27 de fev. de 2012

Roteiro, slides e vídeos para os 2ºs e 3ºs anos

Pessoal,
Deixando então, conforme combinado, os slides de sala de aula para a galera dos 2ºs e 3ºs anos.

Roteiro 2º ano:
Barroco e Arcadismo (revisão do ano passado). Caso precisem, vocês podem dar uma lidinha Aqui (Barroco) e também Aqui (Arcadismo 1) e Aqui (Arcadismo 2 Contexto histórico e início do movimento)

25 de fev. de 2012

Bonitezas

O CORAÇÃO ALEGRE AFORMOSEIA O ROSTO
Provérbios de Salomão 15.13a

Ao som da música do céu

"EU VOU DANÇAR SOBRE TODA DOR..." 
Diante do Trono

Esperança: a primavera vai chegar!



Muitas vezes a nossa vida se compara a de uma árvore. Assim como a árvore, nós também vivemos diferentes estações. Não há como fugir delas. O inverno talvez seja a estação mais triste. As folhas começam a murchar até caírem completamente. As flores já não existem mais, os frutos desaparecem. O que resta, para quem observa a pobre árvore, são os galhos retorcidos que, uma vez expostos, revelam as imperfeições antes escondidas pela beleza superficial. Mas não devemos nos enganar: aquilo que parece estar matando a árvore na verdade é essencial para sua sobrevivência. Ainda que o inverno esteja rigoroso, seco, sem cor ou perfume, a árvore não está morta. A vida ainda está dentro dela. As forças, antes usadas para embelezar a árvore, agora são gastas para fazê-la crescer, onde ninguém vê, aprofundando suas raízes. Dizem que em muitos lugares onde não há inverno as árvores não produzem frutos.
 

E assim também acontece conosco. Muitas vezes Deus nos guia até o deserto para ali nos revelar o nosso próprio coração (Dt. 8:2). Toda a beleza superficial desaparece e passamos a enxergar as nossas próprias falhas e limitações. Nossa justiça própria se revela como um ‘trapo de imundície’ (Is. 64:6) e nós murchamos como as folhas de uma árvore seca. As circunstâncias que não podemos mudar e os sonhos que parecem não se realizar nos levam a um estado de desconsolo e desesperança semelhante ao de uma árvore no inverno, adoecendo o nosso coração (Pv. 13:12).
 
Muitos se perdem exatamente aí, no inverno de suas vidas. Mas, em vez disso, podemos nos render ao processo divino de fazer morrer o que é superficial e ganhar vida no interior. São mudanças de valores que fazem parte do nosso crescimento espiritual. O inverno é uma oportunidade de conhecermos a nós mesmos e de sermos transformados na medida em que conhecemos a Deus intimamente. É no inverno da alma que podemos aprender a dependência total para com o Senhor e a desfrutar o descanso em sua soberana vontade. É na morte do ‘eu’ que renascemos para uma nova vida: aquela que Deus tem para nós. É na falência de nossas próprias tentativas que passamos a experimentar o braço do Senhor agindo em nosso lugar. É quando não podemos mais seguir adiante que Deus nos carrega em Seu colo paterno e, então, podemos chegar onde devemos ir. É na nossa limitação que experimentamos o poder de Deus se aperfeiçoando em nossa fraqueza. É assim que trocamos os trapos da nossa justiça própria pela obra perfeita e graciosa de Cristo na cruz.
 
Durante o inverno, podemos simplesmente nos render e adorar. É verdade que às vezes nos debatemos, mas quando enfim nos rendemos, entramos como que em um estado de hibernação, onde ‘dormimos’ interiormente. Nossos sonhos, projetos, as promessas de Deus para nós parecem estar em um ‘estado de espera’. E realmente estão, elas não morreram. As palavras de vida, proclamadas por Deus a nosso respeito, estão dentro de nós, aguardando o tempo oportuno. São promessas do Senhor para o nosso casamento, para nossos filhos, para nossos ministérios. E enquanto descansamos no Senhor, Ele trabalha para cumprir cada uma de suas palavras.
 
Durante o inverno tudo o que podemos fazer é esperar; é ter a esperança da próxima estação. E quando a primavera chegar, aquela pobre e sofrida árvore sofrerá uma maior transformação! As águas irão regá-la novamente e ela voltará a dar flores, frutos e suas folhas verdes serão mais bonitas do que nunca! Creia: a primavera vai chegar! E aquilo que você tanto espera deixará de ser esperança, pois você tocará as flores, comerá os frutos e viverá o cumprimento das promessas! Assim como a noite escura passa e a alegria vem com o amanhecer, em breve a luz do Senhor vai acender o seu coração adormecido. 
No mais, deixamos com você algumas palavras do profeta Jeremias:
‘Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em silêncio.’ (Lm. 3:21-26).
  
Somente a Deus seja a glória.”
Pra. Ana Paula Valadão Bessa.
10 de julho de 2004

23 de fev. de 2012

O pote e a água

A poesia não é uma expressão do ser do poeta. 
É uma expressão do não-ser do poeta. 
O que escrevo não é o que tenho; 
é o que me falta. 
Escrevo porque tenho sede e 
não tenho água. 
Sou pote. A poesia é água. 

Rubem Alves

O mundo é meu

Nada é pouco quando o mundo é meu!
Clarice Lispector

Arriscar é o nome do jogo


É preciso se expôr sem medo de dar vexame. 
É preciso colocar o trabalho na rua. 
É preciso saber ouvir um não e, depois de secar as lágrimas, seguir batalhando. Arriscar é o nome do jogo. Muitos perdem, poucos ganham. 
Mas quem não tenta, não tem ao menos o direito de reclamar.

Martha Medeiros

Abraço

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
Mário Quintana

Premiado

Eu acredito no amor. Não como uma salvação. 
Mas como um prêmio de quem consegue se achar.
E se conhecer.

Fernanda Mello

14 de fev. de 2012

Você é especial, Max Lucado

Como é bom ser amado pelo que se é, sem o peso de ter que corresponder às expectativas alheias!
 

A literatura e os gêneros literários

Pessoal,
Sobre o conceito de literatura, nossa primeira matéria, você precisa se lembrar que não há um conceito unívoco, mas que a Literatura pode ser entendida como a arte da palavra, pois o artista ao "trabalhar" os possíveis sentidos de um termo, cria significados simbólicos, os quais ultrapassam o sentido objetivo, reconhecido como verdade absoluta, a concepção dicionarizada.
Ai, você pode dizer: "Dani, continuo sem entender..."

5 de fev. de 2012

Teste: que poema de Fernando Pessoa você é?

Responda ao teste desenvolvido por Fernando Segolin, professor de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, e veja com qual poema de qual heterônimo pessoano você se identifica:

Super interessante e elucidador: vale a pena!
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/testes/que-poema-de-fernando-pessoa-e-voce.shtml
Meu resultado: Dois poemas de Ricardo Reis e um de Álvaro de Campos

Boca Roxa
“Bocas roxas de vinho,
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa;

Tal seja, Lídia, o quadro
Em que fiquemos, mudos,
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses.

Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas.

Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas.
(“Bocas Roxas”, 08/1915)

Sim“Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.”
(“Sim”; 07/1931)

Ricardo Reis é o poeta clássico, de formação católica rígida e monarquista. Entre os heterônimos, tem o temperamento mais “certinho”. Sua poesia transpira fatalismo, de quem se sente marcado pelo fado antes mesmo do nascer. Por isso, acredita Reis, o melhor a fazer é aceitar o que acontece e levar a vida sem grandes alegrias, nem tristezas, evitando as paixões, porque elas passam e causam sofrimento.

Apontamento, Álvaro de Campos
“A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.

Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.

Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.

Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?

Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmo, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.

Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.
(“Apontamento”; 1929)

Cosmopolita, trilíngue (inglês e francês, além do português natal), alma andarilha, Álvaro de Campos é o oposto de Caeiro. Gosta das máquinas e engrenagens e das sensações da grande cidade – esse é o seu lado eufórico. Mas também é o heterônimo de Pessoa que mais se desiludiu com a própria poesia, admitindo que tudo o que escreveu não passou de palavras, ilusão.


Gostei do resultado, salvo algumas importantes exceções, hehehe!


Para saber mais sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos, leia a entrevista com Fernando Segolin, professor de Pós-Graduação de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP e “pessoano” por excelência
Powered By Blogger

Flickr