4 de nov. de 2010

De pé 2

"Vou viver o que os meus inimigos nem sonham
Ser a flecha que mais longe irá chegar..."
Renascer Praise

A felicidade virou mar

"Não, isso não é lágrima, não.
É que a felicidade virou mar dentro de mim e a maré acabou de subir"
André Gonçalves

De pé

Depois de todo esse vento,
Sobraram desmaios em mim.
Desabei. Caí das nuvens.
Justo eu, intensa e firme,
 Que pensava ser feita de amor!

Escondo o sorriso e vejo um rio
Correr por dentro, prometendo desaguar nos olhos.
As incertezas trazem derrames e da flor
Sobra um espinho agudo e perfurante.

Mas, perdão se não cedo!
Continuo constituída de um material
Sólido e eterno como a alegria que
Não deixa meu ser se entregar.

Há dores ainda. Desilusões, aos montes.
Porém, mais forte que a dor é a certeza
De que o Sol da justiça nasceu por mim e

Deu-me o encargo de ser incondicionalmente feliz.

Só mais um pouquinho de tempo, minh'alma!

SOU MAIS FORTE DO QUE O CINZA DESTES DIAS.
EU SEI QUE FLORESCERÁ O SONHO QUE PLANTEI
AOS TEUS PÉS, MEU AMADO!


1 de nov. de 2010

O que o amor tirou de mim

Li e suspirei...

 

O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios.

Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar.

O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia.

O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo.

O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes.

 O amor tirou de mim tudo que era falta.



Marla de Queiroz

Doce Novembro












Chegue com doçura, Novembro
e anuncie algo vindo do futuro.
Novo tempos, felicidade em garrafadas.

Abomina este teu cheiro pagão de morte.
Jogue perfume e descanso neste cansaço íntimo de mim. 

Venha, Novembro!
Encha-me de lirismo
Mostra-me a face nova do amor.

Diga-me que Dezembro fará da
nova vida doce de ser feliz,
sol de dormir tarde, canção para
bailar, música de esquecer o medo.

Que em ti, Novembro, os sonhos amanheçam
reais e a tristeza seja deixada na solidão
de um qualquer cais.

Gabarito Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne

Pessoal, perdão por não ter postado antes, conforme combinei com vocês! É esta vida super corridaaaaaa...

Bjos!!!

1- Os alemães Axel e seu tio, o professor Otto Lidenbrock e o islandês Hans Bjelke.

2- Saknussemm.

3- O manuscrito foi escrito com caracteres rúnicos. O professor explicou a Axel que as runas eram caracteres (letras) utilizados na Islândia há muito tempo.

4- Hans amontoou pedaços de rochas ao longo do caminho para orientar o retorno. Mas eles voltariam por caminho completamente diferente. Eles deixariam o interior da Terra por um vulcão localizado na Itália.

5- Na Islândia, em uma cratera do vulcão Sneffels.

6- Elas seguiram a orientação deixada pelo sábio Saknussem no pergaminho: ao meio-dia, antes do início de julho, a sombra do pico Scartaris se projetaria na entrada correta - o que realmente ocorreu.

7- F-V-F-F

8- O primeiro grande problema enfrentado foi a falta de água.

9- O professor deu o último gole de água para Axel, que já perdia as forças. O gesto demonstra amor porque o professor resistiu à vontade de beber a fim de garantir água para o sobrinho.

10- Hans conseguiu encontrar água corrente, quando eles já estavam quase sem forças.

11- Axel descobriu um efeito acústico na parede de pedra do lugar onde estava. Graças a esse efeito, ele podia ouvir seu tio e falar com ele.

12- Resposta pessoal.

13- Eles assistiram à luta entre um ictiossauro e um plesiossauro.

14- Eles encontraram um punhal, de cerca de 300 anos, época em que vivera Arne Saknussemm; em seguida, acharam uma placa de granito com as iniciais do sábio.

15- Eles usaram algodão-pólvora para explodir o bloco de pedra e, assim, desimpedir a passagem.

16- Eles saíram em Stromboli, na Sicília, região da Itália.

17- Resposta pessoal.

18- Não será necessário fazer a questão número 18.

Beijos!
Adoro vocês!!!

28 de out. de 2010

O homem feito, Fernando Sabino

Pessoal da 8ª série,

O livro O homem feito pode parecer uma grande incógnita para a maioria de vocês, mas não desanimem!!!

Primeiro, é importante salientar que uma das temáticas recorrentes na escrita de Fernando Sabino é a angústia do homem contemporâneo e seus momentos de tentativa de isolar-se. Na verdade, é o desejo do homem de encontrar-se consigo mesmo. A simbologia é altamente trabalhada no enredo. Cada obejto, ação do personagem ou alterações da natureza têm um significado próprio, como num sonho.

A epígrafe com os versos de Mário de Andrade revelam desde o primeiro momento o desenrolar da história:

"Me deixem num canto apenas, que seja este canto somente, 
Suspirar pela vida que nasceria apenas do meu ser!"

O personagem principal, Luís, desiludido, não sabemos bem por que, isola-se numa montanha, distante da cidade. Ali, através da ajuda do "menino", o homem começa a reviver alguns fatos de sua infância e aos poucos vai conseguindo reencontrar e libertar-se do desejo doentio de isolamento.

A montanha, cercada por matas e pedras, e a cabana, suja e escura, são símbolos da alma cheia de dureza e dores daquele ser entristecido. As pedras, por exemplo, transmitem a ideia do coração endurecido do homem. Luís estava amargurado e em crise: além de ter fugido para a montanha, ele acabou matando todos os animais que cruzavam seu caminho. Somente o garoto, também de nome Luís, consegue aproximar-se do homem. Pouco a pouco, a criança, que antes parecia um intruso, conquista o homem. Juntos, homem e menino, revivem momentos da infância do adulto, o que ajuda a trazer de volta a vontade de viver. Assim, podemos afirmar que a presença infantil é um ponto crucial na narrativa: ela representa a linha divisória entre a fantasia e a realidade. Basta lembrar que o garoto aparece justamente no instante do ímpeto suicida do protagonista. A realidade só se separa da fantasia quando o amigo do Luís adulto aparece para visitá-lo e alerta-o do perigo de enlouquecer ao qual está se expondo. É o princípio do fim...

O vídeo a seguir dialoga com o livro. Assistam-no e façam as associações.

Beijos, galera!!!

Diálogo com o livro O homem feito:14 Bis - Bola de Meia, Bola de Gude (Legendado).avi

Gabarito comentado 1º ano: obras PAES 2010

Romances de Cordel, Ferreira Gullar

1- B
O contexto histórico da obra Romances de Cordel refere-se à ditadura militar e não à Independência.

2- B
As histórias são ambientadas não somente no cenário rural (João Boa-Morte , cabra marcado pra morrer), como afirma a questão, mas também no meio urbano (Quem matou Aparecida?).

3- Todas estão corretas.

O santo e porca, Ariano Suassuna

1-  F - A obra situa-se no Nordeste e tem como espaço cênico a sala da casa de Euricão Engole Cobra.
     V- Apesar de o contexto histórico apontar para o governo JK (1956-1961) e realmente ter sido um momento de grande crescimento econômico para o nosso país, é preciso fazer uma leitura crítica das circunstâncias de desigualdades sociais que desde sempre existiram e existem até hoje.

2- Todas as alternativas são verdadeiras.

Sermão do Bom ladrão, Pe. Antônio Vieira

1- a) A afirmação central foi expressa em cima do seguinte paradoxo: "o roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz piratas, o roubar com muito, os Alexandres".

b) Resposta pessoal.
Aluno, é importante que você perceba que o autor mostra-se irônico. Não é o pensamento dele que é absurdo, paradoxal, mas a realidade social a que ele se refere.

2- Para Vieira a culpa deve ser relativizada. Há para o autor dois tipos de ladrôes: os miseráveis, desculpados pela própria miséria que os constrangeu ao crime, e os de maior calibre, os poderosos, ligados aos governos, cujo crime é maior e afeta um grande número de vítimas, e para os quais não pode haver desculpa.

3- Um exemplo é o seguinte: "... os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam."

4- Vieira diz que o Seronato era rigoroso na condenação de ladrões, não porque estivesse preocupado com o rigor da justiça, mas porque, condenando-os à morte, eliminava seus concorrentes ao ofício de ladrão.

Poemas Escolhidos, Cláudio Manoel da Costa

1- No primeiro soneto é o rio de Portugal, Mondego; no segundo é o rio brasileiro, o Ribeirão do Carmo, em Mariana.

2- O eu lírico revela sentimentos de amizade, confiança e de dependência afetiva em relação ao Mondego; e de piedade, comiseração pela inferioridade poética do rio brasileiro.

3- O rio europeu é claro, suavíssimo, fresco, ameno, margens úmidas, habitado por ninfas... O rio brasileiro é turvo(sujo), é o campo da ambição, produz ouro, não produz sombra fresca, nem há ninfas cantando em suas margens.

4- Não. O locus amoenus (lugar ameno) pressupõe uma paisagem perfeita, aprazível: a natureza idealizada, as flores, os pássaros, as brisa, o riacho... A paisagem por onde passa o Ribeirão do Carmo não possui os elementos convencionais, como a sombra do álamo, a ninfa (mitologia) e o gado para a convenção do pastoralismo.

5- As águas do rio são turvas (sujas) por causa do garimpo do ouro aluvião. Assim, associam-se a elas (as águas) o ciclo do ouro de MG e a ambição dos exploradores, que dominaram a história da colônia no século XVIII ("riquíssimo tesouro", "brota de ouro").

24 de out. de 2010

O santo e a porca e Romances de Cordel: slides de sala de aula

Pessoal,

Além dos estudos das obras, deixo aqui no blog os slides que trabalhei com vocês em sala. Lembrem-se que a leitura do livro é sempre indispensável para o entendimento global, viu?!!!

Poemas Escolhidos, Cláudio Manoel da Costa

Romances de Cordel, Ferreira Gullar

O santo e a porca, Ariano Suassuna


Boa leitura, galera!

Diálogo com o Sermão do bom ladrão: Ladrao Besta e o Sabido, Caju e Castanha

Peleja de Zé Molesta com Tio Sam - vídeo ótimoooooooooooo

Pessoal, está aí o vídeo que falei sobre a história Peleja de Zé Molesta com Tio Sam, uma das quatro histórias do livro "Romances de Cordel", de Ferreira Gullar. É muito bom!

Kino-Olho n.58

Espetáculo Teatral O Santo e a Porca, Ariano Suassuna

Deixo aqui para os alunos dos 1º anos os vídeos do Youtube sobre a obra o Santo e a Porca, do escritor Ariano Suassuna. Como o seminário está próximo, acho que ajuda a ter uma ideia de como preparar a peça. É apenas o primeiro ato, mas é bem divertido e tem até uma coreografia na introdução. Muito bommmmmm!!!!!

Bom trabalho, queridos!!!
Adoro vocês e estou torcendo pelo sucesso no PAES!!!!!!!!
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