18 de nov. de 2009

Educação: valores deturpados

Descaso com a educação no Brasil

 

Com a mercantilização da educação, muitas escolas não querem perder o cliente. Para o professor a situação se torna desgastante e o trabalho segue sendo desrespeitado. Os professores que ousam discordar são convidados a deixarem o cargo, seja pela diretoria da instituição de ensino, seja pela falta de nexo que percebe existir entre os ideais educacionais e a competição primitiva por mercado.
O percentual de professores que desejam mudar de profissão é maior no ensino fundamental porque é a etapa em que há mais pressão dos pais. Tais profissinais fazem maior número de referência à mercantilização do ensino e à influência que os pais exercem sobre a escola, resultando em interferência e pressão sobre o trabalho do professor. A pressão dos pais aparece principalmente quando o estudante fica com notas baixas.

Faltam condições de trabalho, tempo para atualização, salário digno e respeito pelo trabalho desenvolvido. Segundo pesquisa recentemente divulgada pelo MEC, a média salarial dos professores é menor do que a de policiais e juízes.  A análise do MEC aponta ainda para o risco de ficarmos sem professores em dez anos, caso a atual tendência de queda na procura pelos cursos de licenciatura se perpetue. Nessa triste situação, quem quer ser professor?
Ainda que muitos colegas queiram continuar a serem  professores, como qualquer profissional, precisam de boas condições de trabalho, ferramentas modernas, tempo para atualização e salário digno. Sem isso, mesmo o mais nobre dos ideais não resiste ao mais básico dos instintos: o da sobrevivência.

Adaptado de Gazeta Mercantil


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