Gente, achei o link a seguir pesquisando na net. Acredito que a adaptação da obra esteja completa. Tentem aí, ok?!!
Bjos,
Os miseráveis
Como extra, deixo aqui o trailler de uma das versões fílmicas.
5 de mai. de 2013
7 de abr. de 2013
Personagens da ficção podem alterar atitudes de leitores, diz estudo
Pesquisa analisou um fenômeno conhecido como 'tomada de experiências'.
Leitor pode absorver ideias e sentimentos de seu personagem preferido.
Do G1, em São Paulo
Ao ler um livro, o leitor visualiza o ambiente descrito pelo autor e tenta se inserir no enredo. A recíproca também é verdadeira, e ele leva o que os personagens vivenciam para sua vida real. A conclusão é de psicólogos americanos, após uma série de experiências sobre como a ficção interage com o público.
Os pesquisadores da Universidade do Estado de Ohio examinaram um fenômeno conhecido como “tomada de experiências”, que acontece quando o leitor incorpora emoções, pensamentos e crenças de um personagem como se fossem seus.
O estudo publicado pela revista "Journal of Personality and Social Psychology" descobriu que, em algumas situações, esse fenômeno leva a reais mudanças de comportamento, ainda que sejam temporárias.
Em uma das experiências, a personagem tinha que superar obstáculos para poder votar. Na prática, os leitores que se identificaram com o personagem tiveram maior presença nas urnas – o voto não é obrigatório nos Estados Unidos.
Outra experiência analisou o comportamento de leitores que passaram pela tomada de experiências em relação a um personagem que, ao longo da história, revela ser de outra raça ou orientação sexual. Esses leitores demonstraram atitudes mais favoráveis em relação ao outro grupo e demonstraram menor tendência de estereotipar as pessoas.
“A tomada de experiências pode ser uma maneira poderosa de mudar nossos comportamentos e pensamentos de forma significativa e benéfica”, afirmou Lisa Libby, uma das autoras, em material divulgado pela universidade.
O fenômeno, no entanto, não acontece em qualquer experiência de leitura. É preciso que o leitor se esqueça de si para, de fato, acompanhar os sentimentos presentes na história. “Quanto mais você é lembrado de sua própria identidade pessoal, menor a chance de que você seja capaz de adquirir a identidade de um personagem”, explicou Geoff Kaufman, outro autor do estudo
.
.
Fonte: http://glo.bo/Jf8kkZ
Catártico
Através da exposição de outrem, aprender, seja por meio da leitura ou da representação teatral, cinematográfica, é alcançar a purificação, a catarse aristotélica. Aprendizados assim nos ensinam o poder curativo das linhas escritas pela pena ou pelo corpo. Testo-os, então, agora. A diferença é que a exposição é (acredito) de mim para mim, tentativa de sarar as chateações que escorrem pelas minhas palavras e não encontram outra forma de purgar-me.
Outro dia uma colega-amiga disse-me assim: "a gente precisa é de mais autoestima". Deve ser isso mesmo. Às vezes (ou muitas vezes, vá saber!) uma palavra fora do lugar, um olhar de desprezo ou de comparação tiram dos meus pés a firmeza e, ainda que eu me desvencilhe deles na precisão do instante, o tormento interno lateja, incomoda, vira dor prolongada. Assim, uma publicação à toa em redes sociais, uma "curtida" em mensagens que, indiretamente, denunciam a rejeição, se aliam às expressões corporais, aos recados escritos no papel ou na face e me lembram o peso de estar em um lugar, em uma situação que não pedi, não escolhi e da qual não posso fugir (e não me refiro à atividade docente em si). Questões desse tipo fazem com que o mel vire fel e tiram do cotidiano o sabor de existir levemente, de ser quem a gente é, gostando os demais ou não.
Ainda não sei como lidar com a desaprovação falada, escrita, a reclamação explícita. Ela, modestamente, se apresenta poucos vezes a mim. Talvez por isso a estranheza. Mas a verdade é que há muita traição escondida em gestos sutis, na educação mentirosa de gente mascarada, no reconhecimento covarde de hierarquias que podem prejudicar, caso assim resolvam usar a posição ocupada.
...
O exercício da docência é isto: despertamos amores e horrores, atração e ojeriza. Há quem espere salivando a presença e explicação de um dado mestre; outros, no entanto, aguardam, impacientes, a despedida do mesmo, conseguem pontuar cada segundo do relógio como infinito. O que se há de fazer? Ainda não há meio termo.
Há, por aí, a cultura do professor-show: eles contam piadas, são debochados e ensinam, rasamente, os macetes para o aluno alcançar o primeiro lugar no vestibular. A garotada os adora. Com a relativa pouca idade que tenho, fui aluna de quase todos. Falam o que falamos em sala e despertam paixões perpétuas. O público não percebe que diferente ali não é o professor em si, mas sim o sujeito que está sentado na cadeira, que aprendeu a ter mais foco já que o vestibular realmente se aproxima. A escola, para os que ainda cursam e dividem o tempo com os preparatórios, é um lugar de "tirar" notas, apenas! Nós, professores de ensino regular, somos os chatos, afinal, somos aqueles que cobramos resultados, temos compromisso com a formação integral do aluno, pela atribuição de notas, por dar satisfação ao pai sobre a aprendizagem dos discentes... Cabe a nós a parte , concordo, chata! Assim, como é chato corrigir prova e ver que o aluno que estava o tempo todo "grudado" no celular durante a exposição do conteúdo não se prestou, minimamente, ao trabalho de ler a matéria em casa, desprezando o dinheiro empregado pelo coitado pai; assim como é chato também constatar que a criatura que não sabe nem do que se trata o que foi falado em sala "fechou" a avaliação, utilizando, obviamente de métodos escusos (contando com a cumplicidade dos "bons alunos" que nada refletem sobre meritocracia e ética nas relações); igualmente chato é contemplar as lindas mocinhas e os malhados rapazes e ver que são apenas estampas, embalagens belas de um produto, mais dia menos dia, perecível porque não têm qualidade, senso crítico ou repertório de vida para defender suas escolhas, escolher caminhos meritosos. Chato é perceber que estamos em uma estrada escura, em que a luz do conhecimento, do respeito ao próximo, às diferenças, tem dispersão baixíssima e não abstém quase ninguém das trevas dessa terrível e abominável geração de corpos vazios.
Triste assim!
ENTENDA POR QUE REDAÇÃO DO ENEM COM HINO E MIOJO NÃO VALE NOTA ZERO
Segundo órgão que aplica o Enem, fuga do tema foi parcial nas redações.
Textos com hino do Palmeiras e receita de miojo tiveram nota 500 e 560.
Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo
Os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que inseriram uma receita de miojo e trechos do hino do Palmeiras na redação disseram ao G1 que esperavam tirar nota zero na prova. Segundo eles, a intenção era testar o sistema de correção da prova de redação. No entanto, de acordo com Paulo Portela, diretor-geral do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), órgão da Universidade Federal de Brasília (UnB) responsável pela aplicação do Enem, o edital do exame tem regras claras sobre as transgressões que anulam a prova. E trechos fora de propósito escondidos entre parágrafos pretensamente sérios não configuram uma fuga completa ao tema. Esta falha só existe se o candidato não cita a proposta da prova em nenhuma parte de seu texto.
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Fernando Maioto Júnior e Carlos Guilherme Ferreira tentaram testar sistema de correção da redação do Enem (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal) |
Nesta semana, as redações de dois estudantes que já estavam matriculados no ensino superior, e por isso fizeram o Enem sem pretensão de tirar nota alta, acabaram ganhando destaque pela peculiaridade dos textos. Fernando César Maioto Júnior, de São José do Rio Preto (SP), inseriu no meio da redação sobre imigração no século 21 trechos do hino do Palmeiras e tirou nota 500 --a pontuação vai de 0 a 1.000.
CORRETOR DO ENEM DESABAFA: “VEJO MEU TRABALHO IR POR ÁGUA ABAIXO”
Em entrevista, professor de redação conta bastidores e problemas da correção
LAURO NETO (EMAIL)
RIO - A correção da redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) não está provocando insatisfação e revolta apenas entre os candidatos. Em entrevista ao GLOBO, um professor de redação que foi corretor desta edição da prova conta os bastidores do processo gerenciado pelo consórcio Cespe/UnB e desabafa: “Estou vendo o trabalho que fiz durante todo o ano sendo jogado por água abaixo. É muito revoltante!”. Professor de colégios tradicionais do Rio de Janeiro e integrante de bancas de vestibulares consagrados, ele não pode ser identificado, pois assinou um contrato de sigilo. Leia a entrevista.
O GLOBO: Por que a correção da redação este ano está causando tanta polêmica?
O processo de correção já começou com um problema, pois os supervisores tiveram um aumento de trabalho e ganham fixo, enquanto o corretor ganha R$ 1,60 por redação corrigida. Houve um aumento do trabalho, pois a discrepância necessária para a terceira correção, que é feita pelos supervisores, caiu de 500 para 300 pontos. Isso aconteceu sem que o valor pago a cada supervisor fosse aumentado. Havia um certo mal estar na supervisão. Teve um supervisor que desistiu uma semana antes de começar o processo. Havia muito insatisfação. Parece que alguns supervisores fizeram o trabalho de má vontade por serem mal remunerados. Estou muito irritado porque estou vendo o trabalho que fiz durante todo o ano sendo jogado por água abaixo. É muito revoltante!
Mas não houve uma preocupação em melhorar a correção diante dos problemas do último Enem?
O Cespe aprimorou o sistema de avaliação da correção. O corretor é avaliado constantemente, principalmente no tempo em que cada redação fica aberta na tela do seu computador. Mas o corretor também erra, e a correção on-line dá brechas para burlar os filtros de qualidade.
Como é feita essa avaliação?
Cada corretor recebe diariamente uma nota da sua correção. Se não mantiver uma média 8, pode ser cortado do processo. Teve gente cortada durante o processo de correção. Mas não sabemos o que aconteceu com as redações que foram corrigidas por essas pessoas. Também houve pessoas que abandonaram a correção no meio, e as redações foram redirecionadas a outros corretores.
Como foi feita a distribuição das redações para os corretores?
Recebemos diariamente 100 redações pela internet. No nosso envelope virtual, existe uma redação corrigida por alguém da banca Cespe, que chamamos de redação de ouro. É uma maneira de o Cespe ficar atento aos corretores. Há outra redação no pacote que é corrigida por muitos corretores. Ela recebe uma nota média para verificar a qualidade e a coerência da banca. Mas não sabemos quais notas prevalecem.
Quanto tempo você demorava para corrigir uma redação?
Gastava de 2 minutos e meio a 3 minutos por redação, de 2 duas horas e meia 3 horas por dia para corrigir as redações. Se todo mundo seguisse o treinamento do Cespe, não haveria problemas. No Rio, os professores são muito experientes. Mas não sabemos como foi feito o treinamento nos confins do Brasil.
O que difere correção da redação do Enem de outros vestibulares?
O nível de exigência é menor do que se cobra normalmente nos colégios dos grandes centros urbanos. Fomos instruídos pelo Cespe a dar notas 900 ou 1.000 em redações que valiam 600. A nota zero sempre tem que ter vista por uma terceira pessoa, por um supervisor que é sempre ligado a uma universidade. Mas o Cespe se nega a conceder a revisão de fato. Isso demonstra que há uma vulnaberalidade no sistema, pois é um direito do candidato.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vestibular/corretor-do-enem-desabafa-vejo-meu-trabalho-ir-por-agua-abaixo-3640827#ixzz2NuccEQP6
30 de mar. de 2013
Avaliação Linguagem Literária
AVALIAÇÃO LINGUAGEM LITERÁRIA (gabarito)
Leia o texto a
seguir:
O jornal e suas metamorfoses
Um senhor pega um bonde depois de comprar o jornal e
pô-lo debaixo do braço. Meia hora depois, desce com o mesmo jornal debaixo do
mesmo braço.
Mas já
não é o mesmo jornal, agora é um monte de folhas impressas que o senhor abandona
num banco de praça.
Mal fica sozinho na praça, o monte de folhas impressas se
transforma outra vez em jornal, até que um rapaz o descobre, o lê, e o deixa
transformado num monte de folhas impressas.
Mal fica sozinho no banco, o monte de folhas impressas se
transforma outra vez em jornal, até que uma velha o encontra, o lê e o deixa
transformado num monte de folhas impressas. Depois, leva o para casa e, no
caminho, aproveita-o para embrulhar um molho de celga, que é para o que servem
os jornais depois dessas excitantes metamorfoses.
CORTÁZAR, Julio.
Histórias de Cronópios e de Famas. Rio de Janeiro. Ed., Civilização Brasileira,
1977.
Glossário:
celga –
Também chamada de acelga. Uma planta, hortaliça.
Cronópios
- São pessoas alegres, sonhadoras, criativas, e por essas características
acabam por viver poeticamente o mundo
1- Ao longo do conto, o que é que faz o jornal
transformar-se em folhas impressas e depois transformar-se novamente em jornal?
O fato de ser lido é que faz com que o jornal sofra "metamorfoses".
2- O jornal é um
veículo de informação fundamental na vida contemporânea. Depois de passar por
vários leitores, ele encontra seu fim como objeto de embrulhar verdura. O que,
portanto, confere a ele o seu valor ou, inversamente, o torna desimportante?
O que confere valor ao jornal é a leitura que ele tem para oferecer, as notícias. Depois de lido, o leitor já absorveu o conteúdo e então de veículo de informação, passamos a ter somente folhas impressas.
3- A obra literária
oferece ao leitor a possibilidade de alterar sua visão de mundo e perceber
aspectos diferentes ou novos de sua realidade. Qual é a mudança de ponto de
vista oferecida pelo conto de Júlio Córtazar?
O conto de Júlio Córtazar mostra que o poder da informação não está no veículo em si, mas sim na importância que se dá ao que está escrito, sendo que, uma vez lido, o texto passa a ser parte de quem o lê e não mais do material escrito.
4- Em um parágrafo,
contendo, aproximadamente, dez linhas, relacione o conteúdo do conto O jornal e suas metamorfoses à tirinha a
seguir. Mostre que relação de sentido há entre esses textos, aplicando,
sobretudo, à sua reflexão a percepção do poder da leitura (literária ou não)
como elemento transformador da realidade cotidiana.
No conto "O jornal e suas metamorfoses", o autor demonstra como o leitor se apropria daquilo que lê, explicitando como as leituras que fazemos ao longo da vida se tornam parte importante de nós. Assim, na tirinha, Mafalda, sabendo do poder transformador da leitura, prefere não ler o jornal que, no caso, é veículo de informações tristes, trágicas. Como a primavera se aproxima, a garotinha rejeita a leitura de algo que tirará dela a alegria e leveza que os dias da estação das flores têm. Tanto na tirinha quanto no conto, os personagens entendem a leitura como ato que se apega ao homem e influencia suas ações e pensamentos: o texto não é apenas palavras impressas, mas sim informações que têm o poder de mudar o homem, papel da Literatura, de modo geral.
5- Com relação a figuras de linguagem grifadas
nos poemas seguintes, é correto afirmar na ordem que são:
I – Meu
Deus, que estais pendentes de um madeiro
Em cuja lei protesto de viver
Em cuja santa lei hei de morrer
Animoso, constante, firme e inteiro. (Gregório de Matos)
II- Seu sorriso se abre como asas de uma borboleta. (Pablo Neruda)
III- Há de surgir uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir.
Há de apagar uma estrela no céu cada vez que
Ocê chorar.
O contrário também bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar quando a lágrima cair
Ou então, de uma estrela cadente se jogar.
Só pra ver a flor do seu sorriso se abrir. (Gilberto Gil)
a)
eufemismo, metáfora e comparação. c)
hipérbole, prosopopeia e metonímia.
b)
catacrese, personificação e metáfora. d)
antítese, comparação e prosopopeia.
6- Leia as frases a seguir:
I - O
poema é uma pedra no abismo.
II- Minha dor é inútil como uma gaiola numa
terra onde não há pássaros.
III- Deitou-se sobre o verde macio da relva
IV- Bebeu, sozinho, duas garrafas daquele
maldito vinho.
- Estão
presentes nas opções acima as seguintes figuras de linguagem, respectivamente:
a)
sinestesia, metáfora, eufemismo, prosopopeia.
b)
metáfora, comparação, sinestesia, metonímia.
c) eufemismo,
prosopopeia, comparação, sinestesia.
d)
comparação, símile, sinestesia, metonímia.
7-
Leia
atentamente os textos abaixo e indique D quando prevalecer a denotação e C
quando prevalecer a conotação:
a)
( D ) “O ano de 1948, em Pernambuco, foi
marcado por um processo revolucionário, liderado por um Partido Liberal
radical.”
b)
( C ) “Nem mesmo o Recife que aprendi a
amar depois – Recife das revoluções libertárias – Mas o Recife sem história nem
literatura – Recife sem mais nada – Recife da minha infância”
c)
( D ) “ depois de analisar os
prontuários de 964 pessoas operadas np Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Pernambuco, no Recife, o médico Cláudio Moura Lacerda de Melo, 31
anos, concluiu que seus colegas exageraram na requisição de exames radiológicos
e de laboratório, ao mesmo tempo em que dão pouca atenção ao exame direto do
paciente e a uma conversa com ele sobre o seu histórico de saúde”.
d)
( D ) “Em todo triângulo, o quadrado de
qualquer lado é igual a soma dos quadrados dos outros dois, menos o duplo
produto destes dois lados pelo co- seno do ângulo que eles formam.
e)
( C ) “Tantas palavras / Que eu conhecia
/ E já não falo mais, jamais/ Quantas palavras/ Que ela adorava/ Saíram de cartaz”
21 de mar. de 2013
Questão comentada 3º ano: Simbolismo
Leia o texto:
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica,
não respeita
sequer os limites do idioma.
Ela flui, como um rio.
Como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se
sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão
elaborada -
feito uma flor na sua
perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da
terra
já dentro da geometria
impecável
da sua lapidação.
(...) Rachel de Queiroz
Conforme seus conhecimentos,
explique por que é possível afirmar que o poema de Rachel de Queiroz, escritora
modernista, expressa tendências da poesia de fins do século XIX no Brasil e a
qual escola literária ele remete. Cite passagens do texto que comprovem sua
resposta.
RESPOSTA ALMEJADA:
Rachel de Queiroz, escritora modernista, expressa características do Parnasianismo, estética brasileira que vigorou em fins de século XIX, ao demonstrar a valorização da arte de escrever poesia, "a grande poesia", da arte que se propõe a escrever arte, sem preocupação social. A aproximação do trabalho do poeta ao dos artistas plásticos é a demonstração da busca pela perfeição formal, típica do Parnasianismo. São exemplos que comprovam a influência parnasiana no texto de Rachel de Queiroz:
"E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação."
Leia atentamente os
textos a seguir:
Texto
1: Alphonsus de Guimaraens (Afonso Henriques da Costa Guimaraens), nasceu em
Ouro Preto (MG), em 1870 e faleceu em Mariana (MG), em 1921. Bacharelou-se em
Direito, em 1894, em sua terra natal. Desde seus tempos de estudante colaborava
nos jornais “Diário Mercantil”, “Comércio de São Paulo”, “Correio Paulistano”,
“O Estado de S. Paulo” e “A Gazeta”. Em 1895 tornou-se promotor de Justiça em
Conceição do Serro (MG) e, a partir de 1906, Juiz em Mariana (MG), de onde
pouco sairia. Seu primeiro livro de poesia, Dona Mística, (1892/1894), foi
publicado em 1899, ano em que também saiu o “Setenário das Dores de Nossa
Senhora. Câmara Ardente”. Em 1902 publicou “Kiriale”, sob o pseudônimo de
Alphonsus de Guimaraens. Sua “Obra Completa” foi publicada em 1960. É considerado
um dos grandes nomes do Simbolismo. Sua obra é perpassada pela tragicidade que
marcou sua biografia pessoal. Fonte: http://www.releituras.com/alphonsus_ismalia.asp.
Acesso em 05 de março de 2013.
Texto
II: ISMÁLIA
Quando
Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
Texto III: PRÉ-HISTÓRIA
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.
In: MENDES, Murilo. Poesia
Completa e Prosa. Organização, preparação do texto e notas, por Luciana
Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.
Usando como referência as
informações obtidas através da explanação do conteúdo em sala de aula, seus
conhecimentos sobre o Simbolismo e a biografia de Alphonsus de Guimaraens,
produza um parágrafo-texto de, aproximadamente, 10 linhas, demonstrando como as
características simbolistas, dentre elas a influência mística, onírica e
subjetiva permeiam a obra do autor, e como tais influências refletem raízes da
vida do mesmo. Demonstre, ainda, de que modo é possível reconhecer ecos da
produção do poeta mineiro na escrita moderna de Murilo Mendes, em
“Pré-história”.
No
momento de produzir seu parágrafo-texto, fica atento:
-
Uma resposta a uma questão dissertativa, por menor que seja, é sempre um texto.
Sendo assim, seja claro, coeso,
coerente.
-
Não responda às questões copiando frases dos textos motivadores. Leia,
atentamente, o material que está sendo
analisado e construa a resposta com o seu
próprio discurso. Os recortes de frases devem ser feitos apenas quando
se tratar de exemplos, respeitando, inclusive, o uso das aspas.
RESPOSTA ALMEJADA:
Alphonsus Guimaraens, escritor simbolista, teve sua trajetória pessoal marcada pela trágica perda da noiva, Constança. O acontecimento deixou marcas na carreira do autor, uma vez que sua poética é repleta de imagens referentes à morte, ao transcendentalismo, ao espiritual. No poema "Ismália", a descrição da loucura da moça que se expõe no alto de uma torre, no intuito sonhador de alcançar a "lua do céu" e a "lua do mar", expressa a atmosfera de morte do poema de Alphonsus. Murilo Mendes, representante da poética modernista, retoma as imagens oníricas ensaiadas pelo poeta de Ouro Preto em "Pré-História". Aqui, a lembrança infantil da loucura da mãe que "tocava piano no caos" e que torna-se apenas recordação, "cai no álbum de retratos", denuncia a influência da estética simbolista na poesia moderna ao enunciar a atitude suicida da mulher.
Questão comentada 2º Ano: 1ª Geração Romântica
Leia o texto a
seguir:
Pátria
minha
(Vinícius de Moraes - 1913-1980)
Fragmentos
A minha
pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura
e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha
pátria. Por isso, no exílio
Assistindo
dormir meu filho
Choro
de saudades da minha pátria.
Se me
perguntarem o que é a minha pátria, direi:
Não
sei. De fato, não sei
Como,
porque e quando a minha pátria
Mas sei
que a minha pátria é a luz, é o sal e a água
Que
elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em
longas lágrimas amargas.
Vontade
de beijar os olhos da minha pátria
De
niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade
de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De
minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem
meias, pátria minha
Tão
pobrinha!
Porque
te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria,
eu semente que nasci do vento
Eu que
não vou e não venho, eu que permaneço
Em
contato com a dor do tempo, eu elemento
De
ligação entre a ação e o pensamento
Eu fio
invisível no espaço de todo adeus
Eu, o
sem Deus!
...
Não te
direi o nome, pátria minha
Teu
nome é pátria amada, é patriazinha
Não
rima com mãe gentil
Vives
em mim como uma filha, que és
Uma
ilha de ternura: a Ilha
Brasil,
talvez.
Agora
chamarei a amiga cotovia
E
pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que
peça ao sabiá
Para
levar-te presto este avigrama:
"Pátria
minha, saudades de quem te ama...
Vinícius
de Moraes."
INSTRUÇÃO: Usando como
referência as informações obtidas através da explanação do conteúdo em sala de
aula, seus conhecimentos sobre a primeira geração romântica e as imagens do
Brasil que, desde o Quinhentismo, visam propagandear a terra brasileira, produza
um parágrafo-texto de, aproximadamente, 10 linhas, analisando a paródia escrita por Vinícius de Moraes. Considere o
olhar ufanista da primeira geração e a criticidade típica das produções
modernas. Assim, demonstre como o
texto-matriz, escrito por Gonçalves Dias, foi retomado e que novos olhares
sobre a terra brasileira o poema de Vinícius de Moraes sugere e quais antigos
(caso hajam) permanecem. (2,0)
No
momento de produzir seu parágrafo-texto, fique atento:
- Uma resposta a uma questão dissertativa,
por menor que seja, é sempre um texto. Sendo assim, seja claro, coeso, coerente. Faça um texto com
encadeamento lógico: introdução, desenvolvimento e conclusão.
- Não responda às questões copiando frases
dos textos motivadores. Leia, atentamente, o material que está sendo analisado e construa a resposta com o
seu próprio discurso. Os recortes de
frases devem ser feitos apenas quando se tratar de exemplos, respeitando,
inclusive, o uso das aspas e a citação das referências.
RESPOSTA ALMEJADA:
A primeira geração romântica brasileira tem como bandeira a idealização da pátria, demonstrando a exuberância da terra, quão valorosa é sua flora e fauna e a superioridade da nação Brasil quando comparada a outras nações. Gonçalves Dias eternizou a beleza do país em sua famosa "Canção do exílio". Nela, o autor confessa a saudade que sente, estando exilado do seu lugar, das terras brasileiras e do aconchego que ela lhe dá. Vinícius de Morais, escritor modernista, ao retomar o ufanismo típico da primeira geração romântica também engrandece e confessa amar o Brasil: para o autor, também exilado, a terra também é amada, mas agora sofre com problemas sociais graves, desperta no eu lírico o sentimento de piedade e desejo de cuidar, como se cuida de uma filho, da "mãe gentil". A "pátria minha" descrita por Vinícius tem cores "tão feias", está "sem sapatos", é "tão pobrinha".
Questão 1º Ano comentada: gêneros literários
Questão aberta 1º Ano: Gêneros Literários
Leia com atenção um trecho da obra clássica A Odisseia, de Homero, a letra da canção
Homem-aranha, cujo áudio ouvimos em
sala de aula, e a reportagem veiculada em alguns jornais nesta semana:
TEXTO
I:
O homem
canta-me, ó Musa, o multifacetado, que muitos
males
padeceu, depois de arrasar Troia, cidadela sacra.
Viu
cidades e conheceu costumes de muitos mortais. No
mar,
inúmeras dores feriram-lhe o coração, empenhado em
salvar
a vida e garantir o regresso dos companheiros. Mas
não
conseguiu contê-los, ainda que abnegado. Pereceram.
vítimas
de suas presunçosas loucuras. Crianções! Forraram
a pança
com a carne das vacas de Hélio Hipérion. Este os
privou,
por isso do dia do regresso. Das muitas façanhas,
Deusa,
filha de Zeus, conta-nos algumas a teu critério.
Fonte: A
Odisseia, de Homero. Tradução de Donaldo Shuller.
TEXTO II:
Eu
adoro andar no abismo
Numa noite
viril de perseguição
Saltando
entre os edifícios
Vi
você!...
Em
poder de um fugitivo
Que
cercado pela polícia
Te fez
refém
Lá nos
precipícios
Foi
paixão à primeira vista...
Me
joguei de onde o céu arranha
Te
salvando com a minha teia
Prazer!
Me
chamam de Homem-Aranha
Seu
herói!...
Hoje o
herói aguenta o peso
Das
compras do mês
No
telhado, ajeitando
A
antena da tevê
Acordado
a noite inteira
Pra
ninar bebê...
Chega
de bandido pra prender
De bala
perdida pra deter
Eu
tenho uma ideia:
Você na
minha teia...
Chega
de assalto pra impedir
Seja em
Brasília ou aqui
Eu tive
a grande ideia:
Você na
minha teia...
Hoje eu
estou nas suas mãos
Nessa
sua ingênua sedução
Que me
pegou na veia
Eu tô
na tua teia...
[...]
Fonte: http://letras.mus.br/jorge-vercillo/63282/. Acesso em 06 de março de 2013.
TEXTO
II:
Câmeras
do circuito interno de TV de uma delegacia em Bradford, no norte da Inglaterra,
registraram o momento em que um homem vestido de Batman entregou às autoridades
um criminoso procurado pela polícia.
O caso
ocorreu no último dia 25 de fevereiro.
Segundo
a polícia, o homem-morcego apareceu na delegacia de madrugada levando um jovem
de 27 anos acusado de porte de objetos roubados e fraude.
"A
pessoa que trouxe o homem estava vestida com uma fantasia de Batman. A sua
identidade, entretanto, permanece desconhecida". O suspeito irá a
julgamento na próxima sexta-feira, dia 8 de março.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130304_batman_west_yorkshire_lgb.shtml.
Acesso em 06 de março de 2013.
INSTRUÇÃO: Usando como
referência as informações obtidas através da explanação do conteúdo em sala de
aula, conhecimentos sobre os gêneros literários e seu senso crítico, produza um
parágrafo-texto de, aproximadamente, 10 linhas, demonstrando como as
características do herói, postuladas por Aristóteles, têm sofrido modificações
ao longo da história da humanidade. Demonstre
como as necessidades humanas, individuais e coletivas, têm contribuído para a
mudança da percepção sobre quem é herói hoje em dia e sobre quais inimigos, de
fato, se luta (É importante, conforme visto em sala, traçar a trajetória das modificações sofridas pelo herói, da Antiguidade
ao cenário atual). (2,0)
No
momento de produzir seu parágrafo-texto, fique atento:
- Uma resposta a uma questão dissertativa,
por menor que seja, é sempre um texto. Sendo assim, seja claro, coeso, coerente. Faça um texto com
encadeamento lógico: introdução, desenvolvimento e conclusão.
- Não responda às questões copiando frases
dos textos motivadores. Leia, atentamente, o material que está sendo analisado e construa a resposta com o
seu próprio discurso. Os recortes de
frases devem ser feitos apenas quando se tratar de exemplos, respeitando,
inclusive, o uso das aspas e a citação das referências.
RESPOSTA ALMEJADA:
Na
Antiguidade Clássica, o herói grego épico era um ser com uma missão: enviado
pelos deuses, deveria lutar por si e pelo seu povo. Com Os Lusíadas,
de Camões, o herói não é mais um sujeito particular, mas sim uma nação, que
realiza feitos grandiosos, ilustres. Hoje, o herói aos moldes aristotélicos
cedeu lugar ao cidadão comum, limitado, mas que luta para driblar os problemas
cotidianos e vencer inimigos como a violência, a corrupção e a vida enlouquecedora do mundo moderno.
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