23 de fev. de 2012
Arriscar é o nome do jogo
É
preciso se expôr sem medo de dar vexame.
É preciso colocar o trabalho na rua.
É
preciso saber ouvir um não e, depois de secar as lágrimas, seguir batalhando.
Arriscar é o nome do jogo. Muitos perdem, poucos ganham.
Mas quem não
tenta, não tem ao menos o direito de reclamar.
Martha
Medeiros
Premiado
Eu acredito no amor. Não como uma salvação.
Mas como um prêmio de quem consegue se achar.
E se conhecer.
Fernanda Mello
18 de fev. de 2012
14 de fev. de 2012
Você é especial, Max Lucado
Como é bom ser amado pelo que se é, sem o peso de ter que corresponder às expectativas alheias!
A literatura e os gêneros literários
Pessoal,
Sobre o conceito de literatura, nossa primeira matéria, você precisa se lembrar que não há um conceito unívoco, mas que a Literatura pode ser entendida como a arte da palavra, pois o artista ao "trabalhar" os possíveis sentidos de um termo, cria significados simbólicos, os quais ultrapassam o sentido objetivo, reconhecido como verdade absoluta, a concepção dicionarizada.
Ai, você pode dizer: "Dani, continuo sem entender..."
5 de fev. de 2012
Teste: que poema de Fernando Pessoa você é?
Responda ao teste desenvolvido por Fernando Segolin, professor de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, e veja com qual poema de qual heterônimo pessoano você se identifica:
Super interessante e elucidador: vale a pena!
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/testes/que-poema-de-fernando-pessoa-e-voce.shtml
Meu resultado: Dois poemas de Ricardo Reis e um de Álvaro de Campos
Boca Roxa
Gostei do resultado, salvo algumas importantes exceções, hehehe!
Para saber mais sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos, leia a entrevista com Fernando Segolin, professor de Pós-Graduação de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP e “pessoano” por excelência
Super interessante e elucidador: vale a pena!
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/testes/que-poema-de-fernando-pessoa-e-voce.shtml
Meu resultado: Dois poemas de Ricardo Reis e um de Álvaro de Campos
Boca Roxa
“Bocas roxas de vinho,
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa;
Tal seja, Lídia, o quadro
Em que fiquemos, mudos,
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses.
Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas.
Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas.(“Bocas Roxas”, 08/1915)
Sim“Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.”(“Sim”; 07/1931)
Ricardo Reis é o poeta clássico, de formação católica rígida e monarquista. Entre os heterônimos, tem o temperamento mais “certinho”. Sua poesia transpira fatalismo, de quem se sente marcado pelo fado antes mesmo do nascer. Por isso, acredita Reis, o melhor a fazer é aceitar o que acontece e levar a vida sem grandes alegrias, nem tristezas, evitando as paixões, porque elas passam e causam sofrimento.
Testas brancas sob rosas,
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa;
Tal seja, Lídia, o quadro
Em que fiquemos, mudos,
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses.
Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas.
Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas.(“Bocas Roxas”, 08/1915)
Sim“Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.”(“Sim”; 07/1931)
Ricardo Reis é o poeta clássico, de formação católica rígida e monarquista. Entre os heterônimos, tem o temperamento mais “certinho”. Sua poesia transpira fatalismo, de quem se sente marcado pelo fado antes mesmo do nascer. Por isso, acredita Reis, o melhor a fazer é aceitar o que acontece e levar a vida sem grandes alegrias, nem tristezas, evitando as paixões, porque elas passam e causam sofrimento.
Apontamento, Álvaro de Campos
“A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.
Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.
Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?
Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmo, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.(“Apontamento”; 1929)
Cosmopolita, trilíngue (inglês e francês, além do português natal), alma andarilha, Álvaro de Campos é o oposto de Caeiro. Gosta das máquinas e engrenagens e das sensações da grande cidade – esse é o seu lado eufórico. Mas também é o heterônimo de Pessoa que mais se desiludiu com a própria poesia, admitindo que tudo o que escreveu não passou de palavras, ilusão.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.
Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.
Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?
Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmo, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-o especialmente, pois não sabem por que ficou ali.(“Apontamento”; 1929)
Cosmopolita, trilíngue (inglês e francês, além do português natal), alma andarilha, Álvaro de Campos é o oposto de Caeiro. Gosta das máquinas e engrenagens e das sensações da grande cidade – esse é o seu lado eufórico. Mas também é o heterônimo de Pessoa que mais se desiludiu com a própria poesia, admitindo que tudo o que escreveu não passou de palavras, ilusão.
Gostei do resultado, salvo algumas importantes exceções, hehehe!
Para saber mais sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos, leia a entrevista com Fernando Segolin, professor de Pós-Graduação de Literatura e Crítica Literária da PUC-SP e “pessoano” por excelência
Entre a Fé e a Razão
Quando ouviu o filho perguntar:
- E o Cordeiro onde está?
Seu coração sangrou
Quando ouviu o pai lhe responder:
- Deus irá prover!
Seu coração temeu.
E lado a lado em silêncio os dois choraram
Ao verem chegando o lugar da decisão
Um pedido assim que parte o coração
Como escolher entre a fé e a razão
Quando dizer "não" é opção
E a fé te pede um "sim"
Quando é preciso enfrentar
E a alma quer fugir
É dificil ser como Abraão
E o filho entregar
Ser Isaque e deitar-se
Sobre as pedras do altar
Quando dizer "não", é opção
E a fé Me pede um: Sim
Quando Eu preciso enfrentar
Minha'alma quer fugir
Eu preciso ser como Abraão
E tudo entregar
Ser Isaque e deitar-me
Sobre as pedras do altar
É preciso coragem pra subir
É preciso ter fé pra aceitar
É preciso ter força e dizer "sim"
E deitar-se sobre as pedras do altar
- E o Cordeiro onde está?
Seu coração sangrou
Quando ouviu o pai lhe responder:
- Deus irá prover!
Seu coração temeu.
E lado a lado em silêncio os dois choraram
Ao verem chegando o lugar da decisão
Um pedido assim que parte o coração
Como escolher entre a fé e a razão
Quando dizer "não" é opção
E a fé te pede um "sim"
Quando é preciso enfrentar
E a alma quer fugir
É dificil ser como Abraão
E o filho entregar
Ser Isaque e deitar-se
Sobre as pedras do altar
Quando dizer "não", é opção
E a fé Me pede um: Sim
Quando Eu preciso enfrentar
Minha'alma quer fugir
Eu preciso ser como Abraão
E tudo entregar
Ser Isaque e deitar-me
Sobre as pedras do altar
É preciso coragem pra subir
É preciso ter fé pra aceitar
É preciso ter força e dizer "sim"
E deitar-se sobre as pedras do altar
Trazendo a arca: entre a fé e a razão.
Verdade que dizer sim para sonhos maiores que os nossos é saber que o nosso sonhar é negado. No entanto, quando Deus nos pede algo é sinal que uma porção maior, surpreendente, aquilo que sequer imaginamos está para acontecer. Entregar tudo, à semelhança de Abraão, deitar-se sobre as pedras do altar, como fez Isaque, é ter a possibilidade de ver o anjo chegar e contemplar a provisão tomar forma. Milagres nascem nas horas mais terríveis, nos tempos dificeis e das coisas impossíveis mesmo. Para vivê-los, é preciso, sem titubear, escolher entre a Fé e a Razão: dar chance para ter a história marcada pelo dedo de quem escreveu a minha e a sua vida ou seguir o curso natural dos homens, sem viver a oportunidade de reconhecer a face do Todo-Poderoso em cada caminho nosso. Permanece o livre arbítrio, mas que vença a sabedoria do Alto.
3 de fev. de 2012
Tão seu, tão meu, só nosso
E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E que entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz: A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia.
A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida.
(Tati Bernardi)
(Tati Bernardi)
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