A violência contra a mulher tem
atingido índices alarmantes. O ápice das situações ocorre com a morte das
vítimas, fato que acontece, na maior parte das vezes, após uma série de outras
atitudes de amedrontamentos, humilhações e agressões. A permanência da cultura
machista e a baixa eficácia dos aparatos legais têm feito do feminicídio um
problema que ameaça não somente o público feminino, mas a harmonia geral da
sociedade.
A herança patriarcal de domínio e
submissão do feminino à supremacia do homem tem sido fator motivador da
violência física e psicológica contra mulheres. Muitas são aquelas que, no âmbito doméstico, são alcançadas pela morte como o último grau de uma
escala de violências contínuas praticadas por parceiros. Na maior parte das
vezes, o fim de um enlace de afeto impulsiona o feminicídio. O sentimento de
perda, a não aceitação de um rompimento amoroso e o ciúme são fatores que
impulsionam a violência extremada na morte. O homem, tendo a mulher como objeto
de domínio, feito para o seu prazer, conforme alimentado pela cultura machista,
não reconhece que as companheiras tenham a liberdade de escolha e de direito a
rechaçá-lo. A desproporção de forças, o silenciamento diante de agressões
frequentes e a sensação de desproteção levam ao trágico, mas não raro, fim de cessamento da
vida.
Além
disso, há falhas por parte do Estado em proteger o feminino. A Lei Maria da
Penha, de 2006, existe com a intenção de coibir e penalizar qualquer tipo de
ato que vitimize as mulheres. No entanto, a aplicação da lei se mostra ainda
falha. Inúmeras são as vítimas que, após acionarem a proteção policial, não
contam com a vigilância e proteção constante. Diversos são os casos em que
elas morrem sob a tutela de uma “medida protetiva”, que, paradoxalmente, não as
livra do assassinato. Ademais, a ausência de denúncias, o medo, a dependência
financeira e ou sentimental fazem com que as notificações ainda sejam
poucas frente à realidade escondida no interior dos lares. Assim, os
percentuais de violência permanecem elevados e leis, como a do feminicídio, de
2015, buscam minimizar brechas e garantir
punição aos que maltratam e matam as mulheres brasileiras, mas esbarram em questões culturais e comportamentais que precisam ser mudadas.
Diante desse cenário, é importante que medidas sejam tomadas a fim de atenuar o problema na sociedade. A educação que, conforme Immanuel Kant, é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo, é a principal via para conscientizar quanto aos perigos da ideia de dominação de um gênero sobre outro. O incentivo à denúncia e a proteção efetiva às vítimas deve ser uma das prioridades das Defensorias de Atendimento à Mulher. Acompanhamento psicológico e amparo social também são necessários para as vítimas de violência e seus filhos. Ações como essas e o enfrentamento do patriarcalismo destrutivo podem ajudar a tornar a sociedade mais harmônica, democrática e menos amedrontadora às mulheres de hoje e de amanhã.
Diante desse cenário, é importante que medidas sejam tomadas a fim de atenuar o problema na sociedade. A educação que, conforme Immanuel Kant, é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo, é a principal via para conscientizar quanto aos perigos da ideia de dominação de um gênero sobre outro. O incentivo à denúncia e a proteção efetiva às vítimas deve ser uma das prioridades das Defensorias de Atendimento à Mulher. Acompanhamento psicológico e amparo social também são necessários para as vítimas de violência e seus filhos. Ações como essas e o enfrentamento do patriarcalismo destrutivo podem ajudar a tornar a sociedade mais harmônica, democrática e menos amedrontadora às mulheres de hoje e de amanhã.
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