21 de jun. de 2010

Prece para quem se ama

Se dar sem receber é adubar a semente frutífera do amor.Amar é essência divina. 
Me lembrei agora do fabuloso livro "O Pequeno Príncipe": "Só se ver bem com o coração. O essencial é invísivel aos olhos"

O texto a seguir é da Ana Jácomo, dona de um blog (http://anajacomo.blogspot.com/)que é uma das coisas mais lindas e emocionantes que os meus olhos e minha sensibilidade leitora já pode ver/ler/sentir.


Prece para quem se ama


Desejo que a sua vida inteira seja abençoada, cada pequenino trecho dela, em toda a sua extensão. Que cada bênção abrace também as pessoas que ama e seja tão vasta que leve abraço a outros tantos seres, sobretudo àqueles que mais sofrem, seja lá por que sofrem. Desejo que os nós que apertam o seu coração sejam gentilmente desatados e que os sentimentos que os formaram se transformem na abertura capaz de criar belos laços de afeto. Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo.

Desejo que volte para o seu mar quantas vezes forem necessárias até encontrar o seu tesouro. Que quando encontrá-lo, não seja avarento. Que descubra maneiras para compartilhar a sua felicidade, o jeito mais gostoso para se expandir a riqueza. Desejo que quando os ventos da mudança ventarem mais forte, e sentir medo de ser carregado junto com tudo o que parecerem arrastar, você já conheça o lugar onde nada pode arrastá-lo. Que já saiba maneiras de respirar mais macio, quando as circunstâncias lhe encurtarem o fôlego. Que, com o passar do tempo, a sua alma se torne cada vez mais maleável, mas que seja firme o bastante para nunca desistir de você.

Desejo que tudo o que mais lhe importa floresça. Que cada florescimento seja tão risonho e amoroso que atraia os pássaros com o seu canto, as borboletas com as suas cores, o toque do sol com seu calor mais terno, e a chuva que derrama de nuvens infladas de paz. Desejo que, mais vezes, além de molhar só os pés, você possa entrar na praia da poesia da vida com o coração inteiro e brincar com a ideia que cada onda diz. Que, ao experimentar um caixote ou outro, não se arrependa por ter entrado na água, nem desista de brincar. Todo mundo experimenta um caixote ou outro, às vezes um monte deles, quando se arrisca a viver. O outro jeito é estar morto. O outro jeito é não sentir.

Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração as mudas daquelas mais luzentes. Que tenha sabedoria para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida. Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, saúde na alma, saúde à beça.

Desejo que encontre maneiras para se fazer feliz no intervalo entre o instante em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir, porque a verdade é que a gente não sabe se tem outro dia. Que quanto mais passar a sua alma a limpo, mais descubra, mais desnude, mais partilhe, com medo cada vez menor, a beleza que desde sempre você é. Que se sinta livre e louco o bastante pra deixar a sua essência florir.
Não importa quanto tempo passe, não importa onde eu esteja, não importa onde esteja você, abra os olhos pra dentro e ouça: o meu coração estará dizendo esta mesma prece de amor para o seu. Amor incondicional, exatamente como neste instante. Não importa o quanto a gente mude, o quanto a distância aparente nos afastar, isto que sinto por você, eu sei, não muda nunca mais.

17 de jun. de 2010

Robinson Crusoé: uma das mais emocionantes histórias de sobrevivência e amizade de todos os tempos

Magnífico, eis o melhor termo para definir Robinson Crusoé, de Daniel Defoe.


Adiantando os fatos: O livro conta a história de Robinson Crusoé, jovem marinheiro inglês. Um dia decide seguir seu caminho e parte para uma aventura sem avisar ninguém, embarcando em um navio. Como castigo do destino, seu navio é pego por uma tempestade e naufraga. Toda a tripulação morre, exceto o jovem Crusoé, encalhado naquela ilha do Caribe. Lá ele tem duas escolhas: deixar levar pela maré ou lutar pela sua vida...

Deixo aqui para as 6ª séries um link que direciona para uma página onde vocês encontrarão o livro para ler. Caso prefiram, podem fazer a impressão também,ok?!!! 


O Mágico de Oz: lindooooooo livro, gente!

É engraçado como alguns livros têm o poder de despertar em nós o senso de humanidade, solidariedade e amizade que a loucura dos dias tenta roubar. É o caso de "O Mágico de Oz" (acrescento à lista os clássicos perfeitos "O Pequeno Príncipe" e "Dom Quixote"): a lição de amizade, a busca pela realização dos sonhos e a perseverança são marcas dessa obra tão linda que até dói o peito. Chorei lendo, me surpreendendo com o Homem de Lata em busca de um coração que na verdade possui e nem sabe, com o Espantalho, tão inteligente e perspicaz, mesmo sendo constituído apenas de palha (me lembra muito o Sancho Pança ao governar sua tão sonhada ilha, em Dom Quixote...) e o Leão Medroso, todavia cheio do medo que nos faz cautelosos, no entanto indesistíveis. Amooooooooooooooooooo essa obra literária!

Livro para criança não é. Pelo menos, na minha opinião! São histórias para pessoas humanas, para essa espécie que parece estar em vias de extinção.

Queridos alunos da 5ª Série!
Estava faltando um espaço para vocês neste blog, né? 
Acho que até então não havia feito nenhuma postagem para as turminhas tão lindas e aplicadas que dá gosto de ver. Ok! Então, para corrigir o erro, começo deixando um link para que leiam o livro "O Mágico de Oz" aqui na telinha do computador. Eu, sinceramente, não consigo ficar muito tempo exposta à luz da tela, mas se conseguem, por mim está tudo bem. Ainda sou do tempo que pegar um livro, deitar com ele, fazer anotações em suas páginas era parte de um ritual de amor ao conhecimento e à própria leitura, mas tudo bem! Cada um com seu quadrado, não é mesmo?!!! 

Clique nos links para ler:

O mágico de Oz - Parte 1 
O Mágico de Oz - Parte 2 
O Mágico de Oz - Parte 3


Beijosssssssssss!

16 de jun. de 2010

Com vocês: Dom Casmurro!

 Já que, neste junho frio de doer até a alma, estamos em clima machadiano, vejam o livro clip da obra Dom Casmurro, nosso próximo alvo de estudos.

A cartomante, Machado de Assis

Oi, pessoal da 8ª série!

Vocês são testemunhas: eu bem que tentei passar o vídeo sobre o conto A CARTOMANTE. Sei lá, essas tecnologias andam de mal comigo, gente! Logo eu, tão boazinha!!! (rsrsrs). Já que o som não colaborou muito, deixo aqui para vocês assistirem com calma, no doce sossego do lar...

Beijos!!!



Marisa Monte: é fugere urbem puro!!!!

Pessoal,

Vejam, abaixo, a letra da canção Vilarejo, da Marisa Monte. Assim como o poema do Drummond que trabalhamos em sala, a música é um diálogo moderno com a temática do Arcadismo.

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for.

Observem que a descrição do vilarejo como um lugar capaz de "acalmar o coração", lugar de perfeição e equilíbrio é muito semelhante às características árcades que estudamos. Aqui, merece destaque o fugere urbem, a fuga da cidade, afinal, como diz a letra, até o "Paraiso se mudou para lá", por isso o convite para viver em um lugar tão harmonioso, de tanta paz, clara oposição à correria das cidades que ameaça corromper, stressar e deixar o homem, de ontem e de hoje, doidãooooooooooooooo. Há também o culto ao locus amoenus, a aurea mediocitas e o bucolismo, presenças fortes do Arcadismo.


Beijão!
Boa Prova, Lindosssss!

14 de jun. de 2010

Arcadismo: eu quero uma casa no campo!!!!!!!!!!!!!

Galerinha dos 1ºs anos,

Deixo aí, abaixo, dois vídeos sobre o Arcadismo.


Ao término desta semana, vocês farão uma prova com o intuito de verificar o que apreenderam até aqui desse estilo de época que visa contrapor os exageros do movimento Barroco.É a ideia da casa no campo, da vida simples, mas tudo tão artificial: digo isso para que você se lembre de uma característica importantíssima para se entender a produção árcade: o convencionalismo. Convencional é aquilo que é resultado de uma convenção, de um acordo, um pacto. Bem, os poetas árcades estavam acordados sobre, no mínimo, dois pontos: entendiam que a produção barroca era exagerada e de mau gosto, sabiam também que o modelo clássico, da Antiguidade Clássica (aquele praticado no Classicismo) e autores como Horácio e Virgílio eram sinônimos de bom gosto, de equilíbrio, racionalidade e de bela escrita. Assim, a produção literária árcade é o resultado da imitação dos modelos greco-latinos de produção poética. Se imitar, nos dias atuais, é entendido como plágio, naquela época saber fazer uma boa imitação era ser um bom poeta.

Se você não entendeu ainda, leia a explicação abaixo:
O termo Arcadismo se deve ao batismo das academias literárias com o título de Arcádias. Essas academias já existiam no século XVII, durante o Barroco. Era nelas que os poetas europeus se reuniam para discutir técnicas de poesia e mostrar suas composições em saraus que eram bastantes competitivos. Naquela época, o poeta que compusesse os textos mais desafiadores da linguagem, com maior inventidade poética, mais palavras difíceis e rebuscamentos de expressão, mais desafiadores à compreensão do leitor (ou seja, os mais difíceis), era considerado o melhor. Só que com o passar do tempo, eles exageraram tanto no rebuscamento que a coisa começou a ser considerada de mau gosto. Esse processo é muito natural. As academias existiam já desde o século XVII. E nessa época elas eram academias. No século XVIII, alguém, que achava que essa história de rebuscar muito a linguagem artística era coisa velha e brega, e que apreciava a linguagem simples e elegante da poesia clássica de Virgílio e Horácio (grandes expoentes da literatura romana e grega), achou que deveria fundar uma academia completamente diferente das que existiam. Um clube descolado, só para gente que embarcasse na nova onda de fazer uma arte completamente diferente da que se fazia na época. E uma academia assim tinha que ter um nome descolado. Como esses dois poetas falavam tanto em campo e coisa e tal, e esse campo era principalmente o da Arcádia, a região da Grécia famosa por seus pastores e rebanhos, lá veio uma ideia: o nome descolado, que vai representar bem quem somos e do que gostamos vai ser esse: Arcádia. Eu fico imaginando isso como escolher um nome de banda de rock daquelas bem pops. E como logo depois sempre vem as marias-vai-com-as-outras que adoram imitar quem lança moda, tome a pipocar academia com o nome de Arcádia aqui e ali. E daí veio o nome Arcadismo: o estilo de poesia cultivado dentro das arcádias.
Uma das bases históricas e filosóficas do Arcadismo é a Revolução Francesa com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Se por sermos iguais, devemos todos ser fraternos, devemos também lutar para que todos sejam livres, em todos os níveis de liberdade que existem. Devemos levar àqueles menos afortunados a possibilidade de tomarem as rédeas de suas próprias existências e combater aqueles que impedem que as pessoas sejam livres e dignas em igualdade. Devemos combater as elites aristocráticas.E o que poesia tem com isso? Tudo. Simplificando a linguagem (inutilia truncat), ao invés de escrever para essa elite, o Arcadismo possibilita que todos possam desfrutar da poesia com igualdade. Assumindo a imagem do pastor que vive em aurea mediocritas (uma vida preciosa em sua simplicidade), o poeta é solidário com os pobres (tá, que pobreza não é miséria, mas pelo menos você dizer que dá para ser feliz sendo pobre é um alento para quem é miserável, não é mesmo?).

Viram que combinação feliz. O pastor, que já era uma figura querida porque os árcades queriam imitar Virgílio e Horácio, ganha ainda mais valor, porque os árcades vão querer ser solidários ao povo. Bonitinho né? Pena que artificial. Afinal, quem escreve, nessas sociedades europeias e brasileira, no século XVIII, é quem tem dinheiro para ser esclarecido. E quem tem esse dinheiro acha lindo que se fale em igualdade social. Desde que não se mexa com o dele.


Resumindo no que deu isso: um grande articialismo. Porque poeta árcade que é poeta árcade acha lindo ir viver em num lugarzinho tranquilo (locus amoenus), numa casinha no campo (fugere urbem), aproveitando a vida. Desde de que, é claro, não mexam no dele. Ou vocês acham que os senhores bacharéis foram pegar na enxada e saíram de suas confortáveis casas na cidade?
Acabou-se que a teoria era linda, mas a prática era tão complicada… E ficou a coisa só como convenção. Quem quer defender o Iluminismo na poesia, entra numa Arcádia, adota um pseudônimo de pastor e manda brasa nos versos. Depois, os árcades fechavam os livros e cadernos e tudo voltava a ser como era antes.

(Adaptado de: www.literarizando.blogspot.com)
 
Há mais textos, vídeos e estudos sobre o movimento árcade no arquivo do blog, basta conferir na coluna ao lado: Por assunto- Arcadismo. 

Agora vejam os vídeos: 

9 de jun. de 2010

Novo vídeo: arte com areia

O vídeo a seguir tem como temática os horrores da segunda guerra mundial. Apesar do evento trágico e vergonhoso para a história da humanidade, o vídeo é maravilhoso e emocionante.

8 de jun. de 2010

Avaliação 8ª série "O espelho e outros contos machadianos"

Pessoal,

Como prometi, selecionei alguns dos contos do livro para a avaliação na próxima aula.
Uma leitura atenta assegura uma boa prova, então leiam com um dicionário em mãos, para resolver problemas de vocabulário, e depois voltem ao texto, numa leitura analítica, sem interrupções.

Procurem sempre entender a temática do texto, a presença do narrador, a ironia, a descrença na natureza humana, o pessimismo e a análise psicológica, itens tão marcantes na escrita de Machado de Assis. Retomem também os textos de apoio e vídeos que trabalhamos em sala (basta olhar no arquivo do blog).

Boa prova, Queridos!

Segue a lista dos contos:

O espelho
Verba Testamentária
O caso da vara
Galeria Póstuma
Noite de Almirante

Obs.: todos os contos foram trabalhados em sala, portanto, sem moleza!

No site Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br) vocês encontram todos os contos, caso não possuam ainda o livro.

Beijão!
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