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21 de jun. de 2010

Prece para quem se ama

Se dar sem receber é adubar a semente frutífera do amor.Amar é essência divina. 
Me lembrei agora do fabuloso livro "O Pequeno Príncipe": "Só se ver bem com o coração. O essencial é invísivel aos olhos"

O texto a seguir é da Ana Jácomo, dona de um blog (http://anajacomo.blogspot.com/)que é uma das coisas mais lindas e emocionantes que os meus olhos e minha sensibilidade leitora já pode ver/ler/sentir.


Prece para quem se ama


Desejo que a sua vida inteira seja abençoada, cada pequenino trecho dela, em toda a sua extensão. Que cada bênção abrace também as pessoas que ama e seja tão vasta que leve abraço a outros tantos seres, sobretudo àqueles que mais sofrem, seja lá por que sofrem. Desejo que os nós que apertam o seu coração sejam gentilmente desatados e que os sentimentos que os formaram se transformem na abertura capaz de criar belos laços de afeto. Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo.

Desejo que volte para o seu mar quantas vezes forem necessárias até encontrar o seu tesouro. Que quando encontrá-lo, não seja avarento. Que descubra maneiras para compartilhar a sua felicidade, o jeito mais gostoso para se expandir a riqueza. Desejo que quando os ventos da mudança ventarem mais forte, e sentir medo de ser carregado junto com tudo o que parecerem arrastar, você já conheça o lugar onde nada pode arrastá-lo. Que já saiba maneiras de respirar mais macio, quando as circunstâncias lhe encurtarem o fôlego. Que, com o passar do tempo, a sua alma se torne cada vez mais maleável, mas que seja firme o bastante para nunca desistir de você.

Desejo que tudo o que mais lhe importa floresça. Que cada florescimento seja tão risonho e amoroso que atraia os pássaros com o seu canto, as borboletas com as suas cores, o toque do sol com seu calor mais terno, e a chuva que derrama de nuvens infladas de paz. Desejo que, mais vezes, além de molhar só os pés, você possa entrar na praia da poesia da vida com o coração inteiro e brincar com a ideia que cada onda diz. Que, ao experimentar um caixote ou outro, não se arrependa por ter entrado na água, nem desista de brincar. Todo mundo experimenta um caixote ou outro, às vezes um monte deles, quando se arrisca a viver. O outro jeito é estar morto. O outro jeito é não sentir.

Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração as mudas daquelas mais luzentes. Que tenha sabedoria para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida. Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, saúde na alma, saúde à beça.

Desejo que encontre maneiras para se fazer feliz no intervalo entre o instante em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir, porque a verdade é que a gente não sabe se tem outro dia. Que quanto mais passar a sua alma a limpo, mais descubra, mais desnude, mais partilhe, com medo cada vez menor, a beleza que desde sempre você é. Que se sinta livre e louco o bastante pra deixar a sua essência florir.
Não importa quanto tempo passe, não importa onde eu esteja, não importa onde esteja você, abra os olhos pra dentro e ouça: o meu coração estará dizendo esta mesma prece de amor para o seu. Amor incondicional, exatamente como neste instante. Não importa o quanto a gente mude, o quanto a distância aparente nos afastar, isto que sinto por você, eu sei, não muda nunca mais.

17 de jun. de 2010

Robinson Crusoé: uma das mais emocionantes histórias de sobrevivência e amizade de todos os tempos

Magnífico, eis o melhor termo para definir Robinson Crusoé, de Daniel Defoe.


Adiantando os fatos: O livro conta a história de Robinson Crusoé, jovem marinheiro inglês. Um dia decide seguir seu caminho e parte para uma aventura sem avisar ninguém, embarcando em um navio. Como castigo do destino, seu navio é pego por uma tempestade e naufraga. Toda a tripulação morre, exceto o jovem Crusoé, encalhado naquela ilha do Caribe. Lá ele tem duas escolhas: deixar levar pela maré ou lutar pela sua vida...

Deixo aqui para as 6ª séries um link que direciona para uma página onde vocês encontrarão o livro para ler. Caso prefiram, podem fazer a impressão também,ok?!!! 


O Mágico de Oz: lindooooooo livro, gente!

É engraçado como alguns livros têm o poder de despertar em nós o senso de humanidade, solidariedade e amizade que a loucura dos dias tenta roubar. É o caso de "O Mágico de Oz" (acrescento à lista os clássicos perfeitos "O Pequeno Príncipe" e "Dom Quixote"): a lição de amizade, a busca pela realização dos sonhos e a perseverança são marcas dessa obra tão linda que até dói o peito. Chorei lendo, me surpreendendo com o Homem de Lata em busca de um coração que na verdade possui e nem sabe, com o Espantalho, tão inteligente e perspicaz, mesmo sendo constituído apenas de palha (me lembra muito o Sancho Pança ao governar sua tão sonhada ilha, em Dom Quixote...) e o Leão Medroso, todavia cheio do medo que nos faz cautelosos, no entanto indesistíveis. Amooooooooooooooooooo essa obra literária!

Livro para criança não é. Pelo menos, na minha opinião! São histórias para pessoas humanas, para essa espécie que parece estar em vias de extinção.

Queridos alunos da 5ª Série!
Estava faltando um espaço para vocês neste blog, né? 
Acho que até então não havia feito nenhuma postagem para as turminhas tão lindas e aplicadas que dá gosto de ver. Ok! Então, para corrigir o erro, começo deixando um link para que leiam o livro "O Mágico de Oz" aqui na telinha do computador. Eu, sinceramente, não consigo ficar muito tempo exposta à luz da tela, mas se conseguem, por mim está tudo bem. Ainda sou do tempo que pegar um livro, deitar com ele, fazer anotações em suas páginas era parte de um ritual de amor ao conhecimento e à própria leitura, mas tudo bem! Cada um com seu quadrado, não é mesmo?!!! 

Clique nos links para ler:

O mágico de Oz - Parte 1 
O Mágico de Oz - Parte 2 
O Mágico de Oz - Parte 3


Beijosssssssssss!

16 de jun. de 2010

Com vocês: Dom Casmurro!

 Já que, neste junho frio de doer até a alma, estamos em clima machadiano, vejam o livro clip da obra Dom Casmurro, nosso próximo alvo de estudos.

A cartomante, Machado de Assis

Oi, pessoal da 8ª série!

Vocês são testemunhas: eu bem que tentei passar o vídeo sobre o conto A CARTOMANTE. Sei lá, essas tecnologias andam de mal comigo, gente! Logo eu, tão boazinha!!! (rsrsrs). Já que o som não colaborou muito, deixo aqui para vocês assistirem com calma, no doce sossego do lar...

Beijos!!!



Marisa Monte: é fugere urbem puro!!!!

Pessoal,

Vejam, abaixo, a letra da canção Vilarejo, da Marisa Monte. Assim como o poema do Drummond que trabalhamos em sala, a música é um diálogo moderno com a temática do Arcadismo.

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for.

Observem que a descrição do vilarejo como um lugar capaz de "acalmar o coração", lugar de perfeição e equilíbrio é muito semelhante às características árcades que estudamos. Aqui, merece destaque o fugere urbem, a fuga da cidade, afinal, como diz a letra, até o "Paraiso se mudou para lá", por isso o convite para viver em um lugar tão harmonioso, de tanta paz, clara oposição à correria das cidades que ameaça corromper, stressar e deixar o homem, de ontem e de hoje, doidãooooooooooooooo. Há também o culto ao locus amoenus, a aurea mediocitas e o bucolismo, presenças fortes do Arcadismo.


Beijão!
Boa Prova, Lindosssss!

14 de jun. de 2010

Arcadismo: eu quero uma casa no campo!!!!!!!!!!!!!

Galerinha dos 1ºs anos,

Deixo aí, abaixo, dois vídeos sobre o Arcadismo.


Ao término desta semana, vocês farão uma prova com o intuito de verificar o que apreenderam até aqui desse estilo de época que visa contrapor os exageros do movimento Barroco.É a ideia da casa no campo, da vida simples, mas tudo tão artificial: digo isso para que você se lembre de uma característica importantíssima para se entender a produção árcade: o convencionalismo. Convencional é aquilo que é resultado de uma convenção, de um acordo, um pacto. Bem, os poetas árcades estavam acordados sobre, no mínimo, dois pontos: entendiam que a produção barroca era exagerada e de mau gosto, sabiam também que o modelo clássico, da Antiguidade Clássica (aquele praticado no Classicismo) e autores como Horácio e Virgílio eram sinônimos de bom gosto, de equilíbrio, racionalidade e de bela escrita. Assim, a produção literária árcade é o resultado da imitação dos modelos greco-latinos de produção poética. Se imitar, nos dias atuais, é entendido como plágio, naquela época saber fazer uma boa imitação era ser um bom poeta.

Se você não entendeu ainda, leia a explicação abaixo:
O termo Arcadismo se deve ao batismo das academias literárias com o título de Arcádias. Essas academias já existiam no século XVII, durante o Barroco. Era nelas que os poetas europeus se reuniam para discutir técnicas de poesia e mostrar suas composições em saraus que eram bastantes competitivos. Naquela época, o poeta que compusesse os textos mais desafiadores da linguagem, com maior inventidade poética, mais palavras difíceis e rebuscamentos de expressão, mais desafiadores à compreensão do leitor (ou seja, os mais difíceis), era considerado o melhor. Só que com o passar do tempo, eles exageraram tanto no rebuscamento que a coisa começou a ser considerada de mau gosto. Esse processo é muito natural. As academias existiam já desde o século XVII. E nessa época elas eram academias. No século XVIII, alguém, que achava que essa história de rebuscar muito a linguagem artística era coisa velha e brega, e que apreciava a linguagem simples e elegante da poesia clássica de Virgílio e Horácio (grandes expoentes da literatura romana e grega), achou que deveria fundar uma academia completamente diferente das que existiam. Um clube descolado, só para gente que embarcasse na nova onda de fazer uma arte completamente diferente da que se fazia na época. E uma academia assim tinha que ter um nome descolado. Como esses dois poetas falavam tanto em campo e coisa e tal, e esse campo era principalmente o da Arcádia, a região da Grécia famosa por seus pastores e rebanhos, lá veio uma ideia: o nome descolado, que vai representar bem quem somos e do que gostamos vai ser esse: Arcádia. Eu fico imaginando isso como escolher um nome de banda de rock daquelas bem pops. E como logo depois sempre vem as marias-vai-com-as-outras que adoram imitar quem lança moda, tome a pipocar academia com o nome de Arcádia aqui e ali. E daí veio o nome Arcadismo: o estilo de poesia cultivado dentro das arcádias.
Uma das bases históricas e filosóficas do Arcadismo é a Revolução Francesa com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Se por sermos iguais, devemos todos ser fraternos, devemos também lutar para que todos sejam livres, em todos os níveis de liberdade que existem. Devemos levar àqueles menos afortunados a possibilidade de tomarem as rédeas de suas próprias existências e combater aqueles que impedem que as pessoas sejam livres e dignas em igualdade. Devemos combater as elites aristocráticas.E o que poesia tem com isso? Tudo. Simplificando a linguagem (inutilia truncat), ao invés de escrever para essa elite, o Arcadismo possibilita que todos possam desfrutar da poesia com igualdade. Assumindo a imagem do pastor que vive em aurea mediocritas (uma vida preciosa em sua simplicidade), o poeta é solidário com os pobres (tá, que pobreza não é miséria, mas pelo menos você dizer que dá para ser feliz sendo pobre é um alento para quem é miserável, não é mesmo?).

Viram que combinação feliz. O pastor, que já era uma figura querida porque os árcades queriam imitar Virgílio e Horácio, ganha ainda mais valor, porque os árcades vão querer ser solidários ao povo. Bonitinho né? Pena que artificial. Afinal, quem escreve, nessas sociedades europeias e brasileira, no século XVIII, é quem tem dinheiro para ser esclarecido. E quem tem esse dinheiro acha lindo que se fale em igualdade social. Desde que não se mexa com o dele.


Resumindo no que deu isso: um grande articialismo. Porque poeta árcade que é poeta árcade acha lindo ir viver em num lugarzinho tranquilo (locus amoenus), numa casinha no campo (fugere urbem), aproveitando a vida. Desde de que, é claro, não mexam no dele. Ou vocês acham que os senhores bacharéis foram pegar na enxada e saíram de suas confortáveis casas na cidade?
Acabou-se que a teoria era linda, mas a prática era tão complicada… E ficou a coisa só como convenção. Quem quer defender o Iluminismo na poesia, entra numa Arcádia, adota um pseudônimo de pastor e manda brasa nos versos. Depois, os árcades fechavam os livros e cadernos e tudo voltava a ser como era antes.

(Adaptado de: www.literarizando.blogspot.com)
 
Há mais textos, vídeos e estudos sobre o movimento árcade no arquivo do blog, basta conferir na coluna ao lado: Por assunto- Arcadismo. 

Agora vejam os vídeos: 

8 de jun. de 2010

Avaliação 8ª série "O espelho e outros contos machadianos"

Pessoal,

Como prometi, selecionei alguns dos contos do livro para a avaliação na próxima aula.
Uma leitura atenta assegura uma boa prova, então leiam com um dicionário em mãos, para resolver problemas de vocabulário, e depois voltem ao texto, numa leitura analítica, sem interrupções.

Procurem sempre entender a temática do texto, a presença do narrador, a ironia, a descrença na natureza humana, o pessimismo e a análise psicológica, itens tão marcantes na escrita de Machado de Assis. Retomem também os textos de apoio e vídeos que trabalhamos em sala (basta olhar no arquivo do blog).

Boa prova, Queridos!

Segue a lista dos contos:

O espelho
Verba Testamentária
O caso da vara
Galeria Póstuma
Noite de Almirante

Obs.: todos os contos foram trabalhados em sala, portanto, sem moleza!

No site Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br) vocês encontram todos os contos, caso não possuam ainda o livro.

Beijão!

28 de mai. de 2010

De olho no vestibular: livros PAES 2010

Alunos e amigos,

Abaixo, deixo três links para os livros do vestibular da Unimontes 1ª Etapa. O "Poemas escolhidos", de Claúdio Manoel da Costa, de fato, só é encontrado em Domínio Público. Os "Sermões Escolhidos", do Padre Antônio Vieira também estão em Domínio público, mas a editora indicada pela Unimontes é a Martin Claret.

Clique nos links a seguir para ler e baixar duas das indicações da primeira etapa:

Em Domínio Público consta também o livro "Casa Velha", de Machado de Assis, indicado para a 2ª Etapa do PAES. Veja o link:
Casa Velha, Machado de Assis 

Brevemente publicarei comentários sobre as obras.

Beijão!

18 de mai. de 2010

Quando o próprio amor vacila, Maria Bethânia

 No vídeo abaixo há um poema (de autoria desconhecida, por mim, pelo menos!) lindamente declamado pela Maria Bethânia.
É emocionante, tira o ar, acelera o batimento e rouba dos pés o chão.

 

"Eu te amo de alma para alma e mais que as palavras
ainda que seja através delas que eu me defenda quando digo que te amo
mais que o silêncio dos momentos difíceis quando o próprio amor vacila."


LINDOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Um pouco de Clarice (Mas Clarice nunca é pouco...) - Para a Querida Andréia Souto

Poema de Clarice Lispector: tão humano que me deixa envergonhada dessa condição passageira que nos embaça a visão daquilo que de fato é bom e frutífero.

Anseio de Poemar




















Seria só mais um pouco dos outros em mim, ou 
uma quantidade do meu ser  versado por outras bocas, 
outras mãos, outros poemas? 

Ando me entregando aqui: essa criatura frágil que sou, 
amante de alguém que ainda não sei, 
dona de um masoquismo ansioso de poemar. 

Não é questão pra rima. É encanto pelas palavras alheias,
devoção aos grandes autores, condição de minha pequenês. 
Identidade não, tradução sequer.

É o tirar a máscara, aí resta apenas delirantes gritos 
de deslumbre ao ver as palavras tão bem arrumadas e elegantes, 
exalando amor, doçura, dor, encanto.

Dany Ribeiro

Trabalho Machado de Assis - 8ª série

Oi, pessoal!

Conforme avisei em sala de aula, deixo aqui as instruções sobre o trabalho a respeito do conto Verba Testamentária Clique aqui para ler, de Machado de Assis.

Após a leitura e compreensão do texto, redija um texto contendo suas considerações sobre o conto Verba Testamentária:
-1º parágrafo (introdução): em no máximo seis linhas, resuma a história;
-2º parágrafo (desenvolvimento): em no mínimo oito linhas, escreva sobre o personagem principal do conto: características, estranhezas e seu percurso no enredo. Demonstre características da escrita machadiana e comprove-as com citaçõe do texto. Você poderá utilizar os textos contidos na parte final do livro "O espelho e outros contos machadianos": Machado de Assis e a Filosofia. Este parágrafo pode ser dividido em dois ou mais.
-3º parágrafo (conclusão): em no mínimo seis linhas, encerre seu texto deixando sua conclusão sobre a leitura, suas expectativas e como elas foram sendo confirmadas ou refutadas.   
 
NÃO entregue o trabalho em folha de fichário.

Para a capa:
Folha branca contendo:
a) no alto da página, centralizado, o nome do colégio (fonte arial ou times,14)
b) No centro, nome do livro e conto trabalhado, nome do autor da obra literária (arial ou times, tamanho 18 ou 20). 
c) Em baixo, centralizado, escreva o nome da cidade e data (fonte arial ou times, 14).
Use cor preta.

Folha de rosto (uma espécie de segunda capa)
a) Em cima, centralizado, coloque o nome do aluno
b)No centro, nome do livro e conto trabalhado, nome do autor da obra literária (arial ou times, tamanho 18 ou 20).
c) Abaixo do item anterior, recuado a direita, tamanho 12, informe o nome da disciplina, professora, trimestre letivo e ano. ATENÇÃO: Para evitar erros, Veja os modelos de capa e folha de rosto clicando AQUI
c) Embaixo, centralizado, escreva o nome da cidade e data (fonte arial ou times, 14).

Anexos:
Ao finalizar, poderá enriquecer seu trabalho com fotos e/ou ilustrações sobre o tema.
É imprescindível que você apresente as fontes pesquisadas para construir seu texto.

ATENÇÃO: 
Imprima este roteiro de trabalho e cole-o em seu caderno de literatura. Além de ser parte do nosso estudo, devendo assim ficar registrado em seu caderno, você necessitará das instruções aqui dispostas para outros trabalhos.

O texto deverá ser produzido individualmente e entregue até o dia 01/06 (8ª A) e 02/06 (8ª B).
P.S.: Constam aqui no blog os vídeos e textos sobre Machado de Assis. Vocês poderão ultilizá-los também como material de apoio para construir sua produção. Só não se esqueçam de citar a fonte, ok?

Beijão, lindos! 

5 de mai. de 2010

O espelho, Machado de Assis - 8ª série

Oi, Gente!!!!!!!!!!

Depois destas aulas extras (duas aulas de Literatura durante a semana é algo bem atípico, né?), pudemos dar uma adiantada na introdução aos contos machadianos. Foi ótimo poder assistirmos aos vídeos sobre a vida e o contexto de época que envolveu, influenciou e reverberou na produção de Machado de Assis.

Como viram, ler Machado é ter em mente algumas características marcantes de sua escrita: ironia, pessimismo, humorismo, conversa com o leitor, o ceticismo (descrença em Deus e no homem) e a metalinguagem.

Conforme disse em sala, deixo aqui o link para que leiam o conto O espelho (Clique aqui para ler). Para a próxima aula será necessário que todos já tenham lido (depois não digam que não avisei!)...
Caso seja possível (vejam que não estou prometendo) passo para deixar um comentário sobre o conto e ajudá-los a entender a obra do maior escritor brasileiro de todos os tempos.

Beijinhos!

17 de abr. de 2010

Livros PAES 2010 - UNIMONTES

No último sábado, 10/04, a Unimontes divulgou a lista dos livros indicados para o vestibular deste ano. Eis aí a lista:

1ª ETAPA:
Sermões Escolhidos, de Padre Antônio Vieira (Sermão de Santo Antônio e Sermão do Bom Ladrão);
Poemas Escolhidos, de Cláudio Manoel da Costa;
Romances de Cordel; de Ferreira Gullar;
O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna.

2ª ETAPA:
Melhores Poemas, de Gonçalves Dias; 
Casa Velha, de Machado de Assis;
Crônicas Selecionadas, de Machado de Assis;
Dias e Dias, de Ana Miranda.

3ª ETAPA:
Solombra, de Cecília Meireles;
Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues;
Mar Morto, de Jorge Amado;
Dois Irmãos, de Milton Hatoum;
Parangolivro, de Aroldo Pereira

15 de abr. de 2010

Palavras, Palavras, Palavras Mário Prata

Crônica ótima do Mário Prata. Vale a pena ler!

A frase que dá título a esta crônica é do Shakespeare. Word, word, word, já dizia Hamlet meio século atrás, lá na Dinamarca, onde havia algo de podre.
E começo com as palavras dele esta bobagera, ao receber da Editora Objetiva o dicionário do Houaiss. Onde, aliás, não existe o verbete Aurélio. Mas tem 63 mil palavras a mais do que o supracitado Aurélio.
Sei que o Verissimo já tergiversou aqui no sábado sobre o calhamaço. E fê-lo (me desculpe!) muito bem.
Adoro dicionário. Adoro as palavras. Trabalho com eles, vivo delas. Procuro palavras exatas para a hora certa. Bisbilhoto dicionários. São meu ganha-pão (esta palavra, por exemplo, está nos dois dicionários).
Minha paixão pelos dicionários começou quando descobri - com uns 8 anos - que lá tinha palavrão. Todos. Aquilo, na minha turma da Rua Oswaldo Cruz, lá em Lins, foi uma loucura. Nossa vida nunca mais seria a mesma. Estavam todos lá. E mais, com sinônimos. Centenas, milhares de palavrões. Com a explicaçãozinha e tudo. Pornografia pura e impressa. Um masturbatório deleite.
E gosto também de inventar palavras. Já inventei três. Mas os dicionaristas ainda não as incluíram no corriqueiro da língua pátria.
A primeira, foi em 1982: homoternurismo. Eu precisava explicar a relação entre dois homens na minha peça Besame Mucho. Era uma relação de amor, mas sem sexo. Essas amizades que duram para a vida toda. Que vem lá da infância. Tem gente que acha que isso é coisa de veado, mas não é não. Tenho várias relações de homoternurismo pelo mundo afora.
Depois, ao sentir que estava chegando a velhice, inventei a palavra envelhescência para me justificar. Ou seja, entre a maturidade e a velhice, existe a envelhescência. É onde me encontro agora, entre os 50 e os 70. Esta palavra pegou bem na boca dos psicanalistas. Outro dia vi um deles a usando na televisão com a maior naturalidade, sem dar a fonte. Claro que ele era um envelhescente. O envelhescente é muito parecido com o adolescente. Mas isso é outra crônica e deixa pra lá. Está no meu último livro Minhas Tudo.
A terceira palavra eu ainda não inventei, para falar a verdade. Mas vou inventar. É que, daqui a cinco anos, se eu ainda não tiver inventado uma palavra nova, vou me tornar em sexagenário. Sexagenário, não! Posso ser tudo, mas esta palavra, não! É horrorosa. Fulano é um sexagenário!, é um xingamento. Não sei por que, mas me lembra broxa, um cara que não tem mais sexo. Um fim de linha, mesmo.
Tenho pensando numa nova palavra. Para começar a usar agora e quando eu chegar lá, ela já estar bem difundida. Sessentinha, pensei. Mas não soa bem. É um pouco gay, também. Sessentão é muito machista, dirão as meninas.
A nova palavra tem de ter um charme, um quê, um buquê. O Jabor, por exemplo, fez 60 anos outro dia. Ele é tudo, menos um sexagenário. Você olha para a cara do Jabor e vê, percebe, sente que ele não é um sexagenário. Um homem como ele, bonito, inteligente, alto daquele jeito, com aquela mulher ao lado, não pode ser um sexagenário. Na minha cabeça, sexagenário é baixinho, barrigudinho e encurvado. E tem mau hálito. E o Jabor perfuma o lugar onde entra. Definitivamente meus amigos com 60 (o Tenório de Oliveira Lima é outro) não são sexagenários. Amigo meu, jamais! E muito menos eu! No ano que vem, olhe bem na cara do Caetano Veloso. Duvido que você o chame de sexagenário. Aquilo é, no máximo, um quarentão bem esticado.
Já septuagenário e octogenário eu gosto. São palavras adultas, fortes, masculinas e sonoras. Se eu chegar lá, vou me orgulhar. Mario Prata, octogenário da silva. Beleza.
Mas sexagenário a minha geração não assume. Vamos todos, colegas, numa frente ampla, procurar uma palavra mais nossa, menos velha. Quem sabe um dia o Aurélio e o Houaiss não tirem essa bobagem do dicionário deles.
Pensei agora em sexenvelhescente. Não, uma bobagem. Parece fim de linha também. Me ajude aí. Me mande uma colaboração. Mas mande logo, antes que eu chegue lá.

7 de abr. de 2010

Ouvir Estrelas, Olavo Bilac

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" 
E eu vos direi, no entanto,
que, para ouvi-las, muitas vezes desperto e
abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto a
via-láctea, como um pálio aberto, cintila. 
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
que conversas com elas? que sentido 
tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
pois só quem ama pode ter ouvido
capaz de ouvir e de entender estrelas."

6 de abr. de 2010

Confissão

Esperando pela morte
como um gato
que vai pular 
na cama

sinto muita pena de
minha mulher
ela vai ver este
corpo 
rijo e
branco

vai sacudi-lo e
talvez
sacudi-lo de novo:

"Henry!"

e Henry não vai
responder.

não é minha morte que me preocupa
é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa 
nenhuma.

no entanto,
eu quero que ela 
saiba
que dormir 
todas as noites 
a seu lado

e mesmo as 
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas

e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de
dizer
podem agora
ser ditas:

EU TE AMO.

(Charles Bukowski - tradução de Jorge Wanderley)

Sou pote. A poesia é água

 A poesia não é uma expressão do ser do poeta. 
É uma expressão do não-ser do poeta. 
O que escrevo não é o que tenho; 
é o que me falta. 
Escrevo porque tenho sede e 
não tenho água. 
Sou pote. A poesia é água. 

Rubem Alves

5 de abr. de 2010

Clarice em minha janela


         Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
        Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
        - E daí? Eu adoro voar!
       Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre.

Clarice Lispector
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