Romances de Cordel, Ferreira Gullar
1- B
O contexto histórico da obra
Romances de Cordel refere-se à ditadura militar e não à Independência.
2- B
As histórias são ambientadas não somente no cenário rural (
João Boa-Morte , cabra marcado pra morrer), como afirma a questão, mas também no meio urbano (
Quem matou Aparecida?).
3- Todas estão corretas.
O santo e porca, Ariano Suassuna
1- F - A obra situa-se no Nordeste e tem como espaço cênico a sala da casa de Euricão Engole Cobra.
V- Apesar de o contexto histórico apontar para o governo JK (1956-1961) e realmente ter sido um momento de grande crescimento econômico para o nosso país, é preciso fazer uma leitura crítica das circunstâncias de desigualdades sociais que desde sempre existiram e existem até hoje.
2- Todas as alternativas são verdadeiras.
Sermão do Bom ladrão, Pe. Antônio Vieira
1- a) A afirmação central foi expressa em cima do seguinte paradoxo: "o roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz piratas, o roubar com muito, os Alexandres".
b) Resposta pessoal.
Aluno, é importante que você perceba que o autor mostra-se irônico. Não é o pensamento dele que é absurdo, paradoxal, mas a realidade social a que ele se refere.
2- Para Vieira a culpa deve ser relativizada. Há para o autor dois tipos de ladrôes: os miseráveis, desculpados pela própria miséria que os constrangeu ao crime, e os de maior calibre, os poderosos, ligados aos governos, cujo crime é maior e afeta um grande número de vítimas, e para os quais não pode haver desculpa.
3- Um exemplo é o seguinte: "... os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam."
4- Vieira diz que o Seronato era rigoroso na condenação de ladrões, não porque estivesse preocupado com o rigor da justiça, mas porque, condenando-os à morte, eliminava seus concorrentes ao ofício de ladrão.
Poemas Escolhidos, Cláudio Manoel da Costa
1- No primeiro soneto é o rio de Portugal, Mondego; no segundo é o rio brasileiro, o Ribeirão do Carmo, em Mariana.
2- O eu lírico revela sentimentos de amizade, confiança e de dependência afetiva em relação ao Mondego; e de piedade, comiseração pela inferioridade poética do rio brasileiro.
3- O rio europeu é claro, suavíssimo, fresco, ameno, margens úmidas, habitado por ninfas... O rio brasileiro é turvo(sujo), é o campo da ambição, produz ouro, não produz sombra fresca, nem há ninfas cantando em suas margens.
4- Não. O
locus amoenus (lugar ameno) pressupõe uma paisagem perfeita, aprazível: a natureza idealizada, as flores, os pássaros, as brisa, o riacho... A paisagem por onde passa o Ribeirão do Carmo não possui os elementos convencionais, como a sombra do álamo, a ninfa (mitologia) e o gado para a convenção do pastoralismo.
5- As águas do rio são turvas (sujas) por causa do garimpo do ouro aluvião. Assim, associam-se a elas (as águas) o ciclo do ouro de MG e a ambição dos exploradores, que dominaram a história da colônia no século XVIII ("riquíssimo tesouro", "brota de ouro").