam as imperfeições antes
escondidas pela beleza superficial. Mas não devemos nos enganar: aquilo
que parece estar matando a árvore na verdade é essencial para sua
sobrevivência. Ainda que o inverno esteja rigoroso, seco, sem cor ou
perfume, a árvore não está morta. A vida ainda está dentro dela. As
forças, antes usadas para embelezar a árvore, agora são gastas para
fazê-la crescer, onde ninguém vê, aprofundando suas raízes. Dizem que em
muitos lugares onde não há inverno as árvores não produzem frutos.
E
assim também acontece conosco. Muitas vezes Deus nos guia até o deserto
para ali nos revelar o nosso próprio coração (Dt. 8:2). Toda a beleza
superficial desaparece e passamos a enxergar as nossas próprias falhas e
limitações. Nossa justiça própria se revela como um ‘trapo de
imundície’ (Is. 64:6) e nós murchamos como as folhas de uma árvore seca.
As circunstâncias que não podemos mudar e os sonhos que parecem não se
realizar nos levam a um estado de desconsolo e desesperança semelhante
ao de uma árvore no inverno, adoecendo o nosso coração (Pv. 13:12).
Muitos
se perdem exatamente aí, no inverno de suas vidas. Mas, em vez disso,
podemos nos render ao processo divino de fazer morrer o que é
superficial e ganhar vida no interior. São mudanças de valores que fazem
parte do nosso crescimento espiritual. O inverno é uma oportunidade de
conhecermos a nós mesmos e de sermos transformados na medida em que
conhecemos a Deus intimamente. É no inverno da alma que podemos aprender
a dependência total para com o Senhor e a desfrutar o descanso em sua
soberana vontade. É na morte do ‘eu’ que renascemos para uma nova vida:
aquela que Deus tem para nós. É na falência de nossas próprias
tentativas que passamos a experimentar o braço do Senhor agindo em nosso
lugar. É quando não podemos mais seguir adiante que Deus nos carrega em
Seu colo paterno e, então, podemos chegar onde devemos ir. É na nossa
limitação que experimentamos o poder de Deus se aperfeiçoando em nossa
fraqueza. É assim que trocamos os trapos da nossa justiça própria pela
obra perfeita e graciosa de Cristo na cruz.
Durante
o inverno, podemos simplesmente nos render e adorar. É verdade que às
vezes nos debatemos, mas quando enfim nos rendemos, entramos como que em
um estado de hibernação, onde ‘dormimos’ interiormente. Nossos sonhos,
projetos, as promessas de Deus para nós parecem estar em um ‘estado de
espera’. E realmente estão, elas não morreram. As palavras de vida,
proclamadas por Deus a nosso respeito, estão dentro de nós, aguardando o
tempo oportuno. São promessas do Senhor para o nosso casamento, para
nossos filhos, para nossos ministérios. E enquanto descansamos no Senhor, Ele trabalha para cumprir cada uma de suas palavras.
Durante
o inverno tudo o que podemos fazer é esperar; é ter a esperança da
próxima estação. E quando a primavera chegar, aquela pobre e sofrida
árvore sofrerá uma maior transformação! As águas irão regá-la novamente e
ela voltará a dar flores, frutos e suas folhas verdes serão mais
bonitas do que nunca! Creia: a primavera vai chegar! E
aquilo que você tanto espera deixará de ser esperança, pois você tocará
as flores, comerá os frutos e viverá o cumprimento das promessas! Assim
como a noite escura passa e a alegria vem com o amanhecer, em breve a
luz do Senhor vai acender o seu coração adormecido.
No mais, deixamos com você algumas palavras do profeta Jeremias:
‘Quero
trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do
SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas
misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua
fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto,
esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma
que o busca. Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio.’
(Lm. 3:21-26).
Somente a Deus seja a glória.”
Somente a Deus seja a glória.”
Pra. Ana Paula Valadão Bessa.
10 de julho de 2004
23 de fev. de 2012
O pote e a água
A poesia não é uma expressão do ser do poeta.
É uma expressão do não-ser do poeta.
É uma expressão do não-ser do poeta.
O que escrevo não é o que tenho;
é o que me falta.
é o que me falta.
Escrevo porque tenho sede e
não tenho água.
não tenho água.
Sou pote. A poesia é água.
Rubem Alves
Arriscar é o nome do jogo
É
preciso se expôr sem medo de dar vexame.
É preciso colocar o trabalho na rua.
É
preciso saber ouvir um não e, depois de secar as lágrimas, seguir batalhando.
Arriscar é o nome do jogo. Muitos perdem, poucos ganham.
Mas quem não
tenta, não tem ao menos o direito de reclamar.
Martha
Medeiros
Premiado
Eu acredito no amor. Não como uma salvação.
Mas como um prêmio de quem consegue se achar.
E se conhecer.
Fernanda Mello
18 de fev. de 2012
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