23 de jul. de 2011

Arco-íris

Que dias eram aqueles? Não dava pra definir. Havia por dentro uma sensação de sol e chuva: sol queimando as ilusões e chuva trazendo-as para fora. Tão à flor da pele que se entregava à paixões unilaterais, insanas, desconexas da verdade de quem era e do que precisava para si. Necessidade mesmo era não sofrer e dessa não escapava, apesar de reconhecer na carga passageira do sofrimento o passaporte para o amadurecer de que tanto precisava. Mas que dias eram aqueles? No calendário da vida, ali deveria estar escrito "equívoco". Não era. Realidade de sol e chuva fatidicamente preparada. Foi percebendo isso que, finalmente, no espelho do seu ser, viu a grandeza de quem criou sol e chuva iluminá-la e secar o dilúvio derramado no prazo de sete dias. Notara então que só depois das muitas águas derramadas é que viera a aliança do arco-íris! E essa, Ma Belle, permaneceu irrevogável. As outras coisas não!

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