18 de jun. de 2012

Eros e Psiquê

EROS E PSIQUÊ: ENCONTRO DO AMOR COM A ALMA

       Em um dos muitos templos gregos dedicados a Afrodite, um mortal comentou que uma das filhas do rei era mais bela do que a própria deusa do amor. Tratava-se da princesa Psiquê (Alma). Logo o boato da sua formosura espalhou-se por toda a Grécia. Homens de todas as partes vinham para contemplar a beleza da mortal, abandonando de vez o templo de Afrodite. Ao saber do abandono do seu templo às ruínas, em prol da beleza de uma simples mortal, Afrodite é acometida de uma violenta cólera e desejo de vingança. Decide que a princesa Psiquê, responsável pelo desvio dos homens, deverá ser punida. A deusa pede ao filho Eros, que vá até a mortal, que com a suas flechas do amor, fira-a de maneira que se apaixone pelo ser mais desprezível de toda a Grécia, fazendo-a uma mulher infeliz. Eros desce do Olimpo, com a perversa missão de envolver Psiquê na mais triste e destruidora das paixões. Mas Eros, ao deparar-se com mulher tão bela, é ferido pelas próprias setas, apaixonando-se perdidamente por ela. Vencido pelo sentimento inesperado, Eros volta ao Olimpo, mentindo para a mãe, dizendo à deusa que cumprira a missão. Afrodite sente-se vingada.
            Apaixonado pela bela princesa, Eros não sabe como viver o seu amor por ela sem que a mãe fique sabendo. Envolto pela paixão, ele confessa os sentimentos ao deus Apolo, que promete ajudá-lo.
            De longe, Eros faz com que a amada não goste de mais ninguém. Apesar de ser a mais bela das três irmãs, Psiquê não se apaixona por pretendente algum. Vê as irmãs desposarem homens ricos, mas não se convence a amar ninguém. Ela não sabe da existência do amor de Eros, mas pressente-o. A alma sente o amor invisível e próximo, e mesmo sem o conhecer ou ver, aguarda e chama por ele. A princesa torna-se prisioneira de uma solidão voluntária.
            Preocupados com o destino da filha, os pais procuram o oráculo de Apolo. 

4 de jun. de 2012

Lindezas




Tudo o que me parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem 


complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco.

Caio F.


2 de jun. de 2012

Literatura em cena: Biotécnico

Olá, galera do Biotécnico!

Como disse em sala em nossa última aula, estou deixando aqui os links para os textos que deverão ser apresentados. Bom trabalho!

Clique em Édipo Rei,Sófocles
( Há uma excelente adaptação juvenil chamada "A maldição de Édipo", de Luiz Galdino. Não me lembro de tê-la visto na biblioteca. Vale a pena vocês buscarem-na, pois a linguagem tá bem boazinha e o texto adaptado para o público jovem.)

Deixo aqui um trailler sobre o texto:



Sobre o mito Narciso e a ninfa Eco, achei os textos da net muito resumidos. Vou buscar alguma outra boa fonte e repasso para vocês. Mas vocês também podem procurar em bibliotecas ou ainda em dicionários de mitologia, ok?!!!

Segue um vídeo para adiantar a vocês um pouco do enredo:




O próximo na lista é Tristão e Isolda, esta obra eu tenho, portanto emprestarei para que possam lê-la pra o trabalho da equipe, ok?



Aqui, trailler de Otello, de William Shakespeare, obra que também não tem nenhum correspondente aqui na internet à altura. Fica o vídeo, mas tem o livro na biblioteca, viu?



E, para terminar, A Megera Domada, também de Shakespeare, possui também bons exemplares na biblioteca da escola. Indico o da coleção Reencontro, da editora Scipione (um da capinha verde).




Bom trabalho, pessoal! Brilhem!





26 de mai. de 2012

Namore uma garota que lê



Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.


Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.



Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.

6 de mai. de 2012


‎"...Pode me provar pra eu ser aprovado: sei que vim do pó e do sopro de vida, então me faz pequeno pro Senhor crescer em mim...
Se quiser levar tudo o que tenho, pode levar, veio de Tuas mãos, mas deixe-me apenas com meu coração, porque foi onde você pôs a mão e me curou..." 
Marcelo Aguiar, na canção "Me dá poder de filho"

Da estatura do que sonha


Sonhe alto, sempre e mais.

Faça a cada dia a vida
Na medida do seu sonho.
Sonhe e, ao mínimo gesto,
Seu ser inteiro empreste. 

Sua marca em tudo ponha
Que o homem não é alto
Nem é baixo e se faz...

Da estatura do que sonha! 

(Elcio Fernandes)



Eu tantas vezes não tenho sabido ser grata: a gente se entristece com uma meia dúzia (ou  mais..) que não nos ama e deixa de se alegrar pelos muitos que têm a nossa existência por valiosa!  É bom saber reconhecer que, apesar das oposições, mais numerosos são os que nos amam! Obrigada, de coração, aos queridos que fazem meus dias serem mais floridos, mesmo no inverno rigoroso da vida!

Novo de novo



Recomeçar é o jeito que tenho de assumir que não deu certo a tentativa, mas é também a mais linda forma de continuar vivendo com a marca de quem nasceu para ser divinamente feliz!
Que venha o novo de novo!

4 de mai. de 2012

Romantismo: prosa!

Oi, galera do segundo ano!

Começamos aqui a conhecer a teoria sobre o prosa romântica, isso porque a aplicação vocês conhecem pelas telenovelas, as quais se inspiraram (e cansaram!) as fórmulas dos romances do século XVIII.

Os vídeos a seguir ajudam a relembrar nossas conversas de sala de aula. Eu adoroooo o professor dessas aulas virtuais: acho uma figuraça!

Bjos!
Até mais!









29 de abr. de 2012

27 de abr. de 2012

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Carlos Drummond de Andrade

Preso por vontade

"Liberdade na vida é ter um amor pra se prender. A gente reclama muito da dependência, mas como é maravilhosa a dependência, confiar no outro, confiar no outro a ponto de não somente repartir a memória, mas repartir as fantasias. Confiar no outro a ponto de esquecer quem se foi assim que o outro esteja junto, é talvez chegar em casa e contar seu dia e só sentir que teve um dia quando a gente conta como foi. É como se o ouvido da outra pessoa fosse nossos olhos.

Amar é uma confissão. Amar é justamente quando um sussurro funciona melhor que um grito. Amar é não ter vergonha de nossas dúvidas, é falar uma bobagem e ainda se sentir importante. É lavar louça e nunca estar sozinho. É arrumar a cama e nunca estar sozinho. É aquela vontade danada de andar de mãos dadas durante o dia e de pés dados durante a noite."

Fabrício Carpinejar

Aos céus por mim

"Senhor, livra-me de tudo que não suporta meu sorriso, minha risada alta, minha gentileza, minha educação, meu amor nos olhos, meu coração gigante, minha esperança eterna e a minha fé irreversível. Amém !"
Camila Heloíse (adaptado)

25 de abr. de 2012

Alice no País das Maravilhas

BATE-PAPO PÓS-LEITURA
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Em todos os tempos, sempre surge uma voz que vai contra as convenções sociais. Essa voz pode não falar explicitamente, mas ela está lá, ela existe. Eis o caso de Lewis Carroll e de seu livro Alice no País das Maravilhas.
Podemos realizar uma leitura ingênua da obra de Lewis Carroll, atentando apenas para o enredo, personagens...  Ou uma análise crítica, que vê na fuga de Alice para o mundo mágico uma forma de censurar a sociedade opressora na qual vivemos.
Vamos à segunda hipótese.
Uma menina enfadada dá inicio a história de absurdos aparentes.  Assim, temos uma série de fatos que serão desencadeados por causa da garota Alice que, sentada juntamente com sua irmã, começava a cansar-se por não ter nada (de interessante) para fazer.
Se considerarmos Alice como um indivíduo pertencente à sociedade comum, o seu estado de tédio, cansaço, aborrecimento, pode ser entendido como sendo causado pelo contexto social. Esse mesmo tédio é quebrado pelo elemento mágico, introduzido pelo Coelho Branco, que desperta em Alice a curiosidade e a vontade de ir atrás do novo, do diferente, da aventura, isto é, ela sai da apatia, para o movimento, para a mudança.
Ao ir atrás do Coelho Branco, a menina entra na toca sem pensar como sairia dali ou quais seriam as consequências de seus atos. Nessa atitude da menina temos uma transgressão em relação ao que se espera do comportamento infantil: a obediência e a conformidade.
Na Inglaterra Vitoriana da época (século XIX), as crianças eram educadas para que se comportassem como “miniadultos”. A sociedade acreditava que, para se desenvolverem as virtudes no comportamento infantil, era necessário que as crianças tivessem a plena consciência de que há a culpa e a aprovação. Assim, o universo dos pequeninos era povoado por esses dois conceitos que, ao final, eram regidos por um único: o medo da punição.
A personagem Alice, porém, foge a esse padrão amedrontado. Ela se aventura, vai em busca da diversão, do diferente, do prazer que a experiência poderia trazer, sem pensar nas punições. Até aqui, você, leitor atento, já percebeu que a história realça, entre outras coisas, o valor de ser livre, de viver sem censuras bobas, o inconformismo com o que não nos faz feliz. Exemplo disso é que quando o mundo mágico deixa de ser divertido, no capítulo final, no momento em que Alice está em um tribunal sem regras e enfrenta a Rainha de Copas, ela acorda: o seu percurso de diversão acaba no momento em que a aventura termina. Ela desperta de seu sonho, voltando para a realidade.
Agora que terminamos nossa leitura, vemos que Alice não é uma obra escrita com o propósito de moralizar e manipular o leitor, levando-o a acreditar que determinado padrão é sempre correto e aceitável, ou ainda que a “lógica” é o certo e a falta dela é errado. Não! O contexto é que faz o sentido. E a falta, aparente, dele pode ser o mais apropriado em certas situações. Lembram-se do NONSENSE? Prova do dito é que há uma série de inversões e subversões na história, justamente para que pensemos em como as situações, a vida e os poderes que a regem são relativos e podem (e devem) ser questionados quando parecerem simples imposições que não trarão melhorias para ninguém.  
Vale lembrar que um dos questionamentos mais significativos do livro se refere à figura da Rainha. O contexto ajuda a explicar: na época em que Lewis Carroll publicou o seu livro Alice no país das maravilhas, estava no trono a Rainha Vitória, importante figura, tanto social quanto economicamente, para a Inglaterra do século XIX. Mas essa rainha, embora fosse uma importante figura para a sociedade inglesa, tinha o poder político limitado. A Rainha de Copas, invenção do autor, dentro do sistema maluco que é o País das Maravilhas, quase não tem poder de decisão, assim como a Rainha Vitória dentro da monarquia do período. Os seres mágicos a temem, é verdade, mas as suas ordens de decapitação nunca são cumpridas, como o personagem Grifo diz para Alice: “– Ora, ela é que é engraçada – disse o Grifo. – Você sabe, isso tudo é fantasia dela: nunca executam ninguém.” Ela é caracterizada irritadiça e autoritária, que vê nas decapitações a solução para todos os problemas: “A Rainha só tinha um meio de remover todas as dificuldades. – Cortem-lhe a cabeça! – gritou, sem voltar-se sequer na direção apontada”. Alice enfrenta a autoridade da Rainha do País das Maravilhas, abertamente, pelo menos duas vezes: quando ela encontra a Rainha pela primeira vez e no tribunal.
Enfrentar a Rainha é uma maneira de se opor ao sistema, uma vez que ela é a representante dele, ou seja, esse ato é a concretização da busca da libertação de uma rigidez, que diz o que deve ser feito. Alice, uma criança, enfrenta a Rainha e põe “em xeque” o seu poder e o seu julgamento.
Em uma obra que pode ser lida como a representação da fuga da realidade para um mundo de fantasia livre das regras sociais, um mundo que critica a realidade, enfrentar o poder real e não ser punido é o ápice da libertação da rigidez e da opressão. E Alice é a representante de tal desejo, concretizando-o no mundo da fantasia, livre da punição que esse desrespeito com a autoridade da rainha traria.
Percebeu? Ler um livro literário é um convite a descobrir sentidos: alguns estão facilmente postos na superfície das linhas do texto, outros (os mais interessantes!) aguardam um leitor atento, crítico e sensível, disposto a dialogar, questionar e tornar a obra uma nova produção, porque o poder questionador faz o texto, por fim, ser também de quem o lê.
Ler é mesmo um ato transformador!

Eis, a seguir, alguns vídeos sobre Alice no País das Maravilhas! 

Beijos para você, queridos alunos!
Aqui, uma trecho de uma peça teatral bem inusitada! Super legal!



Neste, uma leitura da obra feita somente com imagens: uma forma também interessante de se (re)contar histórias.


O próximo vídeo é o clipe do filme Alice, aquela versão mais moderninha.

24 de abr. de 2012

Viagem Virtual

Olá, pessoal do Biotécnico!

Sejam bem-vindos ao Letra e Luz. Este é o espaço que, há algum tempo, tenho usado para interagir assim, via web, com meus alunos. Agora passa a ser nosso ponto de encontro também! Fiquem à vontade para ler, comentar e seguir o blog, ok?

Os vídeos a seguir são aqueles que vimos em sala e que correspondem ao diálogo com o livro Viagem Virtual, de Vera Carvalho de Assumpção. Como disse a vocês, é um outro olhar para as temáticas da obra: ali temos Camila encontrando o passado e podendo vivenciar um tempo diferente, de hábitos rústicos, simples. Os vídeos que assistimos tematizam a questão do tempo de modo diferenciado. Cabe a cada um fazer o levantamento das diferenças e semelhanças que podem ser observadas ao confrontarmos as produções.
É com vocês!
Bom trabalho!











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